AS IMPLICAÇÕES DA CÁRIE NA PRIMEIRA INFÂNCIA: RELATO DE CASO
Por: anacarolinasrp • 30/11/2020 • Trabalho acadêmico • 444 Palavras (2 Páginas) • 317 Visualizações
Área: Odontopediatria/Ortodontia
Formação acadêmica: Graduação
Tipo de trabalho: Caso clínico
IMPLICAÇÕES DA CÁRIE NA PRIMEIRA INFÂNCIA: RELATO DE CASO
Ana Carolina Silva Rossi Pereira (anacarolinasrp@hotmail.com)
Universidade Estadual de Maringá
Orientadora: Maria Gisette Arias Provenzano
Ana Beatriz Rocha Pinto
Lais Albuquerque Marengoni
Daniela Fernandes Ceron
Marina de Lourdes Calvo Fracasso
Cárie na Primeira Infância (CPI) é definida como a presença de uma ou mais superfícies cariadas (cavitada ou não cavitada), perdidas ou restauradas (devido à doença cárie) em qualquer dente decíduo de uma criança com menos de seis anos de idade. É considerada uma doença dinâmica multifatorial, determinada pelo consumo de açúcar e mediada por biofilme que resulta no desequilíbrio entre os processos de des e remineralização dos tecidos duros dentários. A CPI é uma doença aguda, agressiva e de rápida evolução, destaca-se como a maior incidência de procura pelo odontopediatra, devido a sua sintomatologia dolorosa e comprometimento estético da dentição decídua. Dessa forma, a estrutura dentária pode ser rapidamente comprometida e fragilizada, tornando-se suscetível a fraturas que podem levar a perda do elemento dentário. Os dentes mais acometidos são os incisivos superiores, sendo a fratura coronária a sequela mais frequente aos tecidos dentários. O objetivo do presente estudo é discutir as implicações da cárie na primeira infância por meio de um relato de caso clínico. Paciente A.R., 03 anos de idade, sexo masculino foi conduzido pelos seus responsáveis para o atendimento na Clínica Odontológica da UEM, com queixa estética além de episódios recorrentes de dor. Ao exame clínico observou-se lesões cariosas com extensa destruição coronária nos dentes 52, 51, 61 e 62. Radiograficamente, as lesões se apresentavam profundas e próximas ao tecido pulpar, no entanto sem a presença lesão periapical e comprometimento do folículo pericoronário dos germes sucessores. No primeiro momento, foi realizada a instrução de higiene oral e dieta, fotografias intraorais, bem como o plano de tratamento envolvendo a adequação do meio bucal e uma abordagem restauradora conservadora para os elementos dentários envolvidos. No entanto, após uma semana o paciente sofreu um traumatismo, que culminou na fratura coronária com exposição pulpar no dente 51. Diante da extensão da fratura em bisel e da mobilidade do elemento dentário, optou-se pela exodontia, sendo necessária a reabilitação do espaço protético. São diversas as implicações quando a perda precoce ocorre na região ântero-superior, pode desenvolver deglutição e fonação atípicas, provocar atraso ou aceleração na erupção dos dentes permanentes, dificultar a alimentação e favorecer a instalação de prováveis problemas ortodônticos, além de afetar psicologicamente a criança. Assim, conclui-se que os pacientes com cárie na primeira infância apresentam a estrutura dentária enfraquecida em virtude do processo de desmineralização dentária, favorecendo a ocorrência de fraturas, levando a perda precoce do dente decíduo.
Palavras-chave: cárie dentária, dente decíduo, traumatismos dentários.
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