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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Por:   •  7/9/2019  •  Resenha  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  147 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Psicologia

SOCIOLOGIA

Filme – Minha vida em cor de rosa

A história do filme é um elemento importante para a construção e análise da realidade. Posto isso, podemos nos debruçar sob diversos aspectos sobre o conceito da divisão do trabalho, da consciência coletiva, do controle social, da mobilidade social, da estratificação social, da socialização e instituições que sob a luz de Durkheim nos mostra o que é a realidade dos dias de hoje.

Deste modo, a partir da análise do filme Minha vida em cor de rosa (1997), e de textos estudados, percebemos a divisão do trabalho, como promotor do distanciamento do indivíduo de sua família e religião, para o trabalho com suas normas e regras frias, causando esse o enfraquecendo dessa consciência coletiva, representada pela família gerando ausência de regras morais (anomia). Os pais de Ludovic (Piérre e Hanna) não sabia como lidar com a situação de seu filho na faixa de 7 anos, um garoto que está começando a descobrir a sua identidade como transsexual, ser aceito na sociedade.

nesse período era bem significativa, o homem; pai de Ludovic – Piérre, trabalhava para sustentar a família, enquanto a mulher; mãe de Ludovic- Hanna cuidava das crianças e da casa, sobre isso, vemos o Michael Wertheimer nos fala em sua obra “Pequena História da Psicologia”:

não há história imparcial. (...) Seria tarefa impossível fazer uma descrição completo e imparcial de todos os eventos ocorridos. (...) A história não é independente do historiador, ela não é algo pré-estabelecido. (WERTHEIMER, 1927, p. 5)

A partir disso, constatamos a dificuldade do papel do historiador e os desafios que encontra na execução do seu trabalho. No filme, as informações são relatadas por moradores onde a narrativa se desenvolve, a cidade Javé. Além das influências do próprio escritor, há também os vestígios das intenções de quem relata os acontecimentos, ou seja, mais uma vez, a história é objeto de “manipulação”. No texto “Estudo da História Psicologia”, o autor afirma que, em alguns casos, os fatos são contados de modo a criar uma imagem específica do acontecido, isto é, empregam um viés interpretativo ao fato. Percebemos tanto no texto como no filme, a omissão ou enaltecimento intencional de alguns fatos ou pessoas. Isto está explicito na cena em que o barbeiro sugere que, ao escrever a história da cidade, o escritor, Antônio Biá “dê uma melhoradinha” a fim de valorizar sua perspectiva e seu papel na história. Ainda sobre isso, o texto mencionado acima nos diz: “Ele disse: eu estava me valorizando em vez de descrever a vida que realmente levava” (Skinner, apud SCHULTZ; SCHULTZ, 2005, p. 5)

Neste ponto, verificamos que outro aspecto presente na história é a visão personalista que predominam na narrativa sobre os fatos. Há no filme a ideia que a história toma determinado destino, pois existiram personagens responsáveis pelas decisões que levaram àquele povo a um lugar específico. Fica evidente que alguns dos personagens são mais enaltecidos durante o filme, por exemplo, Mariardina, que segundo uma moradora do vilarejo de Javé, foi protagonista da história daquele povo. Em contrapartida, outro personagem aponta Mariardina como “coadjuvante” da história e confere à outra pessoa o êxito do povo de Javé. A visão personalista também perpassa a história da psicologia, onde percebemos a exaltação de personagens como Freud em relação à teoria psicanalítica. Deste modo:

A visão personalista parte do pressuposto de que os eventos nunca teriam ocorrido sem o surgimento dessas impressionantes figuras. (...) a teoria afirma que o indivíduo é responsável por edificar a era. (SCHULTZ; SCHULTZ, 2005, p. 16)

Ainda imersos na História da Psicologia, figuras como Helena Antipoff, Dom Antônio dos Santos Cabral, Dom João Resende Costa, Pedro Parafita de Bessa e padre Orlando, por exemplo, são considerados responsáveis pelo desenvolvimento da Psicologia no Brasil e especialmente na PUC. Os resultados satisfatórios relacionados à psicologia são conferidos à estas pessoas que contribuíram fortemente para sua consolidação e percebemos, em vários textos voltados à história da psicologia, como na obra “Depoimento. Curso de Psicologia da PUC Minas: pioneiro no Brasil” de Délcio Vieira Salomom, um elogio pessoal

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