O Parecer Psicológico
Por: Caroline Ribeiro • 22/9/2019 • Trabalho acadêmico • 611 Palavras (3 Páginas) • 340 Visualizações
Parecer Psicológico
Identificação:
Parecerista: Maria Caroline Ribeiro de Alencar – Acadêmica do 3º Período do Curso de Psicologia da Universidade São Miguel – UNISÃOMIGUEL
Solicitação efetuada pelo professor: Paulo Costa Rêgo
Data: 23/04/2019
Exposição de motivo:
Este documento é um parecer psicológico solicitado pelo professor Paulo Costa, como objetivo de responder à questão a respeito de como se dá o desenvolvimento da alfabetização e letramento de crianças com deficiência auditiva. Visto que, a Libras (Língua Brasileira de Sinais) é a língua nativa da aluna.
Análise:
As práticas escolares com os alunos surdos vêm, no decorrer da história, se modificando rumo a uma educação que respeite e valoriza a língua sinalizada. Por décadas, os surdos foram submetidos à escolarização com a língua portuguesa sendo a única forma de acesso aos conteúdos, e assim, com baixa capacidade de compreendê-los, pois as práticas se davam pelo oralismo e leitura labial, e o entendimento era restrito e precário, de forma mecânica e técnica. No entanto, para os surdos poderem compreender melhor sua própria língua nativa (língua gestual-visual), precisam de contato com seus pares surdos e usuários desta língua (professores fluentes em língua de sinais e intérpretes).
Vygotsky (1989) salienta que, “A linguagem tem como primeira função tanto para o adulto como para a criança, a comunicação, o contato social e a influência sobre os indivíduos que estão ao seu redor”. Assim supõe-se a necessidade da relação entre a comunicação e a linguagem entre os indivíduos para que haja desenvolvimento social e cognitivo.
Independentemente de suas diferenças, qualquer criança tem o direito de acesso a uma educação de qualidade, e a aquisição da língua escrita é de fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo do ser humano, porém, esse processo não pode mais ser comparado a uma habilidade motora, ou uma técnica mecânica, nem relacionado somente a uma única forma de ensinar e aprender. Atualmente esta ainda é uma preocupação e um questionamento de educadores, a estrutura do texto escrito do aluno surdo. Para os profissionais que trabalham com surdos, seja na série inicial ou até mesmo nas graduações, se faz imprescindível esclarecer algumas diferenças entre língua de sinais e língua portuguesa, línguas de modalidades distintas e canais de acessos diferenciados pelos seus usuários.
Conclusão:
Na ausência de um professor regente bilíngue (fluente em língua de sinais), há a necessidade do professor regente e do intérprete de Libras fazer um trabalho em parceria, em prol do aluno. Além da Língua de Sinais, o trabalho didático pedagógico deve ser pautado numa metodologia rica em estímulo visual. É válido destacar que os diálogos em sala de aula precisam ser realizados em Libras para que a criança surda possa realizar e ampliar seu vocabulário na língua de sinais e assim compreender a escrita no português, e os demais alunos, no caso da escola comum, possam aprender a Língua de sinais gradativamente.
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