Violência Doméstica: Violência: Breve teoria e história
Por: Mandy2016 • 15/2/2016 • Trabalho acadêmico • 10.022 Palavras (41 Páginas) • 627 Visualizações
Marcela de Souza Battaglia RGM 131510-2 6ºD
Vanessa Alegretti RGM 132101-3 6ºD
Melchior Marcondes Soares RGM 132746-1 6º
Caroline V. De Willy Souza RGM 132836-1 5ºD
Patrícia de Jesus RGM 134526-5 6ºD
Ana Paula Prudêncio RGM 134769-1 6ºD
Amanda Leme Da Cruz RGM 138786-3 5ºD
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Universidade Cruzeiro do Sul
Curso de Psicologia
2015
Marcela de Souza Battaglia RGM 131510-2 6ºD
Vanessa Alegretti RGM 132101-3 6ºD
Melchior Marcondes Soares RGM 132746-1 6º
Caroline V. De Willy Souza RGM 132836-1 5ºD
Patrícia de Jesus RGM 134526-5 6ºD
Ana Paula Prudêncio RGM 134769-1 6ºD
Amanda Leme Da Cruz RGM 138786-3 5ºD
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
2015
I – Violência: Breve teoria e história
Quando falamos de violência notamos que este é um dos eternos problemas na sociedade. Engels afirmou que “a história é talvez, a mais cruel das deusas que arrasta sua carruagem triunfal sobre montões de cadáveres, tanto durante as guerras como em período de desenvolvimento pacífico” (Engels, 1981: 187 apud). Sempre houve uma preocupação do ser humano em entender a violência para sua prevenção ou até mesmo eliminação. (MINAYO, 1994)
No entanto, a violência não é algo biológico por parte da humanidade, mas sim um fenômeno biopsicossocial, e é criada e desenvolvida na vida em sociedade. Sendo assim, para entendê-la temos que analisar a história. Junto da violência estão problemas de política, economia, moral, Direito, Psicologia, das relações humanas e institucionais, e do plano individual. É importante ressaltar que a violência não pode ser tratada de forma fatalista, mas trata-se de um caminho possível. (MINAYO, 1994)
Um tipo de violência a ser abordado é a violência estrutural, que, dentre outras, se aplica às estruturas organizadas e institucionalizadas da família e conduzem à opressão, negando à algumas conquistas da sociedade e tornando-os mais vulneráveis. Nessas estruturas alguns são levados a aceitar ou a infligir sofrimentos, segundo o papel que lhes corresponda, encarando esse papel como algo natural. Tal situação muitas vezes é acompanhada de ameaça a vida, alteração na saúde, provocando doenças, e provoca a morte como realidade ou como uma possibilidade próxima. A violência chegou a um ponto que se converteu num problema de saúde pública e suas vítimas necessitam de “serviços de urgência, de atenção especializada, de reabilitação física, psicológica e de assistência social” (OPAS, l993:01 apud MINAYO, 1994)
Quando partimos para a violência doméstica, podemos abordar a questão da dominação masculina. Observamos desde as mais antigas civilizações que a ideia da dominação do homem tornou-se natural e se eternizou, mesmo que devesse ser entendida como um processo histórico, que poderia e deveria mudar. A família, a Igreja e o Estado durante a história adotaram o papel de fortalecer tal dominação. O papel da mulher sempre foi o de guardiã dos bens e do capital simbólico e isso era atribuído a ela de forma natural. No entanto, o homem era responsável por todas as decisões e pela ordem social, reafirmando a dominação masculina em todas as áreas da sociedade (CARNEIRO e MARQUES, 2005).
Freud, em Totem e Tabu, simbolizou a estrutura da sociedade tratando da autoridade suprema do pai violento e ciumento, que guardava todas as fêmeas para si. Inicialmente, os filhos eram submissos a esse pai e mesmo quando se revoltaram contra ele e o mataram, foram tomados por um sentimento de remorso, transformando-o em Totem e perpetuando sua autoridade sobre estes. (CARNEIRO e MARQUES, 2005).
Falando sobre a obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, notamos a política de opressor e oprimido na dominação masculina. E é importante ressaltar que não somente o opressor mantém essa estrutura, mas o oprimido às vezes não é capaz de reconhecê-la, e mesmo quando reconhecem existe temor em mudá-la. Paulo Freire diz que os oprimidos introjetam a "sombra” dos opressores e temem a liberdade, pois, essa se trata da expulsão desta sombra. Com essa expulsão será necessário preencher o vazio que restará. Dessa forma, para que haja mudança e para que esse vazio seja preenchido, o oprimido teria que desenvolver sua autonomia e responsabilidade, trazendo como consequência a liberdade. A liberdade é uma condição indispensável para humanização, trata-se de uma conquista e exige uma permanente busca e luta pela mesma. (FREIRE, 1987)
II - Violência Doméstica: Do que se trata?
Segundo Day et al (2003) a visão de que o ambiente familiar e as ligações afetivas protegem seus membros tem se mostrado equivocada e falha, a violência doméstica atinge todas as classes sociais, econômica e cultural. Entre os tipos de violência intrafamiliar podemos citar a violência psicológica e a violência física. Na violência psicológica, é toda ação ou omissão que tem por objetivo causar danos a auto-estima, a identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Na violência física, alguém tenta causar danos físicos por meio da força, utilizando instrumentos que podem causar lesões internas e externas.
Ainda de acordo com o autor, em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres já sofreu algum tipo de abuso, forçada ao sexo ou espancada, e o agressor frequentemente é alguém da família. A violência doméstica na maioria das vezes é acompanhada de agressões psicológicas e também de sexo forçado, foi comprovado que de 40% a 70% dos homicídios femininos no mundo foram cometidos pelos parceiros das mesmas, além de se saber que a pobreza é um fator a mais para as mulheres serem vítimas de violência. (DAY ET ALL, 2003)
Para Day et al (2003), a violência contra a mulher tem um padrão repetitivo e
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