O Envelhecimento

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O ENVELHECIMENTO[pic 3]

Elizabete Cristina da Silva

José Ítalo de Lima Silva

Larissa Rayanne do Nascimento

Marta Laís Bezerra da Silva

Matheus Henrique Ferraz Lagos

Caruaru, novembro de 2018

O ENVELHECIMENTO

Elizabete Cristina da Silva^[1]

José Ítalo de Lima Silva^[2]

Larissa Rayanne do Nascimento^[3]

Marta Laís Bezerra da Silva^[4]

Matheus Henrique Ferraz Lagos^[5]

Trabalho integrativo apresentado como requisito parcial para a obtenção da nota da AP2 nas disciplinas de Psicologia do Desenvolvimento: Maturidade e Velhice; Psicologia da Saúde, Psicologia Social; Teorias e Sistemas: Comportamental; Teorias e Sistemas: Fenomenologia, Existencialismo e Humanismo. Sob a orientação dos professores Halline Henriques, Juliana Barros, Leandro Roque, Aline Lacerda e Renata Almeida.

1. INTRODUÇÃO

        O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos, independentemente. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais (BRITO E LITVOC, 2004).

        O processo de envelhecimento varia muito de acordo com o indivíduo, podendo ser mais acelerado para uns e mais lento para outros (CAETANO, 2006). Os fatores que influenciam a rapidez desse processo são inúmeros, dentre eles estão as condições socio-econômicas, os hábitos de vida e também o contexto histórico. No âmbito biológico, o processo do envelhecer está relacionado com aspectos nos planos molecular, celular, tecidular e orgânico do indivíduo. Já no âmbito psicológico diz respeito às dimensões cognitivas e psicoafetivas, interferindo na personalidade e afeto (Fechine e Trompieri, 2012). Logo, falar de envelhecimento é abrir um guarda-chuva de possibilidades de interpretações e aspectos em diferentes perspectivas culturais.

        O envelhecimento sempre foi um tema bastante preocupante e encarado de diferentes maneiras. Alguns veneram a velhice e têm uma visão da mesma como sinônimo de sabedoria, serenidade, experiências e de vivências. Já outros em contrapartida, a veem como um período de crescentes perdas (físicas, cognitivas e mentais), de vulnerabilidade, perda de autonomia e de dependência da família.

        De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam um aumento da população com mais de 60 anos nas próximas décadas. Dados de 2002 afirmam que até o ano de 2025 haja mais de 800 milhões de pessoas com idade superior a 65 anos de idade. Dados da Organização das Nações Unidas (Martin e Preston, 1994) são ainda mais reveladores, pois apontam 1100 bilhões de idosos para o ano de 2025, sendo que no ano de 2050 em todo o mundo o número de idosos terá ultrapassado o número de jovens.

1. DESENVOLVIMENTO:

        Com o intuito de expandir os nossos conhecimentos e vivências na graduação, nos foi solicitado uma atividade integrativa que tem como tema central o processo de

envelhecimento, partindo da perspectiva de cinco óticas das cinco disciplinas cursadas durante o semestre. Psicologia do Desenvolvimento: Maturidade e Velhice; Psicologia da Saúde; Psicologia Social; Teorias e Sistemas: Comportamental; Teorias e Sistemas: Fenomenologia, Existencialismo e Humanismo. A partir de então, foi solicitado que fizéssemos uma visita de campo a alguma instituição voltada para idosos. Optamos por realizar nossa visita ao Centro de Convivência de Fortalecimento de Vínculos ou Centro de Convivência do Idoso, localizado na cidade de Caruaru. Nosso intuito foi observar como os idosos têm vivenciado esse processo. Realizamos nossas atividades no dia 20 de novembro de 2018 (terça-feira) com um pequeno grupo de quatro idosos de 60 a 75 anos de idade (sendo três mulheres e um homem) do CCFV.

1. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: MATURIDADE E VELHICE

        A psicologia do envelhecimento deixou de ser simplesmente uma comparação entre a juventude e a  terceira idade, pois tem avançado cada vez mais em integração, planejamentos e estratégias. Então desenvolveram-se vários modelos e teorias dos mais diversos campos da psicologia do desenvolvimento com o intuito de refinar o processo de envelhecer nas dimensões do trabalho, lazer, saúde, relações sociais e familiares.

        Ao visitar o CCFV a experiência nesse campo foi abrangente. De início, a equipe apresentou-se enquanto grupo de pesquisa e foi feito uma atividade simples para promover a abertura e estabelecer um vínculo entre o grupo de estudantes e o grupo de idosos. Cada idoso se apresentou e falou um pouco sobre a expectativa deles acerca de toda a atividade que promoveríamos e se eles costumam participar e gostar de atividades promovidas por estudantes naquele espaço.

        Os participantes apresentaram faixa etária de 60 a 75 anos de idade o que representa idade adulta tardia ou velhice precoce. Tendo em vista que as capacidades cognitivas como memória, alguns processos atencionais e perceptivos podem declinar com a idade, foi priorizado os processos relacionados com a memória na abordagem da atividade proposta.

        Foi proposto então, a dinâmica da Caixa de Pandora. Que consiste em pegar uma caixa comum onde foram colocados 13 objetos alguns mais habituais ao dia a dia dos idosos, como um espanador e um ralador, e outros modernos, como um pendrive e um fone de ouvido, os quais foram fundamentados como backup motivacional. Foi solicitado para que cada um deles tirasse um objeto da caixa e o descrevesse, servindo assim para reforçar naquele momento o processo de armazenamento e evocação da memória para realizar a atividade seguinte. O procedimento consistiu em apresentar todos os objetos falando o nome de cada um deles favorecendo a memorização, novamente colocamos dentro da caixa. Com todos os objetos guardados pedimos então que com discurso oral fosse ressaltado o maior número possível de objetos que lembrassem. Durante o exercício alguns lembraram de mais objetos do que outros, uma senhora destacou-se por lembrar de 12 deles enquanto os outros ficaram numa média de 8. Apesar de lembrarem da maioria dos objetos houve uma pequena dificuldade de evocar todos os objetos apresentados.