As Teorias da Aprendizagem
Por: Mayara Gagliotti • 10/5/2017 • Trabalho acadêmico • 809 Palavras (4 Páginas) • 481 Visualizações
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TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Reflexão acerca da crônica "O marinheiro perdido" articulando a abordagem de memória aprendida em sala de aula.
Gabrielli Souto Morelli RA: N988AG-2 PS2A
Mayara Caroline Gagliotti RA: D116JH-6 PS1A
São Paulo
2016
O MARINHEIRO PERDIDO – ABORDAGEM SOBRE MEMÓRIA
Na crônica de Oliver Sacks podemos notar um homem com 49 anos que se recorda de todas as suas memórias do passado, porém sofria com perda de memória recente, não conseguia resgatar memórias novas, o que fazia com que tudo que se passasse depois ficasse gravado por apenas alguns segundos, os acontecimentos recentes e os dados sensoriais, como os sons são armazenados na memória de curto prazo. Estas, muitas vezes englobam eventos durante um período que varia entre os 30 segundos e vários dias. Na história o paciente achava estar vivendo em 1943/1945 e ter cerca de 19 anos. Ele parecia estar “parado” no ano de 1945, porque não conseguia obter lembranças por mais de alguns minutos, quando Sacks mostrou-lhe um espelho e Jimmie viu seu próprio rosto, ele entrou em pânico porque não podia entender o que havia acontecido. Quando o médico saiu da sala e voltou depois de alguns segundos, foi recebido pelo paciente como se eles nunca tivessem se encontrado.
De acordo com a crônica, Jimmie sofria de um caso grave de Síndrome de Korsakov, um problema ligado à falta de vitamina B1 que tem a amnésia como um de seus sintomas, foi somente quando surgiu a síndrome que todas as suas lembranças posteriores a 1945 se perderam. Assim começa a descrição do caso de seu paciente Jimmie G., que tinha suas referências de vida congeladas num passado de três décadas atrás, e era incapaz de construir novas referências, de lembrar-se de algo que se passaram minutos antes. Jimmie conseguia, por exemplo, informar seu nome, data de nascimento, o nome da cidadezinha em Connecticut onde nascera e até descrever detalhadamente com carinho, chegando até a desenhar um mapa, falava sobre as casas onde seus parentes tinham morado, lembrava até os números de seus telefones, comentou também da escola e dos tempos de estudante, dos amigos que teve e da predileção por matemática e ciências. Discorreu ainda com entusiasmo sobre seus tempos na Marinha. Ele conseguia lembrar-se dos nomes dos vários submarinos onde servira e as missões de cada um, suas posições e os nomes dos colegas de bordo. Recordava-se do código morse e ainda era fluente na transmissão e recepção em morse e em datilografia sem olhar o teclado, porém Jimmie não se lembrava por exemplo quantos anos ele tinha, e qual ano ele estava, acreditava inevitavelmente que ainda estava com dezenove anos por volta do ano de 1943/1945, quando o médico interrogou-lhe e mostrou-lhe o espelho ele se assustou e explicou que andava esquecendo as coisas de vez em quando, coisas que acabaram de acontecer mas que o passado estava claro. Percebemos que há tempos a memória é considerada de vital importância para a adaptação do ser humano ao seu meio. Sem a capacidade de memorizar os fatos, as experiências ou novas aprendizagens, a interação do indivíduo com o meio e com demais pessoas (além da própria capacidade de ser e conhecer enquanto ser histórico) ficaria improvável.
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