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Mastite bovina

Por:   •  11/5/2015  •  Monografia  •  3.133 Palavras (13 Páginas)  •  823 Visualizações

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Anhanguera


2015

Guilherme C. M. de Oliveira

Guilherme-mariano@hotmail.com


MASTITE BOVINA CAUSADA POR STAPHYLOCOCUS AUREUS


  1. INTRODUÇÃO

“O leite e os produtos lácteos são considerados pelos consumidores como naturais e de alta qualidade. Para que essa imagem seja mantida e para que o leite possa competir com sucesso frente a outros produtos alimentícios, é necessário manter o alto nível de qualidade, tanto da sua composição como da higiene. Um fator limitante a isso é a ocorrência de mastite nas vacas leiteiras” afirma Tristão.

A mastite bovina é uma patologia que gera grandes prejuízos aos produtores de leite. Vários são os agentes que podem causar mastite mas o Staphylococcus aureus é, sem dúvida alguma, a bactéria mais eficiente e que demanda grandes esforçoes e conhecimento para o seu controle (SILVA, 2009).

Embora tenha grandes avanços nos últimos anos, ainda há uma grande dificuldade na prevenção e no controle desta doença. Ela permanece como a patologia infecciosa mais prevalente na cultura de gado leiteiro ao redor do mundo.

Existe uma grande dificuldade no controle das infecções estafilocócitas, já que essas bactérias têm grande resistência aos microbianos atuais encontrados  no mercado.

  1. MASTITE BOVINA

A mastite bovina é a inflamação do parênquima mamário que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, principalmente por bactérias. É considerada a principal doença que afeta os rebanhos leiteiros no mundo. Pode se apresentar na forma clínica ou subclínica, e o diagnóstico pode ser feito por meio de exame semiológico ou laboratorial por meio de contagem de células somáticas no leite (SHVARZ, SANTOS, 2012).

  • Clínica: quadro em que o animal apresenta sinais evidentes de mastite , tais como: dor na glândula mamária, edema, endurecimento do úbere, temperatura aumentada do úbere e/ou aparecimento de grumos e pus no leite ordenhado (EMBRAPA, 2007).
  • Subclínica: é caracterizada por alterações na composição do leite,onde destaca-se o aumento da CCS e aumento de íons cloro e sódio, diminuição de caseína, gordura, sólidos totais e lactose do leite (EMBRAPA, 2007).

Quando o ambiente está impróprio para o animal, isso é, com acúmulo de poeira, lama, fezes, urina e outras sujidades, caracterizando a mastite ambiental (REBHUN, 2000).

 Quando animais doentes transmitem a infecção durante a ordenha através dos equipamentos de ordenha ou das mãos do ordenhador, caracterizando a mastite contagiosa (REBHUN, 2000).

Para o diagnóstico da enfermidade são necessários meios de avaliação da quantidade de células somáticas na secreção mamária que são, basicamente, células de defesa do sistema imunológico do individuo, quando o mesmo não apresenta alterações clinicamente detectáveis (JUNIOR; BELOTI, 2012). 

Em consequência da inflamação dos tecidos do úbere, a produção dos principais elementos do leite diminui. Há uma redução de 5 a 15% na matéria seca total do leite. Além do aumento da contagem de células somáticas CCS, a mastite provoca alterações nos três principais componentes do leite: gordura, proteína e lactose. Enzimas e minerais também são afetados (TRISTÃO).

  1. A bactéria Staphylococcus aureus 

      São cocos Gram positivos observados em associação aglomerados irregulares (como cacho de uvas ), sem flagelos , não produz esporos e pode ser raro ver cápsula. São altamente contagiosas, causando infecções de longa duração por mais de 30 dias, denominadas infecções crônicas. (Q. F. B., 2011).  Segue a taxonomia da bactéria Staphylococcus aureus:

  • Reino: Bacteria
  • Filo: Firmicutes
  • Classe: Bacilli
  • Ordem: Bacillales
  • Família: Staphylococcasceae
  • Gênero: Staphylococcus
  • Espécie: S. aureus.

Vivem em feridas de tetos, mãos de ordenhadores e na glândula mamária de vacas infectadas, segundo Juliana (2008).

A infecção por Staphylococcus aureus é crônica, e as autocuras são raras. Além da redução da produtividade, as glândulas afetadas sofrem danos parenquimatosos permanentes, com fibrose e formação de microabscessos. O Staphylococcus aureus é notável por uma notável resistência a antibióticos (REBHUN, ANO).


O S. aureus tem a capacidade de colonizar o epitélio dos tetos, principalmente se a pele se encontra lesada ou ressecada. Uma vez dentro da glândula mamária, o S. aureus segue um padrão longo de infecção, levando a um aumento significativo da contagem de células somáticas (CCS) e causando graves lesões, que irão reduzir a qualidade do leite e o potencial produtivo da glândula mamária. O início ocorre sobre adesão da bactéria aos tecidos da glândula, obstrução das vias de drenagem por coágulos de leite e destruição do teciso que fica incapaz de produzir leite. (SANTOS, 20009)

Segundo Zafalon, (2008) a prevalência de Staphylococcus aureus é superior em períodos chuvosos.

  1. EPIDEMIOLOGIA    

          A infecção superaguda por Staphylococcus aureus ocorre mais comumente nas vacas em repouso de produção recente ou naquelas que sofrem uma infecção inicial (REBHUN, 2000).

                                  Historicamente, o Staphylococcus aureus foi uma das causas mais comuns de mastite em vacas leiteiras no mundo inteiro. Nos últimos 25 anos, a prevalência da infecção e a ocorrência de mastite clínica devido a S. aureus diminuíram nos rebanhos que empregam medidas eficazes no controle de mastite. Contudo, alguns estudos indicam que 50-100% dos criatórios podem estar infectados. Em populações bovinas com baixa CCS, a prevalência da infecção varia de 1-10%. Em outros rebanhos, especialmente aqueles com alta CCS, até 50% das vacas podem-se encontrar infectadas pelo S. aureus, variando a taxa de infeção dos quartos em 10-25% (RADOSTITS, 2002, p.562).

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