TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Família Redes, Laços e Politicas Publicas

Por:   •  23/3/2021  •  Resenha  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  370 Visualizações

Página 1 de 4

O livro em questão foi organizado por Ana Rojas e Maria Amália, baseado em um seminário cuja o tema foi Familia: Redes ,laços e políticas públicas, realizado em 2002 ,o livro é composto por 323 páginas, e é subdividido em três partes :1 vida em família; 2 trabalhando com famílias;3 famílias e políticas públicas.

Na primeira parte do livro apresentado ,a autora aborda a família e suas mudanças ,fica mas difícil definir o que a delimitam. O livro põe em questão alguns momentos históricos que deram importância a mudança estrutural da família. No livro a autora fala sobre a difusão da pílula anticoncepcional que ocorreu a partir da década de 1960, pois a partir daí a mulher passou a ter direito de escolha ,resultando em uma separação entre a sexualidade e a reprodução. Esse faro criou condições para que as mulheres deixassem de terem suas vidas voltadas para a maternidade como “destino “.

Foi citado no texto também a expansão feminista ,que ampliou as possiblidades de atuação da mulher no mundo social. O trabalho remunerado para as mulheres que abalou os alicerces familiares se associou.

Mais tarde a partir dos anos 80 começaram as novas tecnologias reprodutivas seja indenizações ou fertilizações ,que afetaram a identificação da família com o novo mundo natural ,desassociaram a gravidez da relação entre um homem e uma mulher.

Um pouco mais a frente em 1990 ocorreu a difusão do exame de DNA , onde através dele poderia ter o reconhecimento e a certeza de maternidade e paternidade, uma tecnologia bastante fundamental no que se refere à laços e responsabilidades familiares ,pois ela diz respeito ao homem preservando o seu lugar de pai e suas bases patriarcais.

Na constituição Federal de 1988 houve duas quebras de paradigmas referentes a convivência familiar. A primeira quebra de paradigmas foi o reconhecimento do homem e da mulher como sujeito de direito e deveres. O segundo o fim da diferenciação entre filhos legítimos e ilegítimos ,reiterado pelo ECA (estatuto da criança e do adolescente) . O ECA dessacraliza a família a ponto de proteger legalmente a criança de seus próprios familiares. O ECA ao mesmo tempo relata que a “convivência familiar “ é um direito básico da criança.

O livro também aponta a insuficiência na informação fundamentada sobre ao que leva as mulheres pobres querer comprovar a paternidade, afetividade ou financeiro. A autora esclarece que o “deslocamento de papéis familiares “ Não significa uma nova estrutura, pois o lugar masculino é o que representa a realização moral ,em caso de separação, por parte da mãe pode se haver a preferência pelo novo companheiro ,tem casos em que quando essa situação ocorre com mulheres pobres ,elas escolhem deixar seus filhos com o pai biológico. Podemos concluir que a noção da família contém bases conservadoras de um eixo moral . Apesar de algumas mudanças históricas ,essa construção de “desestruturação da familia" abrange a sociedade ate nos dias atuais principalmente em famílias pobres. Segundo a autora fala “[...] nas políticas públicas sociais trata-se de transformar o lugar do outro na sociedade ,no entanto, como condição prévia a essa transformação ,trata-se de mudar o lugar em que colocamos os demais.”(p.35)

A autora do título “Familia e afetividade" traz um tema sobre afetividade e a família, como forma de emancipação em relação às desigualdades sociais criadas.

A afetividade é uma das maneiras de interferir na vida coletiva da sociedade pois ela faz parte da configuração subjetiva das relações sociais de dominação. As relações

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6 Kb)   pdf (41.1 Kb)   docx (9.6 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com