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A Psicologia da Odontologia ou vice-versa é uma ação relativamente recente no Brasil

Por:   •  13/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.252 Palavras (6 Páginas)  •  368 Visualizações

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FACULDADE MUNICIPAL PROFESSOR FRANCO MONTORO

CURSO DE PSICOLOGIA

CAROLINE CAMILLO DE ALMEIDA

        

Psicologia aplicada a Odontologia

Revisão Bibliográfica

MOGI GUAÇU

2017

Caroline Camillo de Almeida

Psicologia aplicada a Odontologia:

Uma Revisão Bibliográfica

Projeto de Pesquisa apresentado pela aluna Caroline Camillo de Almeida, do Curso de Psicologia da FMPFM, como exigência parcial para a realização do Trabalho de Conclusão de Curso, sob a orientação da Prof. Me. Andréia Queiroz Carniel.

Mogi Guaçu

2017

SUMARIO

  1. TEMA_____________________________________
  2. PROBLEMA/INTRODUÇÃO___________________________________
  3. HIPOTESE_______________________________________________

      4.  OBJETIVOS____________________________________________

      4.1  OBJETIVO GERAL_________________________________________

      4.2  OBJETIVO ESPECIFICO____________________________________

      5.  METODOLOGIA__________________________________________

      6.  JUSTIFICATIVA________________________________________

      7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADE___________________________

      8. BIBLIOGRAFIA_________________________________________


  1.  TEMA

 O presente projeto de pesquisa visa realizar um levantamento de dados com base em dados bibliográficos reconhecidos pelo meio acadêmico, no intuito de verificar o sintoma de ansiedade em pacientes no consultório odontológico. Do ponto de vista do paciente os tratamentos invasivos tais como anestesia e aspectos relacionados ao comportamento do profissional podem gerar ansiedade e esquiva.  

  1.    PROBLEMA/INTRODUÇÃO

Em 1982, através da Resolução nº 04 do Conselho Federal de Educação (Moraes, 1985), a área de Psicologia foi oficialmente incluída no currículo mínimo de Odontologia. "Segundo o mesmo autor, isto, porém, não garantiu um preparo adequado dos alunos para a compreensão mais global do paciente, já que continuaram freqüentes as resistências, explícitas ou implícitas, às tentativas de preparação psicológica do aluno para o atendimento clínico",

Aproximar a Psicologia da Odontologia ou vice-versa é uma ação relativamente recente no Brasil. Segundo Liliana Seger, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo, a Psicologia aplicada à Odontologia nasceu de uma necessidade de entender e investigar como as doenças bucais e os comportamentos (dos pacientes e do profissional) observados no contexto odontológico se relacionam e como poderiam se beneficiar com os conhecimentos científicos da Psicologia. Certamente tal ação propiciaria um melhor e mais integrado relacionamento profissional-paciente, permitindo um diagnóstico global que envolve sintomas somáticos e psicológicos que necessitam ser correlacionados e avaliados.

 O profissional de saúde não lida apenas com um sintoma, distúrbio ou um órgão doente, mas sua relação com o humano como um todo. O conhecimento sobre essa área faz com que o profissional saiba se o tratamento é uma queixa psíquica ou problema odontológico.

Os diferentes procedimentos de intervenção psicológica podem ser aplicados a todas as áreas da odontologia, da clínica geral às especialidades, incluindo a ortodontia, a periodontia e a endodontia. Refletem uma filosofia da atenção

 integral à saúde do homem, em sua unidade biopsicossocial, considerando seu ambiente físico e seu meio sociocultural (Jacob, 1995; Singh, Moraes; Ambrosano, 2000).

O homem é um ser biopsicossocial, sendo impossível separar estes aspectos durante o tratamento. Os fatores emocionais podem desencadear, agravar ou perpetuar problemas físicos e estes, por sua vez, desencadeiam ou agravam os fatores emocionais. Portanto, "o cirurgião-dentista necessita saber se os fatores psicológicos estão modificando a 'doença' e influindo no paciente e, caso estejam, de que forma e em que extensão.

Alguns estudos que investigaram as origens da ansiedade e do medo relacionados à situação de tratamento odontológico sugerem que o paciente percebe como aversivos elementos relacionados aos comportamentos dos profissionais e aos procedimentos utilizados durante o tratamento.

O desencadeamento da ansiedade odontológica tem sido relacionado a fatores referentes a aspectos comportamentais e de personalidade dos pacientes, à própria situação de tratamento e à aprendizagem através da observação ou imitação de modelos (Eli et al., 1997). Entre esses fatores, a importância das primeiras relações com o dentista é ressaltada por Possobon, Caetano e Moraes (1998). Esses autores descrevem que “as experiências odontológicas iniciais deveriam ocorrer com um mínimo de trauma físico e psicológico” (p.80). Milgrom, Weinstein e Getz (1995) afirmam que um dos grandes objetivos do tratamento odontopediátrico é desenvolver atitudes positivas nas crianças frente a essa situação, uma vez que é mais difícil e mais caro alterar comportamentos ansiosos.

O medo pode fazer com que o indivíduo entre em um ciclo no qual a esquiva ao tratamento conduz ao agravamento da saúde bucal, exigindo tratamentos

mais complexos e invasivos, portanto, com maior potencial para provocar dor, que por sua vez aumenta a ansiedade em relação à situação de tratamento e leva o indivíduo a esquivar-se mais intensamente,submetendo-se ao tratamento apenas quando a sintomatologia de dor se torna insuportável. Este ciclo pode ser rompido por um profissional que seja atento e treinado no manejo psicológico de pacientes, hábil na

identificação de manifestações comportamentais típicas de pacientes temerosos e ofereça amparo técnico e emocional a fim de minimizar a dor e o desconforto físico.

A experiência do profissional parece constituir um fator determinante no modo como as questões comportamentais são abordadas no consultório

A ansiedade do profissional não está, necessariamente, relacionada à não-colaboração do paciente. Alguns estudos mostram que a mera expectativa de execução de alguns procedimentos pode gerar ansiedade profissional. Mamiya, Ichinohe e Kaneko (1998), por exemplo, avaliaram o grau de ansiedade experimentado pelo paciente e pelo cirurgião-dentista antes de uma exodontia e depois de sua realização. Os escores foram mais altos antes do que depois da realização do procedimento, tanto para os pacientes quanto para os dentistas, sugerindo que o profissional também fica ansioso antes da execução de determinados procedimentos. Por este motivo, o cirurgião-dentista não pode se esquecer de observar o seu próprio comportamento e estar atento não somente aos aspectos técnicos da prática odontológica, mas também aos efeitos desta prática sobre o repertório de comportamentos do paciente,dos acompanhantes e sobre si mesmo (Moraes & Pessotti, 1985). Assim, a capacitação do estudante de odontologia para avaliar as reações do paciente e para empregar estratégias psicológicas que minimizem a ansiedade e aumentem a freqüência de emissão de comportamentos colaborativos deveria ser considerada tão importante quanto a sua preparação técnica

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