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A Introdução a Metodologia da Ciência: Pedro Demo

Por:   •  25/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  566 Palavras (3 Páginas)  •  1.613 Visualizações

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Introdução a metodologia da ciência: Pedro Demo

“O pesquisador Pedro Demo afirma que “Não se pode, pois, emitir um conceito tranquilo de ciência, como se fosse possível partir de algo evidente e inquestionável e chegar a algo também evidente e inquestionável. O que podemos fazer é apresentar uma proposta de definição da ciência, na consciência de que é uma entre outras”. Analisando o pensamento percebe-se que para o autor é mais fácil dizer que a ideologia e o senso comum não são ciência do que a definir.

O processo científico é incapaz de produzir conhecimento puro, historicamente não contextuado e dessa forma está cercado de ideologia e senso comum. Sendo a ideologia intrinsecamente parcial no feitio que interpreta a realidade como gostaria que fosse diante a determinados interesses. O senso comum, através do bom senso é entendido como saber simples, inteligente, óbvio e advertido.

Convém lembrar, que os estudos, para que sejam de fato científicos, devem seguir alguns critérios internos que são coerência, consistência, originalidade e objetividade, fatos importantes para que o trabalho seja honesto, coeso e relevante. E o critério externo que é a intersubjetividade, significando a opinião dominante da comunidade científica em determinada época e lugar. Além disso é discutido a qualidade formal e a política, sendo que a primeira se refere a instrumentos e a métodos e a segunda, a finalidades e a conteúdo.

Visto que, uma das questões mais importantes para a ciência é a sua coincidência com a realidade do que é estudado. Dada a dificuldade em afirmar a correspondência entre o pensamento e o pensado diz-se que a ciência trabalha com uma realidade construída, ou seja, é apenas uma das formas de ver a realidade. A ciência é também produto e atividade social e não gera certezas cabais.

O autor emprega que a ciência é um método sempre e continuamente superado por métodos novos e por isso, a ciência é verdade apenas durante um período. Contudo, os conceitos superados não deixam de ser úteis. O avanço da ciência se dá, principalmente, devido as críticas já que a verdade é uma etapa do processo. Pedro Demo coloca que a prática só pode ser parcial, porque está historicamente definida e a teoria pode ser dominante, porque não tem compromisso histórico. Portanto, não existe afirmação absoluta e nesse sentido conclui-se que a ciência é utopia. A evolução que o cientista busca é fruto dessas continuas verdades e a conclusão por uma encerraria o processo científico.

Além do mais, a ideologia é uma maneira de determinado grupo se manter no controle as estruturas de poder e em compensação manter os subalternos sob controle evitando sucessivos questionamentos em torno da ordem estabelecida. Salientando as suas muitas faces pode-se dizer que cada parte usa a ideologia para atender seus privilégios ou para construir novas formas de ideias que possam produzir ações, no sentido de questionar o domínio vigente. Apesar de a ciência progredir com o avanço da sociedade, por exemplo, nos períodos de guerra, nas sociais a ideologia está introduzida ao conhecimento e a relação entre sujeito e o objeto e de identidade, ou seja, as ciências sociais são ideológicas, por serem fenômenos sociais.

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