Anamnese
Por: Lisandra Chagas • 7/8/2015 • Monografia • 1.137 Palavras (5 Páginas) • 355 Visualizações
Administração em Unidade de Saúde Pública
Aula 1 –
O sistema de saúde brasileiro – História, avanços e desafios
Introdução
- Brasil: república federativa cujo território possui 8,5 milhões de Km² = 47% da América do Sul
- População estimada (2010): 190.732.694
- População estimada (2014): 200 milhões
- Sistema Político composto por uma diversidade de partidos e três níveis autônomos:
- Federal
- 26 estados + DF
- 5570 (nov./2013) municípios
- O país é governado pelo poder executivo: presidente
- Legislativo: bicameral
- Judiciários: independente
Breve história:
De 1500 a1822: colônia de Portugal
1800: vinda da família real para o Brasil
1889: República
- População miscigenada: Pop. parda (43,8%), preta (6,8%) e indígena (0,6%). (2010)
- No sec. XX, o Brasil passou por um período de industrialização, concomitante com instabilidade política, golpes militares e governos autoritários, com breves períodos democráticos.
- Últimos 25 anos – mais breve período democrático brasileiro
- Reforma brasileira: impulsionada pela sociedade civil e não pelo governo, por partidos políticos ou por organizações internacionais.
- SUS: instituído em 1988: Constituição Federal – baseia-se no princípio de saúde como direito do cidadão e dever do estado
Brasil: breve resumo
- O país passou por grandes transformações políticas, econômicas, demográficas e sociais, especialmente nos últimos 40 anos.
- Em 1970 ( período militar): apresentou um dos maiores crescimentos econômicos do mundo, mas as melhorias da qualidade de vida beneficiaram muito poucos.
- O país está dividido em 5 regiões: diferentes condições demográficas, sociais, econômicas, culturais e de SAÚDE, com amplas desigualdades internas
Ex:
- Região Sudeste – 11% do território, 43% da pop. brasileira e 56% do produto bruto
- Região Norte (parte da floresta amazônica) – menos densidade populacional (3,9 pessoas/Km²) e é a mais pobre depois do nordeste
- Entre 1970 a 2000: grande transição demográfica: a proporção de pessoas com 60 anos + dobrou (10% em 2010), a urbanização aumentou de 55% para 80%
- As taxas de fertilidade diminuíram (5,8% para 1,9%), assim como a mortalidade infantil (114/1000 n.v. em 2012)
- Expectativa de vida aumentou em 40%, chegando a 74,84 anos (2013)
- O desemprego era considerado baixo, 8,2% (2010), mas 43,8% dos trabalhadores estavam no setor informal – 56% de cobertura de previdência social
- Taxa de dependência de idosos em 2020 (estimativa) 68 pessoas com + de 60 anos para cada 100 crianças e adolescentes
- Taxa de analfabetismo caiu de 33,7% em 1970 para 10,0% em 2010 e 8,4% em 2013 (Nordeste 16,9% em 2013)
- Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro duplicou e o coeficiente Gini caiu 15% (ainda sendo um dos maiores do mundo) 0,637 para 0,547
- Índice de pobreza diminuiu de 68% em 1970 para 31% em 2008 (bolsa família??) transferência condicionada
- PIB: per capta US$ 11.303,00 (2013), em 1975 era US$ 2.061,56
- Carga tributária: 25,98% (1970) e 33,83% (2010)
Condições de vida sofreram mudanças:
- Água encanada: 1970 – 33% dos municípios para – 93% em 2010
- Esgotamento sanitário: 1970 – 17% e em 2010 – 60%
- Posse de bens de consumo aumentou: 90% dos domicílios possuíam em 2010 um refrigerador, um aparelho de televisão, 75% tinham telefones celulares, 32% tinham um computador pessoal e 80% dos brasileiros com + de 15 anos tinham acesso à internet banda larga
Mudanças nas condições de vida afetam à saúde e o comportamento dos brasileiros
- Prevalência do sobrepeso e obesidade: aumentou 47,3% dos homens que vivem nas capitais brasileiras estão acima do peso. Cerca de 1/3 das famílias afirma não dispor de comida suficiente para se alimentar
- 19% da pop. das capitais refere consumir frutas e legumes em quantidade suficiente
- Atividade física é baixa nas capitais
- Tabagismo diminuiu (34,5% para 17,2%)
- Abuso do álcool: desafio – 17,6% das pessoas > 15 anos de idade ingerem bebidas alcóolicas regularmente
- Mudanças nas taxas de morbidade e mortalidade: transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais com desigualdades no território nacional
Contexto do Sistema de Saúde brasileiro
- Colonialismo português (1500 a 1822)
Contexto Econômico
Exploração de matérias primas
Contexto Político
Controle político de Portugal
Sistema de Saúde
Criação de hospitais da Santa Casa de Misericórdia de Santos, São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Belém e Olinda
Principais desafios: doenças pestilenciais e assistência à saúde para a população
- Império 1822 a 1829:
Contexto Econômico
Abertura dos portos em 18088, surgimento do capitali moderno
Controle Político
Centralismos político e sistema de coronelismo
Sistema de Saúde
Estruturas de saúde com ênfase na política sanitária
Adm. centrada nos municípios
Primeiras instituições de controle sanitários dos portos e de epidemias
Principais desafios: Doenças pestilenciais e controle dos portos
- República Velha (1889 a 1930):
Contexto Econômico
Economia agroexportadora, crise do café e insalubridade dos portos
Controle Político
Estado liberal-oligárquico, revoltas militares e emergência das questões sociais
Sistema de Saúde
Diretoria Geral de saúde Pública (1897)
Reforma da DGSP (Oswaldo Cruz)
Caixas de aposentadorias (lei Eloi Chaves)
Incipiente Assistência à Saúde pela previdência social
Dicotomia entre saúde pública e previdência social
Principais desafios: Doenças pestilenciais (febre amarela, varíola e peste) e doenças de massa (ex: TB, sífilis, endemias rurais)
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