DISFUNÇÕES SEXUAIS: INTERVENCÕES DA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL
Por: TJLIMA • 13/3/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 594 Palavras (3 Páginas) • 550 Visualizações
FACULDADES CATHEDRAL DE ENSINO
COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA
CURSO DE PSICOLOGIA
TÓPICOS EM PSICOLOGIA CLÍNICA II
PROFESSORA MARIANA DA SILVA DE SOUZA CRUZ
DISFUNÇÕES SEXUAIS: INTERVENCÕES DA PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL
BOA VISTA-RR
NOVEMBRO-2016
INTRODUÇÃO
Segundo o modelo biopsicossocial, a etiologia dos transtornos sexuais envolve os fatores biológicos, psicológicos e sociais (LIDORIO E TATAREN, 2012)
Algumas vezes o problema pode ocorrer devido a vivencias traumáticas em algum momento da vida, ou informações erradas que podem ter sido passadas por pessoas da família, que talvez até tenham boas intenções mas não souberam lidar com o tema. Questões sociais também podem ocasionar dificuldades de ordem sexual como por exemplo alguns tabus e falta de orientação sexual. Características de personalidade ou distúrbios emocionais como depressão, pânico, TOC podem influenciar na vida sexual. etc. (ABREU, 21015).
Lidorio e Ttataren (2012) trazem-nos os transtornos sexuais masculinos mais comuns: Transtorno do desejo sexual hipoativo, Transtorno de aversão ao sexo, Transtorno erétil masculino, Transtorno orgásmico masculino, Ejaculação precoce e Dispareunia.
TRANSTORNO ERÉTIL MASCULINO
CASO CLÍNICO
João (nome fictício), 25 anos, analista de sistemas, solteiro, heterossexual, sem filhos. Sua queixa inicial é de disfunção erétil. Procurou atendimento psicológico após o encaminhamento do médico urologista depois deste realizar os exames clínicos pertinentes e constatar que não era nada de ordem orgânica.
Sua primeira relação sexual foi aos 16 anos, a qual foi interrompida desintencionalmente pelo seu pai. Aconteceu com uma amiga da escola e depois do episódio teve mais duas relações com a mesma pessoa. Em nenhuma das relações conseguia manter a ereção e finalizar o ato sexual. Ao perceber sua disfunção não teve mais relacionamentos por 5 anos. Foi taxado por muitos como homossexual, mas preferia isso a “passar vergonha na cama” (sic). Depois dessas experiências, passou a ter relações sexuais com profissionais do sexo, pois sabia que a discriminação delas, para com ele, seria com menor intensidade. Sua disfunção permanece até os dias atuais.
Em suas primeiras experiências com as profissionais do sexo, sempre esperava elas tomar iniciativa. Sempre pedia que houvessem as preliminares. Durante as preliminares conseguia manter a ereção, mas ao chegar na penetração perdia-a.
Atualmente opta pela masturbação solitária, pois não perde a ereção.
Nas entrevistas clínicas evidenciaram-se vários fatores que podem ter desencadeado sua disfunção. Os três relatos que mais chamaram a atenção foram:
1) Quando criança, por quatro vezes, sua mãe o pegou com a mão no pênis. E em todas ela repreendia, batia e castigava, cada vez com intensidade maior.
2) No mictório do banheiro de sua escola de nível médio, um de seus colegas o viu urinando e o criticou dizendo que tinha o pênis pequeno. Seu colega ainda continuou dizendo isso por todo o restante daquele ano.
3) No dia em que teve sua primeira relação sexual, estava sozinho em casa. Seus pais supostamente estariam trabalhando. Mas nesse dia, seu pai voltou mais cedo pra casa e ao entrar na casa se deparou com a cena. Tentou disfarçar, mas o constrangimento já tinha acontecido. Consequente a isso, perdeu a ereção.
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