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A Atitude de Boa Vontade e a Abordagem Centrada na Pessoa

Por:   •  13/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  450 Visualizações

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       Teoria Existencial II

                           Professor: André Prado

Curso: Psicologia                 Turma:  3º A         

            1º e 2º Parte da ATPS

Análise do Artigo Científico:

“A Atitude de Boa Vontade e a Abordagem Centrada na Pessoa”

Resumo do Artigo:

 “Aconselhamento Psicológico e Instituição: Algumas considerações sobre o Serviço de Aconselhamento Psicológico do IPUSP”

                

                

 “Aconselhamento Psicológico e Instituição: Algumas considerações sobre o Serviço de Aconselhamento Psicológico do IPUSP”

O texto inicia mostrando uma metáfora sobre disposições e posições possíveis, apontando as dimensões burocráticas e instituídas e como tudo pode ser desestabilizado e reinventado.

Inicia mostrando o trabalho desenvolvido da equipe do Serviço de Aconselhamento Psicológico do IPUSP, onde destaca “o desejo de fazer prevalecer à disposição e a posição do viajante, embora muitas vezes, no cotidiano dos afazeres teóricos e práticos, busquemos abrigo nas regiões do familiar e do instituído”.  

O campo inaugural do Aconselhamento Psicológico: Teoria Traço e Fator

Originado nos Estados Unidos por volta de 1910, o aconselhamento foi fundado com o objetivo de oferecer orientação infantil e juvenil.  A teoria do traço e fator é considerada ponto inicial da afirmação do Aconselhamento Psicológico como prática especializada e área de atuação e conhecimento da psicologia. Dentro desta perspectiva, o conselheiro assume o lugar de modelo, veiculando normas de conduta, valores sociais e hábitos de cidadania, atuando de forma diretiva e ativa na avaliação e no julgamento do aconselhando. “esta perspectiva, confiante no poder da educação como meio para atingir uma “boa adaptação” social do jovem e apoiada à crença no valor preditivo dos testes de aptidões e de personalidade, vive um primeiro momento autoritário”. Interessante notar que essa teoria contém elementos progressistas, mas outros elementos fortemente retrógrados, “especialmente no que diz respeito aos métodos de trabalho e concepção do poder do especialista”.

Carl Rogers abre passagem para uma revolução teórica neste campo, trazendo deslocamentos que dão visibilidade e críticas frontais a ideias e práticas ligadas à Teoria Traço e Fator.

Rogers e o Aconselhamento Psicológico

“Rogers foi, pouco a pouco, reconfigurando o campo do Aconselhamento Psicológico e abrindo perspectiva mais propriamente clinica para o trabalho de psicólogos”. O Aconselhamento Psicológico não é dar conselhos, mas tem como foco facilitar o processo de escolhas do paciente nas decisões que deve tomar quanto à profissão, família, relacionamento e etc. Ele transforma o campo do aconselhamento introduzindo a teoria centrada no cliente: a prioridade conferida à abordagem psicométrica do problema passa a ser substituída pela focalização da pessoa do cliente, da relação cliente-conselheiro e do processo. Para Rogers, os seres vivos possuem uma tendência atualizante, ou seja, uma tendência para a realização ou atualização de suas potencialidades de integração e complexidade, conforme vimos em aula, ele acredita que todos nascemos com tendência de auto- realização, com capacidade de desenvolver-se, superar-se e por isso pode realizar sua terapia, se isso não ocorre é por que o ambiente não é bom.

Necessário uma atitude empática (compreender o mundo de referência do outro), congruência (sintonia do terapeuta com suas emoções) e de aceitação incondicional ao cliente (respeito incondicional pela individualidade) por parte do aconselhador, permite a aprendizagem trazendo o crescimento e à mudança irá ocorrer;

Essa nova perspectiva oferecida por Rogers provoca questionamentos importantes no campo do aconselhamento psicológico, tornando complicada uma diferenciação entre psicoterapia e Aconselhamento Psicológico, para Rogers a psicoterapia também é um processo de aprendizagem, mas de uma aprendizagem de natureza significativa, que integra dimensões cognitivas e afetivas. Não busca ensinar, nem curar, mas oferecer uma experiência de aprendizagem que possa revelar e produzir mudanças traz uma aprendizagem significativa, “que promove modificações, penetrante, profundamente penetrante em todas as parcelas de sua existência”.

Achei perfeita a parte que diz: “Entendo por esta expressão uma relação na qual pelo menos uma das partes procura promover na outra o crescimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior capacidade de enfrentar a vida”. ROGERS 1997 (p. 43) Ele estava mais interessado na relação de espaço onde houvesse uma “relação ajuda, do que defender uma área de atuação exclusiva de psicólogos”. Abrindo assim, o campo para profissionais não psicólogos: Não se fazia necessária à presença do especialista, trazendo o questionamento sobre o poder do especialista.

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