Dietas: Substituição De Alimentos Não Convencionais Por Alimentos Saudáveis
Por: Geovana de Abreu Brandolfi • 17/3/2024 • Trabalho acadêmico • 2.972 Palavras (12 Páginas) • 69 Visualizações
DIETAS: SUBSTITUIÇÃO DE ALIMENTOS NÃO CONVENCIONAIS POR ALIMENTOS SAUDÁVEIS
Silvio Alexandre Ceolin Soares[1]
Walyson Santos de Souza²
RESUMO: Atualmente, o sobrepeso e a obesidade estão aumentando significativamente em todas as faixas etárias no Brasil, com um em cada dois adultos e uma em cada três crianças brasileiras com sobrepeso. Diante dessa situação, surge a necessidade de ampliar a ação intersetorial que afeta os diversos determinantes da saúde e nutrição. Desta forma, este trabalho teve como objetivo geral mostrar a importância de uma alimentação saudável, que as pessoas possam comer grandes quantidades de alimentos, fazer escolhas melhores sobre a alimentação se forem ingeridos de forma mais saudável. Especificamente, pretende-se conscientizar a população de seus malefícios e incentivar o aumento das pesquisas e estudos nessa área. Neste estudo, pode-se compreender que, os substitutos de gordura são muito úteis para pessoas que buscam uma alimentação mais saudável e para pessoas que precisam consumir esses produtos devido a certas patologias devido à alta ingestão de alimentos gordurosos. Este é um dos passos importantes no desenvolvimento da tecnologia de alimentos.
PALAVRAS-CHAVE: Dieta. Alimentação. Saudável. Sobrepeso. Obesidade.
- INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o Brasil passou por diversas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais que transformaram o modo de vida de seu povo. A ampliação das políticas sociais nas áreas de saúde, educação, trabalho, emprego e assistência social ajudou a reduzir as desigualdades sociais e permitiu que os países crescessem de forma inclusiva. Também foram observadas rápidas transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais, levando ao aumento da expectativa de vida e menor número de filhos por mulher, além de grandes mudanças nos padrões de saúde e consumo alimentar da população brasileira (BRASIL, 2014).
Na última década, houve uma grande demanda por um estilo de vida saudável, que está relacionado a uma alimentação balanceada. Ao mesmo tempo, muitas pessoas que não buscam aporte nutricional adequado e almejam o emagrecimento acabam restringindo calorias por meio de dietas restritivas na tentativa de atingir seus objetivos mais rapidamente, o que pode trazer consequências negativas como perda massiva de massa muscular e ganho de peso, A consequente diminuição da taxa metabólica basal pode afetar negativamente a composição corporal e levar a uma maior probabilidade de reganho de peso (BETONI, 2010).
A obesidade é uma doença multifatorial que se tornou um problema de saúde pública. Hoje, é um problema mundial que pode trazer sérias consequências para a saúde das pessoas, como diabetes, distúrbios do sono, certos tipos de doenças malignas, doenças cardiovasculares e hipertensão. De acordo com os parâmetros estipulados pela Organização Mundial de Saúde, o estado nutricional de um indivíduo pode ser avaliado pela relação entre o peso (kg) e a altura (m)2 do indivíduo, ou seja, o índice de massa corporal (IMC), e se um indivíduo é obeso pode ser diagnosticado. De acordo com esse parâmetro, uma pessoa com IMC igual ou superior a 30 kg/m é classificada como obesidade (WANDERLEY; FERREIRA, 2010).
Dietas com restrição de carboidratos para perda de peso ganharam popularidade nos últimos anos, justificadas pela diminuição da secreção de insulina, aumento da liberação de ácidos graxos livres do tecido adiposo e aumento da oxidação de gordura e gasto energético (LUDWIG; FRIEDMAN, 2014). Eles se baseiam principalmente na redução de carboidratos produtores de insulina, como os carboidratos refinados, pois o principal regulador do armazenamento de gordura no tecido adiposo é a insulina, e a redução de carboidratos refinados reduz a liberação desse hormônio (HALL, 2015).
Atualmente, há uma enorme resposta e uma quantidade crescente de notícias publicadas sobre o tema alimentação e saúde, exigindo o desenvolvimento de habilidades pessoais para apoiar escolhas saudáveis. Muitas vezes, a publicidade tende a destacar alimentos específicos, promovidos como "superalimentos" e dietas, prometendo efeitos milagrosos no corpo e na saúde, desencadeando modismos e padrões de comportamento alimentar inusitados, que muitas vezes levam a riscos à saúde (BRASIL, 2016).
Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo geral mostrar a importância de uma alimentação saudável, que as pessoas possam comer grandes quantidades de alimentos, fazer escolhas melhores sobre a alimentação se forem ingeridos de forma mais saudável. Especificamente, pretende-se conscientizar a população de seus malefícios e incentivar o aumento das pesquisas e estudos nessa área.
Portanto, a alimentação adequada e saudável é um direito humano fundamental que implica a garantia do acesso permanente e regular a uma alimentação biologicamente e socialmente adequada, de forma socialmente equitativa, adequada ao indivíduo e que deve estar de acordo com as necessidades alimentares específicas; influenciada também pela cultura alimentar como dimensões de gênero, raça e etnia viável física e economicamente; em harmonia com quantidade e qualidade, consistente com os princípios de variedade, equilíbrio, moderação, prazer; e com base em práticas produtivas adequadas e sustentáveis (BRASIL, 2014).
- ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
A alimentação refere-se não apenas à ingestão de nutrientes, mas também aos alimentos que os contêm e fornecem, como são combinados e preparados, as características dos padrões alimentares e os aspectos culturais e sociais dos hábitos alimentares. Todos esses aspectos afetam a saúde e o bem-estar. A ingestão de nutrientes fornecidos pelos alimentos é essencial para uma boa saúde. Também são importantes para a saúde os alimentos específicos que fornecem os nutrientes, as várias combinações possíveis entre eles e seu preparo, as características do padrão alimentar e os aspectos sociais e culturais dos hábitos alimentares (BRASIL, 2014).
Na tentativa para perder peso, as "promessas milagrosas" muitas vezes alimentam a ilusão de que comer apenas certos alimentos é suficiente. Mas existe um alimento mágico que pode satisfazer todas as necessidades do corpo? Um alimento pode ter propriedades promotoras da saúde ou mesmo ter um efeito desejável no metabolismo, mas nenhum alimento sozinho fornece o que precisamos para viver uma vida saudável e nenhum alimento por si só pode perder peso. Só uma alimentação variada, baseada em alimentos in natura e minimamente processados, adequada em qualidade e quantidade, respeitando nossas tradições e culturas, pode promover nossa saúde (BRASIL, 2016).
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