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A Musicoterapia

Por:   •  10/12/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.872 Palavras (8 Páginas)  •  229 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Com o passar dos anos, vêm-se aumentando cada vez mais o índice de crianças com dificuldades de aprendizado. Essas dificuldades são influenciadas por diversos fatores que podem crescer em número daqui à alguns anos. De acordo com esse entendimento, tentaremos aqui desenvolver sobre o modo, pelo qual, a Música pode influenciar na aprendizagem de uma criança, em período escolar.

Determinados aspectos podem ser nocivos a aprendizagem de uma criança, como por exemplo: os transtornos. Um dos transtornos que mais afetam a aprendizagem da criança portadora é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, o transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) expressa-se como um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida. O TDAH é caracterizado por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. .  A música como ferramenta promotora de concentração, pode de alguma forma, influenciar no desenvolvimento infantil, neste contexto.

“Durante a última década, tem havido grande interesse em utilizar a música como uma ferramenta terapêutica em reabilitação neurológica, e desenvolveram novos métodos baseados na música para melhorar déficits tanto motor, cognitivo, língua, emocional e social em pessoas afetadas por várias condições, em diferentes fases da vida.” (MIRANDA, HAZARD, MIRANDA 2017).

Não só o TDAH, mas outros transtornos, como o Autismo, problemas como Dislexia, doença de Parkinson, derrames, demências, e outros, podem ser cuidados através da musicoterapia.

Com isso, sabemos que a relação entre música e o TDAH pode ser bem estreita, visto que ela pode promover concentração e atenção. Através de análises feitas de pesquisas com crianças portadoras do TDAH e revisões teóricas, iremos abordar sobre as possibilidades que a música proporciona para a reabilitação da aprendizagem infantil, sendo uma ferramenta terapêutica de aprendizagem como tratamento do TDAH.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral ou Primário

Identificar e analisar quais benefícios a música pode proporcionar ao ser humano, no contexto de reabilitação e transtornos.

2.2 Objetivos Específicos ou Secundários

Obter noções sobre o modo, pelo qual, a música pode contribuir com a fase escolar da criança com TDAH.

Fazer um levantamento dos fatores que podem influenciar na reabilitação de transtornos.

  • Propor ferramentas de estudos sobre a área de musicoterapia, como um auxílio para a aprendizagem da criança.

3JUSTIFICATIVA

A Musicoterapia tem grande importância no tratamento de crianças e adolescentes, como também de adultos e idosos. Por ser uma área da Psicologia pouco conhecida, esses benefícios podem, por conseqüência, ser ocultados, o que pode ser prejudicial em muitos casos de terapia e no tratamento de crianças com problemas de aprendizagem.

 A arte musical tem a capacidade de expressar o mais intimo de quem a faz. Ela proporciona um retrocesso à experiências já vivenciadas. A música é a expressão de sentimentos, o que claramente pode ser benéfico e favorável para um bom desenvolvimento de uma terapia, bem como um grande instrumento motivador de reabilitação para o paciente.

O terapeuta pode usar como uma importante ferramenta, a música, não apenas para a detecção de sentimentos, mas também como um auxílio para o exercício das funções da mente. Ele pode se apoderar da música com o intuito de promover o exercício da capacidade de aprendizagem, através dos fatores pelos quais ela é constituída.

4 MARCO TEÓRICO

A Musicoterapia tem sua importância no tratamento do TDAH, visto que produz atenção e concentração, dentre outros benefícios à criança em período escolar. E neste trabalho usaremos como fundamentação teórica alguns artigos científicos, de revisão teórica e livros, de autores dedicados no estudo desta área, devidamente qualificados a estudar a Musicoterapia e eficientes por apresentarem estudos científicos que são suficientes para o entendimento da práxis da Musicoterapia, como benéfica ao ser humano de modo geral, focando no contexto do TDAH.

Um dos autores que fundamentam teoricamente este trabalho é Even Ruud (1990), com sua obra “Caminhos da Musicoterapia”. Norueguês, Ruud é professor do departamento de Musicologia da Universidade de Oslo, além de ser também professor de Musicoterapia da Escola Norueguesa de Música. Ruud é psicólogo e pesquisador, criador de obras como: “Music Therapy and Its Relationship to Current Treatment Theories” (1980), “Music Therapy: Improvisation, Communication & Cuture” (1998), “Musica e Saúde” (1991), entre outros livros. Seu trabalho mais recente foi publicado em 2010, intitulado “Music Therapy: A perspective from the Humanities”. Segundo (RUUD, 1990):

“Neste final de século, a utilização da música com fins terapêuticos têm aumentado de importância na maior parte do mundo industrializado. Embora o conceito de uma força terapêutica vinculada à música seja tão antigo quanto nossa civilização, assim como uma força aparentemente viável na maioria das outras civilizações, alfabetizadas ou não, a pratica do uso terapêutico da música nunca esteve antes tão difundida e diferenciada. A música está prestes a ser reconhecida como instrumento valioso tanto em psicoterapia quanto em educação especial, assim como em algumas áreas da medicina somática.”

Neste livro, (RUUD, 1990) aborda a Musicoterapia sob um olhar humanista, psicodinâmico, além de ser basear na terapia da aprendizagem, o que servirá de caminho para este presente trabalho.

A música pode trazer um alívio temporário para problemas da vida. Ainda assim, torna-se crucial para uma intervenção terapêutica que o contexto da experiência seja relacionado à situação real do paciente. Isso quer dizer que uma intervenção terapêutica racional é apenas possível quando se segue as linhas de alguns dos caminhos estabelecidos de terapia (RUUD, 1990).

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Outro autor que ajudará no embasamento deste trabalho é Luis Augusto Rohde, com o artigo: “Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade”, (Rev. Bras. Psiquiatr. vol.22  s.2 São Paulo Dec. 2000) junto com Genário Barbosab, Silzá Tramontinac  e Guilherme Polanczykd. Rohde é graduado em Medicina, mestre e doutor em Ciências Médicas pela Universidade do Rio Grande do Sul, além de livre docência na Universidade Federal de São Paulo. Rohde é professor titular do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e diretor do Programa de Déficit de Atenção/ Hiperatividade no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Vice-coordenador do Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento.

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