IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES
Por: Fillipe Sasaki Da silva santos • 4/6/2018 • Trabalho acadêmico • 2.543 Palavras (11 Páginas) • 176 Visualizações
Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB
Amanda Martins Vieira
FillipeSasaki da Silva Santos
Tatielle Barbosa Passos de Almeida
IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES.
Brasília-DF
Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB
IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES.
Amanda Martins Vieira
FillipeSasaki da Silva Santos
Tatielle Barbosa Passos de Almeida
Relatório de Pesquisa apresentado na Disciplina Estágio Básico I e II do curso de Psicologia, sob orientação do Prof.º Dr. Gilson Pinheiro
Brasília, 2017
O objetivo desse estudo foi de analisar e investigar as razões que podem levar aos adolescentes a tentativa de suicídio, através da Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI). A coleta de dados foi desenvolvida em uma instituição da rede publica localizada em uma cidade satélite do Distrito Federal, tendo inicio no final de 2016 e sendo concluída em 2017. Para coletas de dados foi utilizado o BSI com uma amostra de 20 sujeitos de 16 a 18 anos de idade. Tendo como objetivo especifico investigar a prevalência de ideação suicida na
Introdução
Segundo Correa & Barrero (2006) Apud Moreira & Bastos (2015), a palavra suicídio deriva etimologicamente do latim sui (si mesmo) e caedes (ação de matar) e significa uma morte intencional auto infligida. Relatos apontam que o comportamento suicida existe desde os tempos mais antigos da humanidade, tendo mudado apenas a forma como esse ato é encarado. Por outro lado a compreensão de ideação suicida refere-se aos pensamentos de autodestruição e ideias suicidas, ou seja, levam-se em consideração os desejos, os planos e atitudes que o indivíduo tem para acabar com a própria vida.
A morte é a única certeza que se tem na vida, temida pela maioria das pessoas, pode ser enxergada com um alivio para outras. Pessoas que não acham outros meios para solucionar problemas psicológicos, biológicos, sociais e econômicos, buscam por comportamentos autodestrutivos acabar com a própria vida.
A fase da adolescência é marcada por modificações que ocorrem psicologicamente, fisicamente e socialmente. Araujo, Vieira e Coutinho (2010), afirmam que essa fase é acompanhada por conflitos e angustias, com isso houve um crescimento de comportamento suicida entre os jovens.
Deve-se levar a sério a manifestação de intenção ou ideação de suicídio, pois é grande o número daqueles que acabam cumprindo esse propósito. A ideação suicida varia de intensidade de pensamentos, profundidade, bem como o contexto em que surgem e a impossibilidade de desligar-se deles é que são fatores que distinguem o risco de tentativa de suicídio ou suicídio.
O presente estudo tem como objetivo geral identificar a prevalência de ideação suicida em adolescentes de 16 a 18 anos de idade. Tendo como objetivos específicos investigar os possíveis fatores causais que levam a ideação suicida.
Referencial Teórico
Borges e Werlang (2006) apresentam que a ideação suicida se refere a pensamento, ideia suicida “que engloba desejos, atitudes ou planos que o indivíduo tenha de se matar”. Ela também é vista como um predito para o suicídio, podendo ser o primeiro passo para sua concretização. Quando as ideações passam para ações suicidas e estas não atingem o seu propósito, são consideradas como “tentativa de suicídio”, que por sua vez é “qualquer ação auto dirigida, empreendida pela própria pessoa e que conduzirá à morte, caso não seja interrompida”.
A adolescência segundo Peres & Rosenbur (1998) é um o paradigma biomédico, como uma fase do desenvolvimento humano, de transição entre a infância e a vida adulta, na segunda década da vida, notada principalmente pelas transformações biológicas da puberdade e relacionados à maturidade bio-psico-social. Essas transformações são apresentadas como elementares na vida dos indivíduos o que leva a identificar a adolescência como sendo um período crítico norteado de momentos de definições identidade sexual, profissional, de valores, e sujeito a crises.
Vários aspectos no processo de adolescer, entre eles a família e a sociedade. Estes caminham juntos aos processos biológicos, podendo influenciar de forma positiva ou negativa na formação da nova identidade do indivíduo.
De acordo com Braga & Dell’Aglio (2013), os elevados números de suicídio na adolescência podem ser explicados, em parte, pela dificuldade de muitos jovens de enfrentar as exigências sociais e psicológicas impostas pelo período da adolescência. Nessa etapa, os jovens podem experienciar grandes mudanças, adquirir novas habilidades e enfrentar diversos desafios, que podem impulsionar muitos jovens a desenvolverem pensamentos e comportamentos suicidas. Neste período, ocasionalmente podem aparecer pensamentos de morte devido à dificuldade dos jovens em lidar com as demandas sociais, contextuais e situacionais impostas pela fase do ciclo vital em que se encontram.
Segundo a ABP (2014), a depressão é uma doença muito prevalente e é considerada como risco ao comportamento suicida. É uma doença que tende a ser crônica e recorrente, particularmente quando não tratada, podendo ser importante fonte de incapacidade, é a segunda mais importante causa de incapacidade no mundo. Em função de sua alta prevalência, a depressão é a doença mental que mais está associada ao suicídio. Representa, em números absolutos, o diagnóstico mais frequentemente encontrado entre suicidas. Em função disso, faz parte das estratégias de prevenção ao suicídio de alguns países o tratamento rápido e efetivo das depressões, como intuito de salvar vidas.
Alguns dos sintomas comuns de depressão são: sentir-se triste durante a maior parte do dia, diariamente; perder o interesse em atividades rotineiras; perder o apetite, com perda de peso, ou ter aumento do apetite, com ganho de peso; insônia, ou o contrário, necessidade aumentada de dormir; sentir-se cansado e fraco o tempo todo; sentir-se inútil, culpado e sem esperança; sentir-se irritado e cansado o tempo todo; sentir dificuldade em concentrar-se, tomar decisões ou lembrar-se das coisas; e ter pensamentos frequentes de morte e suicídio.
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