SAÚDE MENTAL: Transformações, reformas e humanização psicossocial
Por: STUDIOALIN • 25/4/2018 • Artigo • 2.920 Palavras (12 Páginas) • 247 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
Trabalho de conclusão de curso II
SAÚDE MENTAL:
transformações, reformas e humanização psicossocial
Alison David de Azevedo
Caicó, dezembro de 2017
A todos que lutam por um atendimento de qualidade para a saúde mental.
AGRADECIMENTOS
A Deus, que me deu forças e coragem para chegar até aqui;
Aos meus familiares pelo incentivo e cuidado durante todo esse período, valeu a pena;
Aos meus colegas de classe que também compartilharam saberes e aprendizagens durante as atividades e projetos;
Aos mestres e professores que sempre me direcionaram a busca pelo saber;
Enfim, agradeço a todos que fizeram parte desta etapa decisiva em minha vida, muito obrigado!
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6
1. CONTEXTO HISTÓRICO DA LOUCURA 7
2. A LOUCURA E A INDÚSTRIA 8
3. A LOUCURA NA MODERNIDADE 9
4. A LOUCURA NO BRASIL 10
CONSIDERAÇÕES FINAIS 13
REFERÊNCIAS 14
SAÚDE MENTAL: TRANSFORMAÇÕES, REFORMAS E HUMANIZAÇÃO PSICOSSOCIAL
Alison David de Azevedo
RESUMO
O presente trabalho objetiva relatar as contribuições das transformações ocorridas na saúde mental no Brasil. Apresenta uma perspectiva de investigação moldada nos paradigmas da pesquisa bibliográfica, visando enfocar como se deu as reformas manicomiais, e como os pacientes psiquiátricos foram ganhando respeito e espaço dentro de um contexto histórico bastante conturbado e preconceituoso. Além disso, abordamos uma análise sobre as diferentes experiências históricas instituidoras da loucura nos manicômios, dentre eles os movimentos e estratégias para as transformações dessas instituições, propondo uma melhor qualidade de vida e um atendimento digno, com significado, amor e humanização por cada um dos pacientes.
Palavras- chave: Reformas. Manicômios. Pacientes. Humanização.
ABSTRACT
This paper aims to report the contributions of the transformations that occurred in mental health in Brazil. It presents a research perspective shaped in the paradigms of bibliographical research, aiming to focus on how the asylum reforms occurred, and how the psychiatric patients gained respect and space within a very troubled and prejudiced historical context. In addition, we present an analysis of the different historical experiences of madness in asylums, including the movements and strategies for the transformation of these institutions, proposing a better quality of life and a dignified service, with meaning, love and humanization for each one of the patients.
Keywords: Reforms. Asylums. Patients. Humanization.
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INTRODUÇÃO
Atualmente a saúde mental, vem sendo alvo de diversas discussões, as mudanças e avanços são resultados de anos de luta e dedicação de vários profissionais, familiares e demais pessoas interessadas em ver uma verdadeira reorganização nos sistemas relacionados ao convívio psiquiátrico dentro das instituições psicossociais.
O trabalho a seguir, tem o objetivo de apresentar um resumo histórico e social do tratamento clínico e social que ao longo dos anos foi dado as pessoas com tais distúrbios, além de discutir os avanços e práticas que precisam ser adotadas para o melhor desenvolvimento das pessoas em referida situação.
Tais objetivos se darão através da análise da obra História da Loucura, de Michael Foucault que ao longo de seu trabalho na área da filosofia, destacou-se nas discursões sobre o saber e o conhecimento como formas de controle social. Tal visão será exposta nesse trabalho, ao descrevermos as transformações, reformas e a humanização psicossocial.
CONTEXTO HISTÓRICO DA LOUCURA
A humanidade convive com a loucura a séculos, e antes de se tornar um termo essencialmente médico, o louco habitou o imaginário de diversas formas, foi motivo de chacota, possuído por demônios e marginalizado, isso tudo por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes; até então o deficiente psíquico ainda era um enigma para sociedade e também para a ciência que não o conhecia, na Grécia antiga era visto como uma manifestação divina, onde o louco era visto como profeta monge ou visionário dotado de sabedoria.
Mesmo sendo a loucura apresentada desde os primórdios da história, alguns autores se detém ao seu surgimento na idade média, logo após o desaparecimento da lepra, quando chegava a se pensar na loucura como a herança maldita de sua antecessora; Foucault (2003) relata que: “[...] De fato, a verdadeira herança da lepra não é aí que deve ser buscada, mas sim num fenômeno bastante complexo, do qual a medicina demorará para se apropriar. Esse fenômeno é a loucura.”( p.12).
Verdade é que tal doença levou quase dois séculos para começar a ser vista de fato como a sucessora da lepra nos medos seculares, suscitando assim, reações de divisão, de exclusão e de purificação.
Neste mesmo contexto, é possível concluir
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