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A CLASSIFICAÇÃO MICRORGANISMOS

Por:   •  20/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.932 Palavras (8 Páginas)  •  351 Visualizações

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  1. Defina teoria endossimbiótica e as evidências para esta teoria.

A teoria endossimbiótica é a teoria que explica como organelas, como cloroplasto e mitocôndria, surgiram nas células eucariontes. A mitocôndria está relacionada à respiração celular, enquanto que o cloroplasto é onde ocorre o processo de fotossíntese nas células eucariontes das plantas e dos vegetais. Baseia-se na hipótese de que as células eucarióticas evoluíram de células procarióticas a partir de eventos de fusão celular. Mitocôndrias teriam evoluído quando uma proteobactéria tornou-se um “endosimbionte” numa célula hospedeira. Cloroplastos evoluíram pelo engolfamento de uma bactéria capaz de realizar fotossíntese oxigênica (cianobactéria).

Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, algas e bactérias fotossintéticas anaeróbicas produziam oxigênio. O oxigênio produzido por esses organismos deixou a água e atingiu a atmosfera. Com o passar do tempo, o oxigênio difundiu-se por todo o planeta. Em alguma data que não se pode determinar, surgiram as células eucariotas, ou seja, com núcleo, uma organela especializada contendo material genético, o DNA. Essas células eram anaeróbicas, não eram capazes de utilizar oxigênio.

Dentro as células existentes, algumas eram capazes de utilizar o oxigênio, mas eram a minoria. O aumento de oxigênio na água tornou o ambiente desfavorável para as células anaeróbicas. Há evidências sugerindo que num determinado momento, as células que utilizavam oxigênio “invadiram” as anaeróbicas. As células “invasoras” se tornaram as mitocôndrias. Dessa associação surgiram as células aeróbicas, com pelo menos duas organelas diferenciadas, o núcleo e a mitocôndria.

O processo de “invasão” descrito é um processo de associação simbiótica, ou seja, uma associação onde os dois envolvidos no processo se beneficiam e depois não conseguem mais viver separados. Assim, de acordo com essa ideia, mitocôndrias e cloroplastos são descendentes de organismos procariontes.

Essa hipótese foi proposta em 1981 por uma cientista chamada Lynn Margullis e se baseia no fato de mitocôndrias e cloroplastos possuírem membrana dupla sendo a mais interna proveniente do organismo englobado, e a mais externa seria resultado da membrana do organismo que o englobou; possuírem seu próprio material DNA sendo circular e sem as proteínas denominadas de histonas; possuírem capacidade de autoduplicação; os ribossomos encontrados em mitocôndrias e cloroplastos são semelhantes aos de procariontes (70S) e diferentes dos encontrados em eucariontes (80S); certos antibióticos causam alterações na síntese de proteínas de mitocôndrias e cloroplastos; mitocôndrias e cloroplastos possuem tamanho semelhante ao das bactérias.

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  1. Explique como ocorreu a evolução da classificação dos seres vivos citando os pesquisadores e o sistema de classificação utilizada por eles de Linnaeus a Woese.

PESQUISADOR

REINOS/DOMÍNIOS

ORGANISMOS INCLUÍDOS NO SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO

Carolus Linnaeus (1753)

Plantas / Animais

Bactérias, fungos, algas e plantas / Protozoários e animais superiores

Ernest Haeckel (1865)

Plantas / Animais / Protistas

Algas multicelulares e plantas / Animais / Bactérias, protozoários, algas, fungos filamentosos e leveduras

Robert Whittaker (1969)

Plantas / Animais / Protistas / Fungos / Monera

Algas multicelulares e plantas / Animais / Protozoários e algas unicelulares / Fungos filamentosos e leveduras / Todas as bactérias (procariotos)

Carl Woese (1977)

Archaea / Eubacteria / Eucarya

Metanogênicos, halofílicos e termoacidófilos / Bactérias patogênicas, do solo, da água, fotossintetizantes, etc / Protozoários, algas, fungos, plantas e animais

Para facilitar as pesquisas, o conhecimento e a comunicação, utiliza-se a taxonomia, ou seja, classifica-se os organismos em categorias para mostrar graus de similaridade entre eles. Essas similaridades se devem ao parentesco, todos os organismos são relacionados pela evolução. A sistemática, ou filogenia, é o estudo da história evolutiva dos organismos. A hierarquia das categorias reflete relações de evolução ou filogenias.

Desde os tempos de Aristóteles, os organismos vivos eram classificados como plantas ou como animais. Em 1735, o botânico sueco Carolus Linnaeus apresentou um sistema formal de classificação dividindo os organismos vivos em dois reinos, Plantae e Animalia.

Em 1857, Carl Von Nageli propôs que as bactérias e os fungos fossem colocados no reino das plantas. Em 1866, Ernest Haeckel propôs o reino Protista para incluir as bactérias, protozoários, algas e fungos. Devido às discordâncias sobre a definição de protista, durante os 100 anos seguintes, os biólogos continuaram a seguir a classificação de von Nageli, que colocava os fungos e as bactérias no reino das plantas. Os fungos foram classificados em seu próprio reino em 1959.

Com o advento da microscopia eletrônica, as diferenças físicas entre as células ficaram evidentes. O termo procarioto foi introduzido em 1937 por Edward Chatton para distinguir as células sem núcleo das células das plantas e dos animais.

Em 1961, Roger Stanier apresentou a definição atual dos procariotos: células nas quais o material nuclear não é envolto por uma membrana nuclear. Em 1968, Robert G. E. Murray propôs o Reino Prokaryotae.

Em 1969, Robert H. Whittaker criou o sistema de cinco reinos, no qual os procariotos foram colocados no Reino Prokaryotae, ou Monera, e os eucariotos constituíram os outros quatro reinos. O Reino Prokaryotae foi criado com base em observações microscópicas. Posteriormente, novas técnicas de biologia molecular revelaram que existem na realidade dois tipos de células procarióticas e um tipo de célula eucariótica.

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