DEGRADAÇÃO DO CONCRETO ARMADO

        

DEGRADAÇÃO DO CONCRETO ARMADO

Jhonathan Mateus Vieira

Discente de Engenharia Civil

FIMCA

RESUMO: 

        O concreto Portland é o material, nos dias de hoje, a segunda subtancia mais consumido pelos humanos – em primeiro lugar é a agua – e o material de construção civil mais utilizado no Brasil e em muitos países afora. porém, um fator integrante tem chamado a atenção dos engenheiros, construtores e especialmente da comunidade acadêmica que estuda a fundo o concreto armado: a rápida decomposição às quais as estruturas executadas a partir deste material têm se submetido, diminuindo a durabilidade e reduzindo a vida útil para a qual as edificações foram calculadas, situação que, além de afetar os requesitos de segurança da construção, também requer recursos monetários altos para recuperar as estruturas afetadas. Sabendo se que as estruturas de concreto sofrem degradação não só por falhas humanas nas etapas de elaboração dos projetos e execução das obras, mas também por causas naturais exterior ao concreto, como pela agressividade do ambiente, isto é, pela interação estrutura/meio ambiente. Com isso, o trabalho pretende fazer uma avaliação, através de revisão da literatura, em torno das principais causas, mecanismos e sintomas de uma estrutura de concreto desgastada.

Palavras–chave: concreto armado, Portland, agressividade, degradado, decomposição.

ARMED CONCRETE DEGRADATION

ABSTRACT:

        Portland cement is the material today the second subtance most consumed by humans - in the first place is water - and the most used civil construction material in Brazil and in many countries. however, an integral factor has drawn the attention of engineers, builders and especially the academic community that thoroughly studies reinforced concrete: the rapid decomposition to which the structures executed from this material have undergone, reducing durability and reducing the useful life for which the buildings were calculated, which, in addition to affecting construction safety requirements, also requires high monetary resources to recover the affected structures. Knowing that concrete structures are degraded not only by human faults in the stages of project design and execution, but also by natural causes outside the concrete, as by the aggressiveness of the environment, that is, by the interaction structure / environment. With this, the work intends to make an evaluation, through literature review, about the main causes, mechanisms and symptoms of a worn concrete structure.

KEYWORDS: concrete, Portland, aggressiveness, degraded, decomposition.

INTRODUÇÃO                                                                                                                                  Durante um longe periodo, o concreto foi  considerado um material praticamente indegradavel, de durabilidade “ilimitada”. Tanto é que, até o final dos anos de 1990, muitas normas e regulamentos referentes ao projeto e execução de estruturas de concreto, nas mais diferentes regiões do mundo, haviam sido concebidas com a preocupação dominante de garantir a obtenção da mais adequada resistência mecânica para as diversas peças estruturais (SOUZA e RIPPER, 1998). A questão da “durabilidade”, até o momento, era muito pouco priorizada no setor da construção civil. Esse entendimento, porém, mudou, tendo em vista que muitas estruturas começaram a apresentar degradações exorbitantes com pouco tempo de uso. Segundo Andrade (2005), os consumidores da construção civil, públicos e privados, têm tomado prejuizos com a falta de durabilidade das peças de concreto armado. Edifícios comerciais e residenciais, de pequeno e grande porte, pontes, viadutos, túneis, obras hidráulicas, no Brasil e em todo mundo, com apenas alguns anos de construida, podem apresentar manifestações patológicas relacionadas com uma ou mais formas de deterioração do concreto armado. O maior problema não está relacionado às patologias em si – pois elas são inevitáveis com o envelhecimento das estruturas – e sim à idade em que estão surgindo. Muitas vezes, com menos de 20 anos as estruturas já necessitam de manutenções corretivas generalizadas para prolongar sua vida útil (ANDRADE, 2005).

OBJETIVO GERAL

 O seguinte trabalho tem por objetivo fazer uma exposição, através da revisão da literatura, sobre as causas, principais processos e consequências do desgaste das estruturas de concreto armado, bem como a avaliação e recomendação de medidas preventivas. Ao final, teremos uma base mais solida para verificar os principais causadores das patologias as principais formas de prevenilas e revertelas.

Objetivos específicos

• Descrever os principais mecanismos de deterioração do concreto armado

(relacionados às causas de natureza mecânica, física, química e

eletroquímica), juntamente com os respectivos sintomas que se manifestam na

estrutura, recomendando a adoção de medidas preventivas ou minimizadoras

dos efeitos patológicos resultantes da deterioração do concreto armado;

• Descrever as origens das patologias devido às falhas humanas cometidas ao

longo do ciclo de vida da estrutura;

• Apresentar um estudo de caso sobre uma estrutura de concreto armado

degradada e propor uma metodologia de reparo e recuperação da peça.

DURABILIDADE, VIDA ÚTIL E DESEMPENHO DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Segundo a NBR 6118 (ABNT, 2003), durabilidade é a capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto. A supracitada norma técnica também menciona que as estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil. Para o comitê 201.2R do American Concrete Institute, a durabilidade do concreto de cimento Portland é definida como sua capacidade de resistir ao intemperismo, ataque químico, desgaste por abrasão ou qualquer outro processo de deterioração, retendo a sua forma original, qualidade e capacidade de utilização, quando exposto ao ambiente de trabalho (ACI, 2001). Gaspar (1988), por sua vez, define durabilidade como a capacidade de manter em serviço e com segurança uma estrutura, durante um tempo especificado ou período de vida útil em um determinado meio ou entorno, mesmo que este meio seja desfavorável ao concreto.