Resumo “A família como modelo: desconstruindo a patologia”
Por: BeatrizRaniel • 24/2/2021 • Resenha • 1.437 Palavras (6 Páginas) • 344 Visualizações
Resumo “A família como modelo: desconstruindo a patologia”
FAMÍLIA
No texto, a autora irá exemplificar e mostrar uma maior compreensão do que se denomina “família”, além de investigar os padrões interacionais que se repetem intergeracionalmente. Sendo assim, esta define o termo como “pessoas aparentadas que vivem em geral na mesma casa, particularmente o pai, a mãe e os filhos; pessoas do mesmo sangue; ascendência, linhagem, estirpe”.
Existem diversas categorias de família retratadas neste capítulo, como por exemplo: família de origem, família extensa, família nuclear, família atual e família substituta. A família de origem é aquela que um indivíduo inclui seus pais e os pais desses, numa ascendência progressiva. A família extensa pressupõe parentesco sanguíneo ou afinidade de pessoas ligadas entre si no tempo e espaço que se articulam com o presente. A família nuclear é uma unidade coletiva composta por pais e filhos, desenvolvida a partir de um relacionamento biológico. A família substituta é aquela que assume a criação de uma ou mais pessoas com as quais não tem laços de parentesco. Sendo assim, o grupo familiar pode ser visto como um sistema de relações que são significativas mesmo que não haja interdependência entre os subsistemas.
Um dos autores mencionados, Poster (1978) diz que uma teoria sobre família deve levar em consideração sua análise num nível psicológico (estrutura emocional), da vida cotidiana (rotina da atividade familiar) e entre família e sociedade (instituições políticas, econômicas, religiosas e urbanas).
SISTEMA
Sistema é um complexo de elementos em interação, um todo organizado ou ainda, partes que interagem formando esse todo unitário e complexo. A unidade familiar é um sistema composto por indivíduos que podem também ser considerados sistemas por si sós e ainda uma parte de um sistema, ou seja, um subsistema. Essa unidade familiar também faz parte de um sistema familiar maior que também se inclui em outros sistemas mais amplos, como o sociocultural e assim por diante.
TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA
Karrer (1989) cita as três fases da TFS. Na primeira, a essencialista, a mesma fechou-se em um pequeno círculo tentando preservar a sua verdade com um pequeno número de seguidores que formavam o grupo que propunha algo insólito, diferente. Na segunda, a transacional, a TSF começa a reunir posturas diferentes em busca de um posicionamento mais sólido; e na terceira, a do relativismo, a teoria consegue absorver diferentes tendências.
Sluzki fala também dos modelos que compartilham uma raiz sistêmica a partir de sua centralização no processo (o sintoma é mantido por meio de sequências recursivas que contém a conduta sintomática ou problemática), na estrutura (a finalidade da terapia é mudar as regras para que a família possa recuperar seu potencial alternativo de lidar com os conflitos) e nas visões de mundo (cada indivíduo tem um sistema de crenças que organiza a sua realidade e determina sua conduta).
REPETIÇÃO
A autora diz que em algumas famílias, certos padrões são facilmente percebidos nas relações do cotidiano, enquanto que outros vêm de maneira camuflada. Ela também fala sobre o quão diferentes são as gerações e como elas lidam diferentemente com as situações, mas que todas elas transmitem um modelo. Além disso, McGoldrick e Gerson (1985) afirmam que as famílias repetem entre si mesmas e questões que aparecem em uma geração podem passar à geração seguinte sob outra forma.
Algo bem interessante mencionado no texto também é que quando um homem e uma mulher se unem, um dos componentes motivacionais para o novo compromisso é a fantasia de criar uma unidade familiar melhor do que a da família de origem. Esse casal pode até combinar de não repetir as mesmas coisas e hábitos de seus pais, mas apesar de tudo, continuam repetindo-os.
FORMAS DE REPETIÇÃO
O sistema seleciona do passado o padrão repetitivo que vai incluir na sua própria história. Existem sistemas familiares em que os padrões são repetidos exatamente como se deram no passado, podendo ainda sim em muitos casos, não haver percepção da repetição. Em outros sistemas, as repetições aparecem de forma camuflada e quase que irreconhecíveis.
Algo interessante também mencionado é que a comunicação, os rituais, as regras, mitos e sequencias permeiam as relações familiares e estabelecem maneiras de repetir. E também muitas famílias tem o potencial para escrever suas histórias de maneira diferente dos seus antepassados desde que usem esse conhecimento adquirido pela experiência.
O ANTIMODELO COMO FORMA DE REPETIÇÃO
Quanto aos modelos rejeitados, haverá tentativas de não serem repetidos, e, neste momento, pode-se partir para a adoção do antimodelo. A adoção do antimodelo é tão forte como a adoção do próprio modelo, pois, de qualquer forma, este continua sendo a referência. Indivíduos que são provenientes de famílias com regras rígidas podem assumir, quando constituem sua família nuclear, por exemplo, regras flexíveis ao extremo.
COMUNICAÇÃO
O estudo da comunicação abrange três áreas: transmissão de informação (elementos que estão a serviço da transmissão da mensagem); transmissão do significado na comunicação (entendimento entre o emissor e o receptor) e como a comunicação afeta o comportamento dos indivíduos (na relação emissor/receptor). Se pensarmos na família como um sistema interpessoal, ela pode ser vista como um circuito de retroalimentação, onde o comportamento e a comunicação de cada indivíduo afetam e são afetados pelo comportamento de cada uma das outras pessoas.
REGRAS FAMILIARES
A família é um sistema governado por regras. São as regras que determinam o que devemos
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