A SAÚDE-DOENÇA COMO PROCESSO SOCIAL
Por: DEDELL • 28/4/2017 • Resenha • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 2.396 Visualizações
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CURSO DE PSICOLOGIA
Adelma da silva pereira
A saúde-doença como processo social∗
Asa Cristina Laurell
FEIRA DE SANTANA-BA
03/2017
ADELMA DA SILVA PEREIRA[pic 4][pic 5]
A saúde-doença como processo social∗
Asa Cristina Laurell
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Saúde II, do curso de Psicologia, 9º semestre – noturno, da Faculdade Anísio Teixeira.
Profrª. Mariana Cardoso
FEIRA DE SANTANA-BA
03/2017
∗“La salud-enfermedad como proceso social". Revista Latinoamericana de Salud, México, 2, 1982, pp. 7-25. Trad. E. D. Nunes.
O artigo “A saúde – doença como processo social” criado pela médica especializada em epidemiologia Asa Cristina Laurell discute e se utiliza de embasamentos históricos para a sua argumentação, que deseja defini se a doença é algo essencialmente biológico ou social e quais as razões de seu aparecimento nos seres humanos.
O auge desta discussão está vinculado ao desenvolvimento da medicina e da sociedade, com isto busca explicações na crescente crise politica, econômica e social para o surgimento de moléstias.
E o principal motivo (interno a medicina) para o levantamento de questões que discutam se a doença é algo social ou biológico, foi na dificuldade em gerar a compreensão satisfatória dos principais problemas de saúde que afligem os países industrializados, em que seus métodos de interversão hospitalar não resultam em soluções satisfatórias para a coletividade.
Para comprovar a tese, foi feito o estudo do caráter histórico da doença e de suas características quanto ao seu surgimento na coletividade e não ao contrario, apenas utilizando um individuo. Deverá se valer dos perfis patológicos de grupos sociais, para determinar o tipo e a frequência de uma patologia em dado momento na sociedade.
Assim, as sociedades que diferem em seu grau de desenvolvimento e organização social devem apresentar uma patologia coletiva diferente, dentro desta ótica uma condição de saúde distinta. E por sua vez, a autora para defender sua tese estudou os registros desta ocorrência.
Para isso, foi escolhido como modelo de estudo o país do México que possui em seu registro as principais causas de morte por doenças como: a pneumonia, as gastrenterites e colites. Também foi observado que em outro período, houve uma diminuição no contagio das doenças infecciosas como a tuberculose, sífilis e a varíola sendo considerada praticamente extinta.
Em contrapartida ocorreu um aumento absoluto, nas taxas de doenças do coração, dos tumores malignos, das doenças do sistema nervoso central, dos diabetes e dos acidentes. Pode assim observar dois quadros patologicamente distintos no México, e os fatos que não são explicáveis por termos biológicos, leva a crer que são características das formações sociais em cada um dos momentos históricos vividos por esta sociedade.
Outra tentativa de demonstrar o caráter social da doença e mostrar os determinantes sociais do perfil patológico, é a analise das condições coletivas de saúde em diferentes sociedades, mas vivenciando o mesmo momento histórico. Assim, Laurrel comparou as dez principais causas de morte ocorridas em três países: México, Estados Unidos e Cuba.
Foi visto nesta pesquisa uma elevada taxa de mortalidade por cirrose hepática, que reflete na má nutrição e no alcoolismo, causas disseminadas pela pobreza gerada pelo desemprego, que ocasiona um aumento expressivo de mortes violentas. Isto
revela que o processo saúde-doença da sociedade não se explica pelas suas determinações múltiplas, biológicas e sociais, mas também pela capacidade técnica da sociedade em eliminar ou elevar os casos de “certas doenças” e de sua população.
Para identificar o caráter social de qualquer doença é necessário estudar a sua frequência dentro de diversas classes sociais. E se a distribuição da doença e da morte é desigual pode ser possível detectar perfis patológicos específicos dos grupos sociais, mas, apenas se estes tiverem critérios objetivos.
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