O CONCRETO ARMADO
Por: tassiomurilocost • 6/9/2021 • Bibliografia • 3.760 Palavras (16 Páginas) • 118 Visualizações
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UNIVERSIDADE NILTON LINS
TASSIO MURILO DOS SANTOS DA COSTA 17008839
CONCRETO I
MANAUS-AM
2021
TASSIO MURILO DOS SANTOS DA COSTA 17008839
CONCRETO I
Trabalho apresentado para a disciplina de Concreto I, pelo Curso de Engenharia Civil da Universidade Nilton Lins, ministrada pelo(a) professor(a) Rubens Filipe Ponte de Castro.
MANAUS-AM
2021
- INTRODUÇÃO
Concreto Armado é o material resultante da conveniente união do concreto simples com o aço de baixo teor de carbono, tratando-se, portanto, de um material de construção composto. Admite-se que exista perfeita aderência entre esses dois materiais, de forma a trabalharem solidariamente sob as diferentes ações que atuam nas construções de um modo geral.
Em um elemento estrutural qualquer, sujeito a um conjunto de esforços solicitantes, cabe ao material concreto a função principal de absorver as tensões de compressão, sendo normalmente desprezada a sua pequena resistência à tração, que de modo aproximado poderia ser tomada como 1/10 de sua resistência à compressão. Ao material aço, chamado de armadura passiva, atribui-se a tarefa de absorver as tensões de tração e auxiliar o concreto a absorver as tensões de compressão, quando necessário.
A viabilidade do concreto armado como elemento estrutural se deve a três razões básicas, a saber:
- Trabalho conjunto entre o aço e o concreto, assegurado pela aderência entre os dois materiais;
- Proteção que o concreto fornece ao material aço dos ataques do meio ambiente, garantindo assim a durabilidade da estrutura;
- Os coeficientes de dilatação térmica dos dois materiais são semelhantes:
- Concreto: α = 10-5 / °C
- Aço: α = 1,2x10-5 / °C
- DESENVOLVIMENTO
Na Antiguidade, os primeiros materiais empregados nas construções foram a pedra natural (rocha) e a madeira, sendo o ferro e o aço empregados séculos depois. O Concreto Armado só surgiu mais recentemente, por volta de 1850.
Para um material de construção ser considerado bom, ele deve apresentar duas características básicas: resistência e durabilidade. Neste sentido, a pedra natural tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas apresenta durabilidade limitada. O aço tem resistências elevadas, mas requer proteção contra o fogo e a corrosão.
O Concreto Armado surgiu da necessidade de se aliar as qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências mecânicas), com as vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão.
O concreto, como a rocha, é um material que apresenta alta resistência às tensões de compressão, porém, apresenta baixa resistência à tração (de 8 a 15 % da resistência à compressão). Assim sendo, é imperiosa a necessidade de juntar ao concreto um material com alta resistência à tração – a armadura, com o objetivo deste material, disposto convenientemente, resistir às tensões de tração atuantes. Com esse material composto - concreto e armadura, surge então o chamado “Concreto Armado”, onde a armadura, geralmente na forma de barras de aço, absorve as tensões de tração, e o concreto absorve as tensões de compressão, no que pode ser auxiliado por barras de aço (caso típico de pilares, por exemplo).
No entanto, o conceito de Concreto Armado envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura (aço), pois não basta apenas juntar os dois materiais para se ter o Concreto Armado. Para o Concreto Armado é necessário ocorrer a solidariedade entre o concreto e o aço, isto é, que o trabalho de resistir às tensões seja realizado de forma conjunta.
Em resumo, pode-se definir o Concreto Armado como “a união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”. De forma esquemática pode-se indicar:
Concreto Armado = concreto simples + armadura + aderência.
Com a aderência, a deformação εs num ponto da superfície da barra de aço e a deformação εc do concreto neste mesmo ponto, devem ser iguais, isto é: εc = εs .
- HISTÓRIA DO CONCRETO ARMADO
A cal hidráulica e o cimento pozolânico (de origem vulcânica) já eram conhecidos pelos romanos como aglomerante. O cimento Portland, tal como hoje conhecido, foi descoberto na Inglaterra por volta do ano de 1824, e a produção industrial foi iniciada após 1850.
A primeira associação de um metal à argamassa de pozolana remonta à época dos romanos. No ano de 1770, em Paris, associou-se ferro com pedra para formar vigas como as modernas, com barras longitudinais na tração e barras transversais ao cortante.
Considera-se que o cimento armado surgiu na França, no ano de 1849, com o primeiro objeto do material registrado pela História sendo um barco, do francês Lambot, o qual foi apresentado oficialmente em 1855. O barco foi construído com telas de fios finos de ferro preenchidas com argamassa. Embora os barcos funcionassem, não alcançaram sucesso comercial.
A partir de 1861, outro francês, Mounier, que era um paisagista, horticultor e comerciante de plantas ornamentais, fabricou uma enorme quantidade de vasos de flores de argamassa de cimento com armadura de arame, e depois reservatórios (25, 180 e 200 m3) e uma ponte com vão de 16,5 m.
Foi o início do que hoje se conhece como “Concreto Armado”. Até cerca do ano de 1920 o concreto armado era chamado de “cimento armado”. Em 1850, o norte americano Hyatt fez uma série de ensaios e vislumbrou a verdadeira função da armadura no trabalho conjunto com o concreto. Porém, seus estudos não ganharam repercussão por falta de publicação.
Na França, Hennebique foi o primeiro após Hyatt a compreender a função das armaduras no concreto.
Os alemães estabeleceram a teoria mais completa do novo material, toda ela baseada em experiências e ensaios. “O verdadeiro desenvolvimento do concreto armado no mundo iniciou-se com Gustavo Adolpho Wayss” que fundou sua firma em 1875, após comprar as patentes de Mounier para empregar no norte da Alemanha (VASCONCELOS, 1985).
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