Shakes e Seus malefícios para a nutrição

UNIVERSIDADE PAULISTA

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

 APS

Shakes e seus Malefícios para a Nutrição

 

Docente:

RENATA RODRIGUES DE ARAUJO - C7110B-0

BRASÍLIA – DF

2018

1. INTRODUÇÃO

A busca por um corpo magro tem feito diversas pessoas buscarem alternativas para conseguir o mesmo, entre elas o uso de shakes emagrecedores, por terem um resultado rápido, acabam sendo a escolha de muitos que não querem e/ou não tem disponibilidade para praticarem exercícios e melhorar a alimentação. Mas o fato de perder peso não significa exatamente que o que foi eliminado foram gorduras.

Segundo a ANVISA shakes são alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composições definidas, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo, propiciando redução, manutenção ou ganho de peso corporal. Atualmente as pessoas tem se preocupado mais com seu corpo e aparência, buscando alternativas que nem sempre são boas escolhas para obterem os resultados desejados. 

Deixando de lado a segurança alimentar e nutricional, que futuramente podem vim a acarretar certos transtornos alimentares.  

Dentre as marcas de suplementos nutricionais mais vendidos, existe uma que ocupa o maior espaço neste cenário, a Herbalife® (STICKEL e SHOUVAL, 2015). Sua linha de produtos é voltada principalmente para a venda de shakes, chás, cápsulas, sopas e sucos (HERBALIFE, 2015). Em um desses kits utiliza-se de chás diuréticos, aumentando a quantidade de vezes que se urina, o que pode acarretar sim uma perda de peso, mas não necessariamente de gordura, podendo ocasionar até uma desidratação no indivíduo. (SILVESTRE, 2016). Uma caracteristica desse método de perda de peso é a substituição de refeições,  pelos shakes e chás, tendo uma diminuição de mais da metade das calorias antes consumidas na alimentação habitual, acarretando um baixo estoque de glicogênio, por consumir menor quantidade de carboidratos e proteínas. Além do que  o valor biológico da proteína ultilizada nessas fórmulas são infeiores quando comparadas a proteína animal de carnes e ovos por exemplo.( BURKE, 2012)

Outro ponto a observar é que por ser uma refeição líquida, o tempo de esvaziamento gástrico é mais rápido do que quando se consome uma refeição sólida, permitindo um tempo menor de saciedade. (SILVESTRE, 2016). Observando dessa maneira, percebemos o quanto os shakes trazem malefícios a saúde, sendo que tem estudos que mostram outras doenças associadas onde pesquisas mostram a relação do consumo desses shakes com comprometimento hepático dos clientes que faziam o uso deles, sendo também comum a utilização de vários desses produtos ao mesmo tempo, o que comprometeu ter a certeza de quais substâncias teriam sobrecarregado o fígado das pessoas envovidas.  (Elinav,  2007). O presente trabalho tem como objetivo abordar uma das formas adotadas (shakes) para o emagrecimento rápido dos indivíduos, que desejam conseguir resultados sem grandes esforços e em curto prazo.

1. TOXICIDADE DE PRODUTOS HERBALIFE

Pesquisas desenvolvidas em diferentes países e agrupadas no estudo do professor Lázaro Nunes, da instituição Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas (Metrocamp), mostram a relação entre produtos da Herbalife e problemas no fígado. Foram identificadas complicações como a hepatite tóxica e deficiências na coagulação do sangue.

O estudo analisou seis produções científicas de diversos países, entre eles Israel, Suíça, Espanha, Alemanha e Islândia, que relatam casos de 33 pessoas com problemas no fígado decorrente do consumo de produtos da Herbalife, entre 1999 e 2010. A alteração mais preocupante, de acordo com o estudo, foi a apresentação de sintomas de hepatite tóxica, que pode ocorrer pela ingestão de alimentos, suplementos ou medicamentos que possuam toxinas que afetam o órgão. Um dos estudos analisados mostrou que houve elevação de até 58 vezes na quantidade da enzima do fígado ALT (Alanina aminotransferase) e de 267 vezes, da AST (Aspartato transaminase), ambas enzimas do fígado.

Os números são um comparativo em relação ao padrão de uma pessoa saudável. Nos outros estudos, o aumento foi de, no mínimo, 10 vezes ao valor de referência para pessoas saudáveis. Ou seja, quando alguém está tomando um suplemento ou um alimento que faça com que o fígado fique sobrecarregado e tenha uma lesão, essa pessoa vai ter dificuldades de eliminar todos esses componentes do organismo e pode sofrer, por exemplo, a icterícia, que é quando a pessoa fica amarela por excesso de bilirrubina no sangue. O fígado controla a taxa de glicose no sangue, sintetiza proteínas e elimina substâncias tóxicas do organismo. Quando a pessoa tem alguma lesão hepática, ela pode ter dificuldades de coagulação e corre risco de sangramentos internos, sendo que o consumo destes produtos somados a predisposições à doenças no fígado podem colaborar para o desenvolvimento de complicações.

Não há produção científica sobre o tema no Brasil, porem os dados internacionais já servem para alertar sobre os efeitos do produto.

1. UM ARTIGO SOBRE HERBALIFE

Não é somente no Brasil que produtos da Herbalife é utilizado e que causa diversas opiniões onde algumas são a favor, porém muitos estudos e pesquisas feitas p elo mundo mostram que não são tão benéficas para saúde de seus consumidores. Exemplo disso é a reportagem publicada no Diário do Norte do Paraná, que mostrou estudos realizados na Suíça e em Israel e publicado na página de doenças hepáticas, www.hepato.com , como exposto a baixo.

Estudos científicos internacionais apontam o uso do complexo alimentar Herbalife ® a problemas no fígado.

Produtos da Herbalife®, uma das marcas de suplementos alimentares para emagrecer mais conhecidas, foram objeto de estudos clínicos sobre intoxicação no fígado na Suíça e em Israel, e publicados em 2007 no Journal of Hepatology, revista científica europeia, uma das mais conceituadas na área. Ambos os estudos relacionam o uso de produtos da marca Herbalife® e lesões hepáticas graves, como mor te de células ou parte do tecido do fígado (necrose) e inflamação do fígado (hepatite). A divulgação dos artigos alertou pesquisadores, inclusive da Universidade Estadual de Maringá (UEM), sobre riscos à saúde aos quais consumidores de produtos ditos naturais, vendidos como suplementos alimentares ou dietéticos, podem estar sujeitos.