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O LIVRO CLÍNICA PERIPATÉTICA

Por:   •  28/4/2021  •  Resenha  •  992 Palavras (4 Páginas)  •  770 Visualizações

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LIVRO CLÍNICA PERIPATÉTICA

Aluno: Igor Favaro da Costa

Período: 5° ano, Noturno RA - 17156112

Instituição: Unicesumar, Ponta Grossa

Data: 26/04/2021

Este livro é uma experiencia de vida e de trabalho relatado pelo autor Antonio Lancetti, qual constrói sua ideia sobre a criação dos Caps, como é o contato com a população, o que ele realmente almeja conseguir, humanizar seus contatos e dar melhores resultados, alterando o sistema atual de enfrentamento a doenças mentais, este livro é certamente muito informativo, de fácil leitura e interpretação de ideais, fácil entrelaçamento entre teorias e práticas, comove e fisga a atenção nos relatos sobre jovens de periferias, entre muitos outros relatos que são realmente vivenciados na pratica de saúde mental, e que como profissional seremos almejados a enfrentar de frente várias situações comoventes e que como agente da saúde, a essência de uma humanização, pode literalmente salvar vidas, algumas até pode depender de você em algum momento. Essas reflexões entre muitas outras caracteriza esse livro como necessário para a pratica em saúde mental. Lancetti é um psicanalista, era argentino, veio ao Brasil, atualmente secretário da saúde de Ação Comunitária no município de Santos, sua atuação na Secretaria é marcada por um trabalho com os segmentos excluídos da sociedade: meninos de rua, pacientes crônicos dos hospitais psiquiátricos e mendigos.

No livro o autor reflete sobre setting terapêutico, aquele que é comum a todos, uma sala em que o paciente vem até você e realiza o atendimento ali sentados, essa construção de setting pode ser inovada, comparando ao filósofos peripatéticos em que caminhavam e refletiam enquanto caminhavam, a construção de um setting pode ser até mesmo ao caminhar em um parque, um campo, uma rua, o setting não é o local, mas sim a ligação que há entre você e a pessoa, podendo ter a ideia de que pode ir ao encontro do paciente e realizar em qualquer local este setting, esta conexão, construindo assim a ideia de ir até o local fazer atendimentos a pessoas que precisam e não tem condições e nem se sentem a vontade em locais como uma clínica, indo até elas, dá a elas a sensação de conforto, mudando também o conceito de apenas alguém que está ali para ajudar ou ser ajudado, para alguém que é um amigo, em que ambos abrem portas uns aos outros, os jovens aos quais o autor cita no início sobre leva-los a um acampamento, ou um local como um sitio, relata que a experiencia de ir e vir refletindo sobre suas vidas, dá mais ênfase do que um breve atendimento.

Quando houve a reforma psiquiatra, aonde os hospicios foram dados como locais brutais em que não havia humanização, com razão, pois os pacientes ali alocados, estavam excluídos da sociedade, ficavam longe da cidade, presos, sem contato, como seria possível ali uma realocação social, sendo que na verdade estavam sendo esquecidos e dopados de remédios, assim quando os hospícios foram derrubados surgem os Naps, que posteriormente vira Caps, estes dentro da cidade, de portas abertas, podendo ir e vir ao atendimento, quando iniciou ficou um pouco perdido a burocracia, os agentes ali se apresentavam sem muito saber o que fazer, porém com muita vontade e trabalho a organização se manteve, o que chama de turbinado no livro, pois a lembrança de que o caps surgiu por causa do extermínio dos hospícios, aqueles locais desumanizados não podem surgir novamente como uma fuga da sociedade por não saber lidar com a

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