Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia.
Por: Adilson Borges • 18/10/2016 • Resenha • 1.046 Palavras (5 Páginas) • 430 Visualizações
SAINDO DO SENSO COMUM
Adilson Batista Borges Filho[1]
Ana m. Bahia bock, Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP, Professora de Psicologia Social e Educacional da Faculdade de Psicologia da PUC-SP. Odair furtado, Doutor em Psicologia Social pela PUC-SP, Professor de Psicologia Social e Institucional da Faculdade de Psicologia da PUC-SP e Aria de Lourdes Trassi Teixeira, Psicóloga e Psicanalista, Supervisora em Psicologia Institucional da Faculdade de Psicologia da PUC-SP, Membro do Instituto Sedes, Sapientiae-SP. Sendo todos eles especializados e graduados na área da Psicologia e suas ramificações, juntamente escreveram a literatura Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia.
O livro possui 23 capítulos, sendo eles subdivididos em 3 partes, sendo elas: A caracterização da psicologia; Temas teóricos em psicologia e; Psicologia: uma leitura da realidade. Na parte resenhada estarão os seis primeiros capítulos (que se encontra na primeira parte do livro).
Em sua parte introdutória aborda sobre a psicologia do senso comum, intuitiva, sendo ela não empírica, mas fruto de experiências que são adquiridas de forma cognitiva, vivencial. Esse senso comum (que não deixa de ser uma psicologia) difere da psicologia como ciência, que, por sua vez, visa uma sistematização formulada através do cotidiano, e, para que isso ocorra, é preciso que a ciência olhe o cotidiano como um “terceiro”, um objeto de pesquisa.
A ciência, portanto, é o sujeito definidor da práxis hominis intuitiva. Nesse sentido a ciência é necessária, pois, o senso comum (por ser, em muitas das vezes, conhecimento hereditário e não propriamente empírico) tende a ser simplista quanto ao conhecimento, definição de termos e afins. Visto que a ciência deriva da necessidade humana, conclui-se que ambas caminham juntas, uma dando o impulso e a outra esticando as pernas.
Há ainda o conhecimento filosófico, que se vê desde os primórdios, sendo o mesmo a tentativa humana de esmiuçar, entender e compactar os problemas mais complexos da humanidade com a Navalha de Ockham, o fruto dessa ação tem reflexo expresso na arte e religião.
A ciência por sua vez é a definição precisa dos fatos ou aspectos da realidade, chega-se a esses resultados de maneira metódica. A ciência também é um processo, visto que, um aprendizado leva a outras teorias. Todos os seus recursos são aplicados em cima de um objeto, no caso da psicologia (ciência originada no séc XIX), é o comportamento do ser humano. A problemática está no fato de que na psicologia, o homem (gênero), estuda o homem, nesse sentido ele é o sujeito e objeto simultaneamente, passivo de desconfiança, uma vez que, cada um analisa fatos de acordo com sua cosmovisão.
A Psicologia também trabalha com a subjetividade e nisso está implícito comportamento, sentimento, bem como o fato de sermos individuais e genéricos. A subjetividade é também construída, pois, não mais somos o que fomos, sempre modificaremos. Na busca do entender dessas mudanças, a psicologia não faz associação com o misticismo, visto que, esta, tendo concepção de destino e transcendência, não se encaixa como objeto de pesquisa daquela, o relacionamento “mística e psicologia” é conflitante.
Após a parte introdutória o livro discorre sobre o tema “Psicologia e História”, fazendo assim uma análise contextual, começando no período grego (700 a.C), época de expansão helenista, que trouxe consequências na ciência, por ter que acompanhar as necessidades humanas decorrentes da expansão territorial grega.
Nesse período (469–322 a.C), os Filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles abordam temas que viriam a ser fundamentais (base e estrutura) do que viria a ser a psicologia. Já no Império Romano, no período (354-1274 AD), Agostinho, com estudos que dizia ser a alma a sede da razão, confrontou a igreja. Em um período posterior, Tomás de Aquino, como que arauto da igreja romana, regressa o estudo do psiquismo ao uso exclusivo da igreja.
A renascença (1474 AD, aproximadamente) surge em reação ao autoritarismo da igreja. A renascença trouxe consigo melhorias de quantidade e qualidade no conhecimento, tecnologia, arte, literaturas e ciência. Dentre tantas áreas, René Descartes (1596-1659 AD) menciona sobre o dualismo, alma e corpo. No Séc. XIX, com o capitalismo e todo conhecimento que é adquirido, o homem é levado a uma independência social, racional, religiosa, com isso, aparece na ciência moderna, cientistas e teorias revolucionárias.
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