A Maioridade Penal
Por: thaynagiatti • 20/10/2016 • Dissertação • 484 Palavras (2 Páginas) • 202 Visualizações
- Identidade - A. Melucci.
Com base no livro de "A. Melucci - O jogo do eu", podemos citar a identidade como grande fator influente na vida do jovem que vem a cometer crimes. Ele nos propõe uma visão menos narcisista onde haja uma ambivalência para a resposta do "quem sou eu?" pois é necessidade a similaridde com o outro, mas também é preciso diferenciar-se. Onde o sujeito que julga não julga apenas a ação cometida mas a história desta ação e o caminho percorrido para chegar até a mesma buscando compreender como ele se move entre os artefatos que o circunda na tentativa de construção da própria história.
Propondo então uma sociologia da escuta capaz de estabelecer um real contato entreo o observador e o observado, assim, não considerando apenas o ponto de chegada mas os dilemas, as emoções e os conflitos enfrentados durante o percurso.
A questão imposta pela sugestão da diminuição da maioridade penal implica diretamente o conceito de lidar com a situação e não com o sujeito que à cometeu, diminuindo-o e resumindo uma vida a um ato que teve todo um caminho para chegar onde chegou. Diante desta, podemos julga-la como uma medida não preventiva que não resolveria o real problema que levou o jovem a tomar tal atitude e sim passar a puni-lo como um adulto colocando-o em um lugar que serve como uma espécie de escola do crime, entrando na questão do sistema carcerário extremamente precário que o país nos oferece.
Outro fator relacionado à identidade é quando este jovem sai da prisão e passa a pertencer a um grupo excluido da sociedade, onde ele atribui todos as caracteristicas do grupo dos criminosos que não são confiáveis e passam assim a ser novamente, somente um fato.
A grande questão sugerida é passarmos a olhar para a situação como um todo e não aceitar que apenas um trecho resuma o conjunto de situações que envolve um indivíduo. Nos envolvendo completamente com o observado e assumindo nossa responsabilidade quanto cidadãos diante do aumento da quantidade de crimes de jovens por falta de qualidade no ensino, alimentação e suas necessidades básicas, levando em consideração o sistema capitalista no qual este está inserido e também está sujeito ao almejo de objetos que lhe são impostos e que são apenas consumidos por quem tem condições para isto. Entrando então, na questão de oportunidades. Que julga um pobre, negro, como criminoso, mas o branco de classe média terá seu caso enrustido de argumentos que o protejam de uma vida com os preconceitos cujo qual o negro será submetido.
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