Ensino Colaborativo
Por: _patricia_alves_ • 26/10/2016 • Seminário • 2.089 Palavras (9 Páginas) • 280 Visualizações
O ENSINO COLABORATIVO
O presente trabalho terá como tema a questão do Ensino Colaborativo, qual sua maneira de funcionamento, interação aluno "especial" - professor, o papel da família, do professor e do psicólogo, entre outros conteúdos que serviram de embasamento para a realização desse trabalho.
De acordo com Friend & Cook (1990) apud Mendes (2006), colaboração é definido com uma interação entre dois parceiros, no mínimo, em que os mesmos estarão engajados no mesmo processo para alcançar um objetivo de acordo com a tomada de decisão que os mesmos realizarem. Para que haja uma colaboração entre ambos, é necessário que exista um objetivo comum a ser atingido, equivalência entre os participantes, participação de todos os envolvidos, compartilhar as responsabilidades, compartilhar os recursos necessários e voluntarismo.
O ensino colaborativo tem como objetivo a interação entre dois ou mais professores de maneira a realizar um planejamento e implementá-lo na sala de aula, para que se possam criar opções para aprender e fornecer apoio aos estudantes presentes na sala de aula de ensino regular, combinando as potencialidades do professor tido como "comum" e o professor "especial" (BAUWENS, HOURCADE & FRIEND, 1989; RIPLEY, 1997; ARGUELES, HUGHES & SCHUMM, 2000; GATELY & GATELY, 2001 APUD MENDES, 2006).
Para que se tenha uma boa qualidade perante o principio do trabalho colaborativo, é necessário que haja um compromisso que envolva os professores, o sistema escolar e a comunidade (MENDES, 2006). Segundo Ripley (1997), o trabalho colaborativo dentro da rede escolar, exige várias características necessárias para que esse tipo de trabalho flua corretamente. Com isso, o trabalho colaborativo envolve questões como tempo, suporte, recursos, pesquisas, entre outros. Porém, de todas essas características citadas pelo autor, à característica indispensável é tempo, pois é essencial que se tenha tempo para o planejamento das ideias, para desenvolvê-las e para realizar sua avaliação.
Segundo Ferreira, Mendes, Almeida e Del Prette (2007) apud Marin & Maretti (2014), o ensino colaborativo consiste em uma estratégia formada por uma parceria entre o professor de educação regular e o professor de educação especial, no qual, ambos irão dividir a responsabilidade de planejar, colocar em prática e avaliar, determinados procedimentos de ensino para estudantes de uma classe heterogênea.
Depois de abordar a interação entre o professor de educação regular e o de educação especial, organiza-se estratégias pedagógicas que irão servir como base para o engajamento dos alunos portadores de necessidades especiais no contexto escolar (MARIN & MARETTI, 2014).
Segundo Beyer (2005); Fontes (2009) apud Marin & Maretti (2014), o ensino colaborativo não é caracterizado somente pela interação entre os professores das distintas áreas educacionais (regular e especial), mas sim a presença física, ou seja, dentro de uma determinada sala de aula, é necessário que o outro professor também esteja lá durante as atividades realizadas. Para mais, essa estratégia também pode ser chamada de co-ensino ou bidocência.
De acordo com Capellini (2008), dentro da instituição escolar, é necessária uma grande equipe envolvida dentro do ensino colaborativo. É claro, que os principais componentes são os professores e os alunos, porém, é necessário também que haja participação de todos os funcionários que ali se faz presentes, desde a direção até as pessoas que trabalham na limpeza. Um exemplo que podemos citar seria a hora do lanche na escola, em que, um aluno portador de cadeira de rodas necessite de ajuda para se locomover, sendo auxiliado então, por algum inspetor da instituição.
Ainda de acordo com as ideias da autora, muitas vezes a escola não está preparada para lidar com essas situações, porém, assim como já foi citado, é necessário que toda a escola faça parte dessa colaboração. Então, a instituição decide buscar o apoio de outros profissionais, como psicólogos, terapeutas ocupacionais, pedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas entre outros, para que possam então, trabalhar numa parceria de maneira a contribuir positivamente para esse trabalho colaborativo (CAPELLINI, 2008).
É importante lembrar também, a importância da família diante desse processo educacional que visa uma melhor educação para as crianças portadoras de deficiência intelectuais. Segundo Capellini (2008), a família tem grande impacto para com essas crianças, seja dentro ou fora da rede escolar. Com isso, é essencial que todo o trabalho realizado com essa criança seja esclarecido aos seus familiares, pois, a família é uma parte essencial para a formação da criança.
Uma das principais relações que o aluno portador de necessidades especiais possui é a relação professor-aluno. Segundo Farias, Maranhão & Cunha (2008), a escola é o melhor ambiente para promover a inclusão social e educacional das crianças, seja elas portadoras de doenças ou não.
De acordo com Brasil (1996) apud Farias, Maranhão & Cunha (2008) cita a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que visa à educação dos alunos portadores de necessidades especiais terem a oportunidade de estudar na rede regular de ensino, de maneira a garantir aos mesmos, recursos educativos que irão atender suas necessidades e promover uma melhor qualidade na educação.
Ainda de acordo com os autores, Farias, Maranhão & Cunha (2008), a escola inclusiva deve estar disposta a se adaptar de acordo com as necessidades de todos os alunos, sem exceção. Com isso, a relação professor-aluno é importante para a elevação da autoimagem do aluno, pois, com isso, dá-se espaço para que os demais estudantes vejam aquela relação e os benefícios que a mesma oferece.
Contudo, o professor é considerado como sendo um adulto portador de grande experiência e que possui um papel extremamente fundamental no desenvolvimento da criança (FARIAS, MARANHÃO & CUNHA, 2008).
Segundo Oliveira (1997) apud Farias, Maranhão e Cunha (2008), o professor é um grande elemento para o desenvolvimento e inclusão da criança com deficiência. Para isso, os autores fazem referência à teoria de Vygotsky, Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que é entendida como uma transformação de acordo com o amadurecimento das funções cognitivas que futuramente se tornarão concretas.
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