GRUPOS E EQUIPES

GRUPOS E EQUIPES DE TRABALHO

1ª PARTE-  GRUPOS ORGANIZACIONAIS

O que se percebe nas organizações modernas é certa migração do modelo de órgãos e cargos fixos para um modelo mais flexível e baseado em equipes. Assim, a concepção baseada em cargos tradicionais cede lugar ao modelo mais moderno baseados em equipes integradas, coesas e de alto desempenho. A razão dessas mudanças de paradigmas se explica pelas grandes mutações globais que atingem o mundo corporativo, ensejando um ambiente incerto e competitivo, de modo que o modelo tradicional se tornou inadequado para acompanhar essa avalanche de mutações gerada pela globalização.

1. DEFINIÇÃO DE GRUPO

A definição ou conceito de grupo é muito variado na literatura, dependendo da perspectiva proposta. Contudo, alguns aspectos são relevantes para chegarmos ao conceito proposto. De acordo com Chiavenato (ob.cit. p.170), o grupo seria a junção de duas ou mais pessoas interdependentes que juntam esforços para alcançarem objetivos particulares. Contudo, o fato dos integrantes buscarem interesses individuais não significa que o comportamento do grupo seja apenas a soma de todos os comportamentos dos seus integrantes. Na verdade, o comportamento do grupo é bem diferente do comportamento de cada indivíduo, já que as pessoas tendem a agir em conformidades com as demandas grupais, sendo essa compreensão de extrema importância para melhor entender o comportamento organizacional.

1. TIPOS DE GRUPOS

Inquestionável o fato de que existe uma grande variedade de tipos de grupo. Apesar disso, vamos tentar separar os grupos em dois tipos conforme orienta Chiavenato, ou seja: Grupos formais e grupos informais.

1. GRUPOS FORMAIS: esse tipo de grupo é formado por imposição organizacional, de modo que suas tarefas e atividades laborais são definidas previamente pela organização. Assim, a organização estabelece os comportamentos adequados para que os colaboradores se encaixem no grupo, de modo que seu objetivo principal é o alcance dos objetivos organizacionais. De acordo ainda com Chiavenato (P.170),os grupos formais se dividem em subgrupos de acordo com suas demandas:

• Grupos de comando: são os grupos já estabelecidos tradicionalmente no organograma da empresa, de modo que estabelece uma hierarquia onde o subordinado se reporta diretamente ao seu superior hierárquico. Exemplo: diretor de hospital e seus médicos principais.
• Grupos de tarefa: Também são grupos formados por imposição organizacional, contudo apenas para determinadas tarefas. Tem como características não depender de relação direta de subordinação ao um só superior hierárquico, de modo que podem ultrapassar a unidade de comando. Exemplo: grupo de pessoas de diversos departamentos formado para combater um incêndio ou uma catástrofe.

• Grupos temporários: são os formados para determinadas tarefas organizacionais com prazo definido de duração. Exemplo: comissões. Esses grupos possuem suas próprias dinâmicas de funcionamento.

1. GRUPOS INFORMAIS: Esse tio de grupo surge de maneira espontânea e voluntária, decorrente das interações entre os colaboradores. Nesse sentido, considerando que sua composição não é imposta, trata-se de um grupo genuinamente social, já que formados por relações de interesses comuns e amizades. De acordo com Chiavenato, existem derivações dos grupos informais, a saber:

• GRUPOS PRIMÁRIOS: são grupos de tamanho pequeno e se caracterizam pela camaradagem, lealdade e alinhamento de valores pelos seus membros. Exemplos: família, amigos etc.

• GRUPOS DE INTERESSES: esses grupos são aqueles formados com base em algum interesse comum de seus componentes ou algum objetivo especifico.  Exemplos: apoiar um amigo, planejar férias, bolão de aposta etc. 

• GRUPOS DE AMIZADE: trata-se de conjunto de pessoas que mantém sua unidade mesmo fora do ambiente de trabalho. Tem como vínculo geralmente faixa etária, time de futebol, opção política etc.

• COALIZÕES: são grupos que, além das características dos demais grupos, possuem outras específicas. Nesse sentido, as coalizões são formadas por interação de grupos de indivíduos e com propósito específico. Assim, são entidades separadas, poderosas e eficazes na consecução dos objetivos propostos.

1. ETAPAS NA FORMAÇÃO DOS GRUPOS

Os grupos têm estágios de desenvolvimento e ciclo de vida. Por isso, estudos demonstram que os grupos experimentam uma sequência de cinco etapas de desenvolvimento:

• FORMAÇÃO: que se refere à fase inicial em que o grupo apresenta seus aspectos iniciais. A primeira fase é quando as pessoas ingressam no grupo por razões diversas; segunda fase é de formação do grupo com definição de propósitos, estrutura e liderança. É fase da incerteza

• TORMENTA: se refere á fase dos conflitos dentro do grupo, em que os membros contestam as regras limitadoras de individualidades. Ademais se discute sobre quem controla o grupo, sendo que o final dessa fase é quando há consenso acerca da hierarquia e liderança.

• NORMALIZAÇÃO: Nesta fase os conflitos são superados e surge uma grande coesão grupal e forte sentimento de identidade grupal. O grupo passa ser sólido e o espírito de camaradagem se dissemina.

• DESEMPENHO:  nessa fase o grupo se tornou plenamente funcional no que diz respeito ás suas tarefas e metas. As energias dos membros se canalizam para o cumprimento dos objetivos do grupo. É o último e mais pleno estágio do grupo.

• INTERRUPÇÃO: Essa fase é muito comum nos grupos temporários, já que existem com fins definidos e por tempo determinado. É a fase em que o grupo deixa de existir, seja por que motivo for. Nos grupos temporários seus membros voltam ás suas tarefas de rotina.

1. ESTRUTURA GRUPAL

Os grupos de trabalho possuem certas estruturas que determinam o comportamento e o desempenho de tarefas de seus membros. Mas essa estrutura é composta de variáveis que podem levar o grupo e seus membros a se comportarem de maneiras diversas. Chiavenato (p.173) esclarece algumas variáveis que influenciam na estrutura dos grupos:

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