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A Acessibilidade Para Deficientes Visuais em Páginas Web

Por:   •  31/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.433 Palavras (10 Páginas)  •  224 Visualizações

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Acessibilidade para deficientes visuais em páginas web

Engenharia da Computação

Júlio Soares, juliotonny@gmail.com

Resumo – O objetivo é levantar soluções de acessibilidades para páginas Web disponíveis no mercado para atender os deficientes visuais, visto que os serviços essenciais estão cada vez mais presentes virtualmente com autoatendimento, mostrando a relevância em deixar esses portais mais acessíveis. Além de buscar entender as dificuldades de implementação dessas soluções em diferentes tipos de páginas, visto que pode envolver custos de desenvolvimento por parte da empresa que está desenvolvendo, mesmo dificuldades técnicas, ou até mesmo falta de incentivo externo.

Palavras-chave: acessibilidade, web, desenvolvimento, implementação, deficientes visuais, serviços essenciais.

  1. INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, estamos cada vez mais dependentes das páginas web para resolver nossos problemas, pode ser desde coisas do cotidiano, como ler uma receita, entrar em uma rede social, conversar com amigos, ou serviços essenciais, que estão cada vez mais ganhando seu espaço no mundo online, principalmente no período da pandemia dá Covi-19, onde cada vez mais o autoatendimento se tornou primordial, assim bancos, ou serviços do governo federal, estão ganhando forças na digitalização. Da mesma forma, o trabalho remoto se tornou muito mais presente, uma vez que para algumas funções o funcionário consegue fazer toda sua operação pelo computador.

Com a utilização de portais online estão se tornando mais essenciais a cada dia, como é o caso dos serviços de todos os órgãos e entidades da administração pública, que a partir do dia 31 de dezembro de 2020 foram transferidos para a plataforma gov.br, uma plataforma digital para o relacionamento do cidadão. A parcela da população com alguma deficiência visual acaba tendo uma maior dificuldade na utilização desses sistemas, por mais que possam ser serviços essenciais ou simplesmente páginas para entretenimento. A falta de soluções implementadas nos portais atrapalha ou até mesmo acaba impedindo a utilização por esses indivíduos, que segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%), ou seja, 6,5 milhões de pessoas que dependem de que portais tenham recursos de acessibilidades para ajudá-los a ter uma utilização adequada.

Esse projeto tem como objetivo geral será identificar os motivos pelo qual mesmo com uma parcela considerável da população que depende das acessibilidades visuais para inclusão digital, que um cidadão dependa de alguns sites para serviços essenciais, e ainda temos a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146) que torna obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet mantidos por empresas com sede ou representação comercial no país ou por órgãos de governo, ainda assim, poucos portais possuem recursos que auxiliam essa parcela da população.

Como objetivos específicos seria levantar os recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência visuais que estão disponíveis no mercado, definir se os recursos disponíveis estão realmente atendendo os usuários, identificar quais recursos são mais eficientes para cada tipo de grau de deficiência, levantar as dificuldades técnicas ou financeiras para implementação desses recursos, por fim desenhar propostas que possam atender os usuários e se possível superar as dificuldades de implementação.

Como tipo de pesquisa, será utilizado a abordagem qualitativa, para entender as necessidades e comportamento dos usuários, a fim de identificar as soluções que melhor os atende.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

A pessoa com deficiência

A maneira correta de se falar é “Pessoa com deficiência”, que entrou em vigor quando a Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, proclamada pela ONU em 2006 estabeleceu em seu artigo 1º, em que diz: “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas” (COVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIENCIA, ONU 2006).

O termo “portadores”, não era bem-visto por fazer referência a algo que se “porta”, como algo temporário, sendo que na maioria das vezes a deficiência é algo permanente. Além disso o termo “portador de deficiência” pode ser um estigma que faz com que a deficiência se torne a característica principal do indivíduo, o que não é compatível com o modelo inclusivo que promove a igualdade.

Assim como o uso do termo “deficiente” isolada destaca apenas uma das características que compõem um indivíduo, diferentemente da expressão “deficiente”, que mostra que é mais humano ao destacar a pessoa diante do deficiente, valorizando-o. Independentemente de sua condição física, sensorial ou intelectual. Não se rotula a pessoa pela sua característica física, visual, auditiva ou intelectual, mas reforça-se o indivíduo acima de suas restrições. A construção de uma verdadeira sociedade inclusiva passa também pelo cuidado com a linguagem. Na linguagem se expressa, voluntária ou involuntariamente, o respeito ou a discriminação em relação às pessoas com deficiência. Por isso, vamos sempre nos lembrar que a pessoa com deficiência antes de ter deficiência é, acima de tudo e simplesmente: pessoa. (SILVA 2009).

A pessoa com deficiência visual

        O conceito de deficiência visual inclui necessariamente uma incapacidade relativa, parcial ou completa para realizar atividades dentro do que alguém considera normal. De fato, as pessoas com deficiência podem exercer qualquer tipo de atividade desde que tenham condições e apoios para adaptá-las às suas características.

O Decreto nº 3.298/99 e o Decreto nº 5.296/04 conceituam como deficiência visual:

  • Cegueira – a visual é igual    ou   menor que    0,05    no   melhor olho, com a melhor correção óptica.
  • Baixa Visão – acuidade visual entre     0,3   e 0,05    no   melhor olho, com a melhor correção óptica.
  • Casos em   que    a somatória da   medida do   campo visual em   ambos os olhos for igual ou menor que 60°.
  • Ocorrência simultânea de   quaisquer das    condições anteriores (PEREIRA, 2009).

O Decreto nº 5.296/04 é responsável pela inclusão de pessoas com baixa visão no projeto. Esses indivíduos são caracterizados pela incapacidade de ter visão clara, mesmo com óculos comuns, lentes de contato ou implantes de lentes intraoculares, podendo apresentar sensibilidade ao contraste, visão de cores e intolerância à luz, dependendo do tipo de patologia.

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