SAÚDE MENTAL, ATENÇÃO PRIMÁRIA E SAÚDE DA FAMÍLIA
Por: pedrosousa0607 • 24/11/2018 • Relatório de pesquisa • 2.464 Palavras (10 Páginas) • 226 Visualizações
FACULDADE PITÁGORAS- UNIDADE DIVINÓPOLIS
ÁGATA CRISTIE DA SILVA
JOÃO CARLOS HONORATO SILVA
NAYARA LEMOS RESENDE
PEDRO RODOLFO GONÇALVES DE SOUSA
TAYNARA TEIXEIRA COUTO
SAÚDE MENTAL, ATENÇÃO PRIMÁRIA E SAÚDE DA FAMÍLIA
DIVINÓPOLIS
2018
ÁGATA CRISTIE DA SILVA
JOÃO CARLOS HONORATO SILVA
NAYARA LEMOS RESENDE
PEDRO RODOLFO GONÇALVES DE SOUSA
TAYNARA TEIXEIRA COUTO
SAÚDE MENTAL, ATENÇÃO PRIMÁRIA E SAÚDE DA FAMÍLIA
Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Psicologia, da Faculdade Pitágoras- Unidade Divinópolis, como requisito oficial para obtenção de créditos na matéria de Dependência Química, ministrada pela professora Rhaisa Gontijo.
DIVINÓPOLIS
2018
SAÚDE MENTAL. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E INTEGRALIDADE
O modelo de atenção em saúde mental tem como objetivo a ampliação e a qualificação do cuidado às pessoas com transtornos mentais e sofrimento psíquico nos serviços comunitários, com base no território.
Nesse novo modelo a atenção hospitalar deixou de ser o centro e se tornou complementar. Com essa mudança o cuidado muda seu significado, ele vem mais para um âmbito mais familiar social e cultural do paciente.
Nesse contexto, o novo modelo de saúde apresenta um pensamento sobre um processo onde a subjetividade na produção de saúde se torna produção de sujeitos. Tem-se o pensamento de que os saberes e práticas devem se articular a construção de um processo onde a subjetividade é valorizada, onde os serviços de saúde se tornam mais acolhedores possibilitando a criação de vínculos.
A rede de saúde mental, segundo essa perspectiva deve ser composta por diversas ações e serviços de saúde mental, dentre eles dispõe a atenção primária á saúde- APS (Equipes de saúde da Família, NASF, consultório na rua, CAPS, residências terapêuticas, ambulatórios, unidades de acolhimento, dentre outros.
Há alguns princípios que norteiam a atuação, atenção e atendimento à saúde mental como: acessibilidade aos serviços de saúde cuidados integrais, orientação comunitária e família, continuidade do cuidado e a organização da rede deve se articular para a produção de cuidados em saúde mental no território.
Urgente se faz incluir a atenção primaria a saúde mental, para dar suporte as equipes que trabalham no atendimento as pessoas que estão passando por sofrimento. Importante destacar que o ministério da saúde criou em 2008 o NASF (núcleos de apoio à saúde da família) para ampliar, qualificar e aumentar a resolubilidade do trabalho da Estratégia Saúde da Família, principalmente em casos de saúde mental e psiquiatria.
O objetivo da NASF é trabalhar de maneira integrada e apoiando os profissionais, não somente das equipes de saúde da família, mas também das equipes de atenção primária para as populações específicas (consultórios de rua, equipes ribeirinhas e fluviais), configurando em equipes e compartilhando práticas e saberes. O NASF leva conhecimentos e qualificações em saúde mental aos trabalhadores das equipes de saúde da família, através de: Escolas Técnicas de SUS- ETSUS, Telessaúde, Equipe de matriciamento, ofertas de cursos de aperfeiçoamento e especialização em saúde mental, etc.
O profissional entrevistado foi Sebastião da Silva Oliveira de 25 anos, ele atua no NASF como fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, formado pela UIT(Universidade de Itaúna), no ano de 2016. Ele atualmente trabalha apenas em um PSF contratado pela prefeitura. Quando questionado se conhecia o programa SUPERA ele relatou não ter conhecimento, apontando assim um déficit em cursos de saúde com relação ao manejo de pacientes que fazem uso de álcool ou outras drogas.
O entrevistado quando fala de sua situação, relata que trata-se de um serviço muito procurado por toda a população da cidade, uma vez que o serviço é oferecido pelo SUS, tornando a cobrança por produções gigantescas. Como já mencionado anteriormente, o objetivo do NASF é ampliar e melhorar os serviços oferecidos à população, o que muitas vezes aumenta o fluxo de atendimentos.
O entrevistado relatou que a maioria das pessoas que chegam até ele para serem atendidas são pessoas com limitações funcionais, limitações de amplitude de movimentos, pessoas com restrições a participações sociais e principalmente pessoas com lesões crônicas e agudas. Então questionamos se em algum momento de sua experiência profissional ele já havia atendido algum caso de algum paciente que chegou lesionado por causa de acidente e que mais tarde foi descoberto que o acidente estava relacionado com o uso de álcool ou outras drogas, mas ele respondeu que não havia atendido casos assim.
No tratamento de seus pacientes sua principal ferramenta utilizada são as mãos e seus conhecimentos. Uma vez que com essas ferramentas eleconsegue mudar linhas de pensamentos e raciocínios transformando barreiras em facilitadoras. Durante a entrevista o entrevistado relatou não usar os instrumentos de triagem para a detecção do uso/abuso de drogas e nem faz uso da entrevista Breve ou Motivacional, o que mostra que na saúde há uma distinção e setorização do cuidado, onde cada área faz apenas o que compete a sua área de atuação, o que faz sobrecarregar o trabalho do psicólogo no serviço de saúde público. Essa situação poderia ser mudada, pois o entrevistado mesmo disse que há possibilidade não só de trabalhar o físico, mas também mudar ideias e percepções, uma vez que ali não há somente relação fisioterapeuta-paciente, há também uma troca de subjetividade e experiências.
A Atenção primária da saúde usa de uma ferramenta chamada apoio matricial que é um arranjo técnico-assistencial que visa à ampliação da clínica das equipes de saúde da família. Essa estratégia barra a lógica do encaminhamento indiscriminado para uma lógica de responsabilização entre as equipes de saúde da família e saúde mental, isso uni os profissionais e aumenta a possibilidade de resolução de casos.
O apoio matricial é organizado em encontros periódicos e regulares ou pode ser acionado em casos urgentes quando não se pode esperar até o dia combinado. Nesses encontros tenta-se encontrar e desenvolver ações conjuntas através de discussões de casos clínicos e atendimento conjunto. O entrevistado relatou que em sua unidade de trabalho há regularmente esses encontros multiprofissionais, mas ele não participa.
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