O Caderno Lipídeos

01/10/19

Lipídeos

Tecido adiposo, importante tecido para armazenamento de excesso de calorias. Lá encontramos triglicerídeos (TG). Pode ser de origem endógena ou exógena.

TG no alimento pode ser removido, digerido e remontado e pode ter acesso a corrente sanguínea com o auxilio de estruturas específicas devido sua lipofílicidade. TG de origem exógena pode ir para o tecido adiposo para ser armazenado ou pode ir para tecido muscular, entretanto o tecido muscular não armazena lipídeo.. O TG só vai para o músculo quando o aporte sanguíneo para esta região for elevado, no caso de atividade física.

TG pode ser produzido devido o excesso de calorias na dieta (↑carboidratos). O TG por sua vez será sintetizado a partir da lipogênese, o que o caracteriza como endógeno. Um dos principais substratos para essa via lipogênica é o carboidrato quando a insulina estiver orquestrando o metabolismo. Também podemos produzir lipídeos através de aminoácidos. ^[a]A insulina regula positivamente as enzimas relacionadas à via lipogênica. TG endógeno pode ser produzido no tecido adiposo através da captura de glicose e podemos também sintetizar TG no fígado, entretanto este não é um local de armazenamento, logo tudo que é produzido no fígado terá acesso à corrente sanguínea podendo assim ir para o tec. Adiposo ou tec. Muscular.

Para evitar acúmulo de gordura corporal, ou reduzimos a origem exógena do TG e do excesso de ingestão de carboidratos ou aumentamos a demanda energética^[b].

TG é formado por um glicerol (poli álcool) e por 3 ácidos graxos

Ácidos graxos, são os lipídeos menores e mais simples que encontramos no nosso organismo, e são ácidos orgânicos carboxílico) [pic 1]

R1, R2, R3 = Cadeia aquila (presença de carbono e hidrogênio). Podem ser iguais ou diferentes.

Resumindo: Se ingerimos TG, ele é armazenado. Se ingerimos muito carboidrato ou aminoácidos, podemos produzi-lo. É altamente hidrofóbico e muito importante para gerar energia metabólica, formado por menores unidades como o glicerol.

Formação de TG = Reação de esterificação (formação de três ésteres com formação de 3 águas). É uma reação de condensação, onde ocorre liberação de água, assim como a formação de ligação glicosídica também é uma condensação.

Só temos duas células que não apresentam água como elemento encontrado em maior quantidade, é o osteócito e o adipócito, o adipócito é capaz de armazenar uma grande gotícula de TG e pode aumentar em até 1000x seu tamanho.

Lipídeo de armazenamento:

Tg pode ser encontrado como nutriente importante na lactação.

Representação de ácidos graxos _:_.

Normalmente quando falamos de ácidos graxos que podem produzidos no nosso organismo, o primeiro que produzidos é o 16:0. A partir deste podemos produzir o 18:1 com ação de alongasse e dessaturase. Os organismos vivos só conseguem colocar dupla ligação CIS. Toda dupla ligação colocada em ácido graxo por enzimas naturalmente é CIS. A cadeia alquila do ácido graxo pode variar com relação ao número de carbono e com relação à presença de dupla.

Ácidos graxos ímpares são essenciais, ou seja, não produzimos. E nem todo ácido graxo par somos capazes de produzir. Além disso, não sintetizamos ácidos graxos poli-insaturados^[c], entretanto conseguimos modificar ácidos graxos introduzidos pela alimentação, logo conseguimos adicionar ligação dupla com ação de dessaturases em ácidos graxos fornecidos pela dieta.

TG misto: ácidos graxos saturados e insaturados na mesma estrutura.

É extremamente importante como fonte de caloria. Quando falamos de TG os principais componentes usados para gerar ATP são os ácidos graxos formadores, visto que podemos produzir muito Acetil COA a partir dos AGs. Isso é particularmente importante em fibra muscular estriada esquelética ou cardíaca.

Não são todos os lipídeos que podem ser usados para geração de energia metabólica, como exemplo o colesterol. Conseguimos sintetizar colesterol, mas não conseguimos oxidar o núcleo esteroidal. 

Ponto de fusão: temperatura que precisa ser atingida para mudança do estado sólido para líquido. As diferenças do ponto de fusão deve-se a variação de ácidos graxos. Quanto mais for o ácido graxo, maior será seu ponto de fusão.

Ác. Graxo de cadeia curta: 4 – 6 ÁTOMOS DE CARBONO

Ác. Graxo de cadeia média: 8 – 12 ÁTOMOS DE CARBONO

Ác. Graxo de cadeia longa: 14 – 20 ÁTOMOS DE CARBONO

Ácidos graxos apresentam interações hidrofóbicas que são relativamente fracas, mas que acontecem entre grupos apolares. Quando fornecemos energia, irá ocorrer a quebra dessa ligações e o estado dessa matéria será alterado.

Quando aumentamos essa cadeia, a quantidade interações hidrofóbicas aumentam logo os átomos vão precisar de mais energia para que estes se afastem.

Ex: manteiga comparada à gordura bovina apresenta cadeias saturadas menores logo seu ponto de fusão será menor.

Introdução de dupla CIS reduz muito o ponto de fusão do AG. 

Carboxila desprotonada = Carboxilato.

AG podem fazer parte de fosfolipídios, o que irá determinar a fluidez da membrana.  

A gordura trans pode ser obtida por processo de hidrogenação parcial. Para a produção de margarina a partir do óleo, ocorre uma hidrogenação no ponto da insaturação (adição de hidrogênio para remoção da dupla) que no decorrer do processo forma uma ligação trans para posterior retirada e formação de uma ligação saturada. Antigamente a ligação trans era usada como aditivo em alimentos, já que esse deixava os alimentos palatáveis.

Ácidos graxos poli-insaturados são mais susceptíveis a sofrer oxidação.

AG é considerado uma substância anfipática. O que permite formação de micelas, que é uma estrutura esférica formada por substância anfipática em meio aquoso na qual encontraremos a região  polar voltada para o meio e a região apolar voltada para o centro da estrutura.

Formamos micelas com fosfolipídios e isto é importante no transporte de TG e colesterol na corrente sanguínea.

03/10/2019

AG poli-insaturados são essenciais. Lembrando que se a dupla foi colocada por um organismo vivo, obrigatoriamente a dupla é CIS.