CIF - Classificação internacional de funcionalidade
Por: Danielle Kazanji • 8/12/2015 • Trabalho acadêmico • 651 Palavras (3 Páginas) • 639 Visualizações
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Disciplina: Saúde da Pessoa com Deficiência II – 2015 – Aluna: Danielle Peralta Kazanji nº USP: 8035848.
A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde da Organização Mundial de Saúde: Conceitos, Usos e Perspectivas.
Norma Farias, Cassia Maria Buchalla
Histórico da CIF
- 1976 – OMS publica o International Classification of Impairment, Disabilities and Handicaps (ICIDH) – tradução para o português: Classificação Internacional das Deficiências, Incapacidades e Desvantagens (CIDID).
- Modelo da CIDID descreve a deficiência de forma linear:
Doença Deficiência Incapacidade Desvantagem[pic 1][pic 2][pic 3]
- Em Maio de 2001 a Assembléia Mundial da Saúde aprova a Intertional Classification of Functioning, Disability and Health ( ICF) a partir das críticas ao modelo anterior, que não abordava os aspectos sociais e ambientais da deficiência, além de pressupor uma linearidade na experiência da deficiência.
- A ICF é traduzida para o português originando a CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde.
Conceituações, objetivos e componentes da CIF
- Incapacidade e funcionalidade estão relacionadas às condições: de saúde, de participação social.
- Pessoas com os mesmos diagnósticos podem não ter o mesmo nível de funcionalidade, bem como, pessoas com o mesmo nível de funcionalidade podem não ter o mesmo diagnóstico.
- Incapacidade é resultante da interação entre a disfunção apresentada pelo indivíduo (seja orgânica e\ou da estrutura do corpo), a limitação de suas atividades e a restrição na participação social e, dos fatores ambientais que podem atuar como facilitadores ou barreiras para o desempenho dessas atividades e da participação.
- Abordagem biopsicossocial (cada nível age e sofre a ação dos demais)
- Objetivo: fornecer uma linguagem padronizada e um modelo para a descrição da saúde e dos estados relacionados à saúde
- Instauração de um novo paradigma para trabalhar com a deficiência e a incapacidade, que deixa de considera-las, necessariamente, consequências das condições de saúde-doença, e considera que são determinadas pelo contexto, pelas percepções culturais e atitudes em relação a deficiência, e sobretudo, pela disponibilidade de serviços e de legislação.
- Permite avaliar as condições de vida e fornecer subsídios para políticas de inclusão social, bem como, se constitui como um instrumento para medir o estado funcional dos indivíduos.
Terminologias utilizadas na CIF
[pic 4]
Os usos da CIF
- CIF contém uma série de ferramentas e permite várias abordagens.
- Pode ser utilizada em setores como: saúde, educação, previdência social, medicina do trabalho, estatísticas, políticas públicas.
- Sua importância se dá principalmente nas práticas clínicas, ensino e pesquisa.
- Modelo de atendimento multidisciplinar
- Possibilita a utilização de uma linguagem padrão entre gestores, profissionais, pesquisadores, sociedade, usuários.
- Há uma checklist feita pela OMS que representa os domínios mais importantes da CIF.
- Seus usos se dão principalmente na área de Medicina física e Reabilitação e Geriatria.
- Há muita contribuição da CIF para responder as questões da Saúde Pública, principalmente no campo da saúde da pessoa com deficiência.
Alguns dilemas colocados para a incorporação do modelo da CIF
- Dificuldades de adoção desse modelo por ser uma classificação recente, e também por apresentar certas dificuldades em sua utilização.
- CIF constitui-se como um desafio para os Sistemas, pois problematiza e muda o foco da natureza biológica da redução ou perda de função.
- A incorporação da CIF deve ser vista como incorporação de uma nova tecnologia, e ainda há muitos potenciais para serem explorados nos serviços e instituições, bem como, na construção de legislações pertinentes, implementação de políticas públicas.
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