O PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Psicologia

Campus Betim

Amanda Cardoso Santos

Fernanda Almeida Rodrigues

Diego Victor Aguiar

Luan Octávio Fonseca Figueiredo

Mateus Allan dos Santos Rezende

PSICOTERAPIA FENOMENÓLOGICA EXISTENCIAL E HUMANISTA

ANÁLISE DO FILME: SETE MINUTOS DEPOIS DA MEIA NOITE

Betim

2022

1) O que as histórias “verdades” nos revelam? Como elas auxiliam o desvelar do fenômeno?

As histórias contadas no filme nos revelam as condições do ser humano, resgatando tanto a tristeza quanto a esperança. Traz ressignificação do que é ser filho, avó, mãe, as relações familiares, o que é, o que significa, o que pode ser.

Podemos perceber, ainda, diferentes pontos de verdade, o que nos convida para uma mudança, não precisamos ficar estáticos, presos a ideias fixas, podemos trazer novos sentidos e possibilidades.

Além disso, as histórias auxiliaram Conor a compreender e perceber sua própria realidade de um novo ângulo, de forma que sua própria história pudesse ser clarificada ao final de seus encontros com o Teixo e que pudesse ser, dessa forma, contada.

Desta forma, o desvelar do fenômeno acontece devido às reflexões que acontecem por intermédio do Teixo, sendo que Conor participa ativamente, ainda que em seu próprio tempo, à medida que busca compreender seu fenômeno a partir da consciência intencional, ou seja, Conor desvela o seu fenômeno ao passo que relaciona sua própria existência ao mundo.

No processo de estar lançado no mundo, Conor vai construindo seu jeito de ser, usando suas fases da negação, da raiva, uma mistura de desespero em aceitar a realidade para uma aceitação consciente; Conor vai se construindo, a partir do fenômeno em que seus próprios recursos aparecem para lidar e enfrentar seus medos.

Neste processo do desvelar do fenômeno, o existir e o ressignificar da verdade, por mais difícil que seja, abre possibilidade de dar novo sentido aos sofrimentos e a dor do sujeito, e em sua totalidade a busca de descobrir um processo traz esse misto de referências sentimentais, fazendo de sua experiência uma busca integrativa capaz de reconfigurar sua existência, enquanto sujeito.

2) Apresentem as intervenções fenomenológicas realizadas pelo Teixo:

Respostas clarificadoras:

Teixo mostra para Conor que ele poderia chorar, poderia expressar suas emoções, suas sensações e sentimentos. Auxiliou Conor a clarificar suas emoções, senti-las, se expressar.  

É necessário para a ressignificação do sujeito compreender seus sentidos e emoções, uma vez que, a aceitação do próprio eu, é uma interação do sujeito consigo mesmo, que por muitas vezes auxilia no processo de enfrentar e perceber todo mundo ao redor como um todo.

Respostas reflexivas-compreensíveis

Neste ponto, Teixo auxilia Conor com o encontro com a angústia ontológica, que não pode ser curada, mas pode ressignificar, pois o que não pode ser mudado, pode ser visto de outra forma, com novos sentidos e novas possibilidades.

Além disso, o Teixo convida Conor a refletir sobre o que ele realmente acredita a partir da segunda história, convidando-o a pensar o devir a partir do dasein.

Através da experiência de Conor, no entendimento do processo, as histórias contribuem para sua compreensão do fenômeno, assimilando o luto e sua própria história. Com cada impulso revelando sua condição e assimilação. Como na última história, onde ele próprio traz a narrativa sobre sua real angústia e o descontentamento com a condição da mãe e sua família. Todas as angústias descritas nas histórias anteriores se mostram, e são acumuladas no processo de luto e não aceitação. O "monstro" representa a ruptura do que se estabelece e o que não é mais aceito para a compreensão e aceitação, propiciando a visão dos seus próprios sentimentos e percepção diante da situação vivida.