RESIGNIFICANDO A ESCUTA EM ADOLESCENTES INFRATORES
Por: Antonio Monteiro • 28/11/2016 • Monografia • 7.259 Palavras (30 Páginas) • 352 Visualizações
FUNDAÇÃO UNIRG[pic 1]
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
Michelly Miranda
Lidiane Alves Carvalho da Rocha
RESIGNIFICANDO O CUIDADO EM ADOLESCENTES INFRATORES
ATRAVÉS DA ESCUTA TERAPÊUTICA
GURUPI – TO
SETEMBRO, 2016[pic 2]
MICHELLY MIRANDA
LIDIANE ALVES CARVALHO DA ROCHA
RESIGNIFICANDO O CUIDADO EM ADOLESCENTE INFRATORES
ATRAVÉS DA ESCUTA TERAPÊUTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário UNIRG como requisito para obtenção de título de Bacharel em Psicologia.
Orientadora: Prof. Aline Rezende Faria Pimentel
GURUPI – TO
SETEMBRO, 2016
RESUMO[pic 3]
RESIGNIFICANDO O CUIDADO EM ADOLESCENTE INFRATORES
ATRAVÉS DA ESCUTA TERAPÊUTICA.
Michelly Miranda ¹; Lidiane A. C. da Rocha ²; Aline Rezende Pimentel ³; (¹ e ² Acadêmicos (as) do Curso de Psicologia – Centro Universitário UnirG, Gurupi/TO; ² Prof. Orientador, Curso de Psicologia do Centro Universitário UnirG, Gurupi/TO).
A adolescência é marcada por mudanças físicas, cognitivas e de construção social. Diante disso políticas públicas envolvendo os jovens em conflito com a lei vêm ocupando espaço através das redes sociais e motivando pesquisas científicas. A Psicologia, nas medidas socioeducativas, contribui positivamente com a equipe de profissionais através da escuta psicológica junto ao adolescente infrator, evidenciando e intervindo em situações de sofrimentos e angústias que possivelmente contribuíram para o ato infracional. O principal objetivo da pesquisa foi destacar a importância da escuta psicológica como forma de cuidado em adolescentes infratores. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, onde os meios de busca foram: site, bibliotecas, revistas, materiais digitais, Google Acadêmico, BVS. Usando como critérios de inclusão artigos científicos livres de língua portuguesa do ano de 2009 a 2016. Os resultados é que o cuidado por sua vez, traz a possibilidade do homem se situar nos tipos de relação que o homem tem de si e com o mundo a sua volta, sem esquecer que é nesse mundo onde se constrói os alicerces morais, fundamentais para a sua própria existência. Com isso a escuta se descentraliza a carga figurativa de um único sujeito, um único propósito, pulverizado diversos conceitos elementares de sua cultura disponível do sujeito. Assim, conclui-se que a intervenção psicológica através da escuta como forma de cuidado em adolescentes infratores sem julgamento e ouvir com qualidade, é dar a possibilidade para o adolescente a se comunicar e entender a si mesmo. É reconstruir novos conceitos e importância da sua própria existência, através da reflexão do saber sobre si, dando, portanto a condição de expor os seus aspectos saudáveis o que minimiza o seu sofrimento.
Palavras-chave: saber de si; Menor Infrator; Adolescentes em Desenvolvimento; Escuta Psicológica.
SUMÁRIO[pic 4]
1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
3. DISCUSSÃO
3.1 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
3.1.1 Da natureza jurídica
3.1.2 Da advertência
3.1.3 Da obrigação da reparação do dano
3.1.4 Da prestação de serviço à comunidade
3.1.5 Da liberdade assistida
3.1.6 Do regime de semiliberdade
3.1.7 Da internação
3.2. O PSICÓLOGO NAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
3.3. A ESCUTA COMO FORMA DE CUIDADO
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- INTRODUÇÃO
O desenvolvimento do adolescente é marcado por mudanças físicas, cognitivas e de construção social. Esta fase se inicia com a puberdade geralmente aos 13 anos, porém em algumas na contemporaneidade as alterações púberes podem vir bem antes da idade de 10 anos, finalizando com o início da fase adulta geralmente aos 19 ou 20 anos. Entretanto, foi apenas no século XX que a adolescência foi definida como um estágio de vida (PAPALIA e FEDMAN, 2013).
A adolescência é um momento complexo no desenvolvimento de um sujeito, e é considerado um momento preparatório e de transição, maturação para a fase adulta, e que, possuem características psicológicas específicas e naturais, como insegurança, rebeldia, impulsividade e agressividade. Com isso, ressalta-se que o adolescente ainda não tem maturidade regular para se responsabilizar por suas escolhas e atitudes, o que beneficia a compreensão e os comportamentos transgressores em especial os que vivem nas margens da sociedade (DALLO e PALUDO, 2012).
E infelizmente o Brasil ainda é um país onde as disputas sociais e econômicas ainda segregam milhões de pessoas em que a marginalização em relação ao desenvolvimento social, econômico e político nacional estão inseridos. Os programas assistencialistas disponíveis aos indivíduos tentam passar uma imagem de misérias e omissão do poder público quanto aos direitos fundamentais do cidadão (MONTE, 2011).
Por isso as diversas políticas publicas envolvendo os jovens em conflito com a lei, que vêm ocupando espaço através das redes sociais e motivando o desenvolvimento de ações voltadas a essas políticas e se constituindo para constantes tentativas de mudança em relação à maioridade penal. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), divulgado em 13 de julho de 1990, apresenta um importante avanço em relação à legislação estabelecendo proteção integral e única para o atendimento às crianças e adolescentes brasileiros (SOUZA e VENÂNCIO, 2011).
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