A Psicologia Comportamental
Por: Maurienesantos33 • 26/9/2015 • Seminário • 3.240 Palavras (13 Páginas) • 538 Visualizações
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
Uma Análise Psicológica e Neurofisiológica
com base no filme " A Teoria de Tudo "
Resumo
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neuromuscular de caráter degenerativo e de causa desconhecida, que compromete tanto o Sistema Nervoso Central quanto o Periférico. Esta afecção é caracterizada pela morte seletiva de um grupo de neurônios motores da medula, do tronco cerebral e das vias cortico-espinhais e cortico-bulbares. A insuficiência respiratória progressiva é a principal causa de morte nos pacientes acometidos. Objetivo: Este estudo teve por objetivo entender mais sobre a doença, quais suas causas, como progride, tratamento e a qualidade de vida de quem convive com esta patologia, procurando manter um olhar neurocientífico e psicológico, mas de uma forma onde pudéssemos observar de uma forma mais ampla o progresso da doença, aspectos sexuais e fisiológicos, por tanto, escolhemos o caso do famoso astrofísico Stephen Hawking que é relatado em um filme baseado em sua autobiografia. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva onde foi feita uma análise psicológica e neurofisiológica da doença baseada em um filme " A Teoria de Tudo". Conclusão: Concluímos pois que...
Palavras-chave: Esclerose; A Teoria de Tudo; Stephen Hawking; ELA; Neurofisiologia
Introdução
"A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) foi descrita em 1874 por Charcot . É uma doença caracterizada pela degeneração progressiva dos neurônios motores. O termo amiotrófica está relacionado à atrofia muscular, fraqueza e fasciculações, que são indicativos do comprometimento do neurônio motor inferior. Os achados clínicos de hiperreflexia, sinal de Hoffman, sinal de Babinski e clônus relacionam-se ao comprometimento do neurônio motor superior. A taxa de incidência da ELA está entre 1 a 5 casos para 100.000 habitantes e atinge preferencialmente homens. Sendo que 20% dos casos estão relacionados a fatores genéticos (ELA familiar) e 80%, não (ELA esporá- dica). A sobrevida média em cinco anos é de 25% . O diagnóstico clínico da ELA é provavelmente correto em mais de 95% dos casos. Este pode ser auxiliado pela eletromiografia para pesquisa de acometimento do neurônio motor inferior e pela ressonância nuclear magnética com espectroscopia e a estimulação magnética do córtex que pesquisa o comprometimento do neurônio motor superior. A patogenia da ELA é dita multifatorial e, apesar dos estudos de diversas teorias, que não são necessariamente excludentes, sua etiologia não é bem elucidada. Algumas das teorias já documentadas são a mutação na enzima Cu/Zn da Superóxido dismutase 1 (SOD1) que pode levar a toxicidade pelo aumento de superóxido; o aumento do glutamato que leva a excitoxicidade com o acúmulo de cálcio intracelular; fatores ambientais (infecções virais e estudos epidemiológicos); o acúmulo de neurofilamentos; a ativação da micróglia e das células T e a presença de autoanticorpos. Atualmente, este componente imunológico tem sido alvo de pesquisas que indicam o componente imune ou mesmo auto-imune no desenvolvimento da ELA. Alguns trabalhos já elucidaram que a auto-imunidade pode ter participação na patogenecidade da ELA. Uma das teorias baseia-se no fato de que as células da micróglia passam a reconhecer antígenos autólogos dos neurônios motores, levando à ativação das células T CD4+, ao recrutamento de células inflamatórias, à diferenciação dos linfócitos B, com produção de imunoglobulinas específicas contra auto-antígenos . Outros estudos já evidenciaram a presença de anticorpos IgG contra os canais de cálcio voltagem dependentes, o que pode interferir na concentração de cálcio intracelular, levando a degeneração do neurônio motor". (Ronald Pallotta et al , Revista Neurociência 2012 )
Stephen William Hawking (Oxford, 8 de janeiro de 1942) é um físico teórico e cosmólogo britânico e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge , onde hoje encontra-se como professor lucasiano e mérito, um posto que foi ocupado por Isaac Newton, Paul Dirac e Charles Babbage. Atualmente, é diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica (DAMTP) e fundador do Centro de Cosmologia Teórica (CTC) da Universidade de Cambridge. Foi diagnosticado com a doença (ELA) em 1966, quando tinha 21 anos, casado duas vezes e pai de três filhos.
Metodologia
O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva de uma análise psicológica e neurofisiológica de uma patologia, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), mais conhecida como Doença de Charcot, com base na vida do astrofísico Stephen Hawking retratada no filme A Teoria de Tudo. Nosso grupo formado por cinco integrantes, teve como objetivo assistir ao filme, fazer uma análise psicológica e um estudo específico neurofisiológico da doença, e como ela progrediu e afetou a vida de Stephen Hawking. Usamos artigos acadêmicos para análise fisiológica, pesquisas em alguns sites e discussões em grupos para a análise psicológica, mais especificamente em se tratando da atividade sexual do astrofísico depois do diagnóstico da doença. Os achados dos artigos foram discutidos e comparados com o filme.
Fundamentação Teórica
Sir Charles Bell, um famoso anatomista e cirurgião britânico, relacionou as raízes nervosas com movimento. Em 1830, ele descreveu uma mulher, de meia-idade, com paralisia progressiva dos membros e da língua, com sensibilidade normal. Ao estudo anatomopatológico verificou-se que a porção anterior da medula encontrava-se amolecida, com preservação da porção posterior.
Em 1848, François Aran, um famoso clínico e escritor médico francês, descreveu uma nova síndrome, denominada de Atrofi a Muscular Progressiva (AMP), caracterizada por fraqueza muscular progressiva de natureza neurogênica.
Em 1869, Jean Martin Charcot, o primeiro professor de neurologia na Salpêtrière, e Joffroy descreveram dois pacientes com AMP com lesões associadas na porção póstero-lateral da medula nervosa. Eles não deram o nome de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) para esta entidade, mas determinaram as características essenciais para o seu reconhecimento, desde então pouco modificadas. As descrições subseqüentes basearam-se em estudos em pacientes do sexo
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