Os Fatores de Risco, Proteção Psicossocial e Trabalho

Fatores de risco, proteção psicossocial e trabalho

Organizações que emancipam ou que matam – Capítulos 2 e 3

Zanelli, J. C. & Kanan, L.A.

Raquel Rodrigues dos Santos   11311PSI036

        Com base no texto proposto, é possível observar que o autor discorre e explicita questões, significados e significâncias a respeito de organizações saudáveis e não saudáveis, além de apresentar conceitos acerca dos fenômenos psicossociais, dando ressalva para as práticas e intervenções, abrangendo os aspectos positivos e negativos, tanto para a organização em si, como para o trabalhador.

        Pensando no conceito de trabalho decente que é guiado pela Organização Internacional para o Trabalho (OIT) e que é fomentado nas organizações saudáveis e autentizóticas,         onde propõem condições de bem-estar físico, psicológico e social, potencializando a aprendizagem, satisfazendo necessidades básicas do individuo, lhe assegurando liberdade, segurança e remuneração digna, comparando com a realidade existente em que vivemos, no Brasil, estes conceitos se tornam um tanto dificultosos. Há claro, algumas exceções no que diz respeito à organizações que realmente cumprem aos propósitos de uma organização positiva, no entanto, quando se trata de produção e lucros, algumas empresas tendem a desconsiderar o indivíduo-funcionário, em prol apenas do sucesso e crescimento da mesma.

        Para caracterizar os fenômenos causadores de danos psicológicos no âmbito organizacional        , Zanelli elucida o que Aguiar Coelho especifica sobre a diferença entre os perigos físicos e perigos psicossociais, como o estresse, por exemplo, em que seria mais fácil identificar o nível prejudicial de um dano físico, por ser mais imediato do que identificar um dano psicossocial, onde o mesmo pode permanecer por mais tempo. Com isso, abarca os principais fenômenos psicossociais que situa o bem-estar e aborda três ênfases vinculados a esse conceito, no âmbito positivo: satisfação, envolvimento e comprometimento organizacional.

        Para os autores, a existência de fenômenos psicossociais negativos e fenômenos psicossociais positivos no contexto organizacional são construídos pelas interações cruzadas entre o individual, social, organizacional e institucional, ou seja, nenhum fenômeno ocorre isoladamente. Para tanto, é necessário que a organização esteja ciente sobre a vulnerabilidade, devendo oferecer recursos e intervenções antes que o adoecimento se configure nas condições de trabalho. De modo geral, o texto deixa claro que é importante construir um ambiente de trabalho que faça sentido para o trabalhador, oferecendo subsídios básicos para sua saúde e qualidade de vida, além de proporcionar um pequeno espaço de lazer e prazer, em que possa conciliar trabalho e vida pessoal.