A EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL
Por: fabinhozanette • 17/9/2018 • Bibliografia • 21.235 Palavras (85 Páginas) • 209 Visualizações
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COMÉRCIO INTERNACIONAL – UMA BREVE INTRODUÇÃO[pic 2]
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O Comércio exterior apresenta algumas características comuns ao comércio interno de mercadorias e serviços. Segundo RATTI (1997), as semelhanças entre as duas formas de comércio baseiam-se principalmente nas seguintes peculiaridades:[pic 3]
- Ambos encontram-se alicerçados nos desejos e nas necessidades dos consumidores visando o atendimento dessas necessidades e desejos.
- Existem principalmente pela impossibilidade de uma região produzir vantajosamente todos os bens e serviços de que tenham necessidade os seus habitantes.
- Tanto o comércio interno quanto o comércio internacional consistem na troca de determinados bens ou serviços e envolvem compradores e vendedores, benefícios com mútuos para as partes.
Baseando-se em Killough (1960), pode-se afirmar que as diferenças entre o comércio interno e o comércio internacional são devidas principalmente aos seguintes fatores:
- Variações no grau de mobilidade dos fatores de produção,
- Natureza do mercado (coesão x dispersão)
- Existência de barreiras aduaneiras e outras restrições,
- Longas distâncias,
- Variações de ordem monetária e
- Variações de ordem legal.
Pode-se afirmar que os fatores culturais tem influência direta no sucesso de uma negociação com o mercado externo, pois, em diferentes países existem diferentes crenças, hábitos e costumes que devem ser respeitados por aqueles que desejam “vender”seu produto.
Conforme MINERVINI (2005) os principais aspectos culturais a serem observados são:
- Tempo: De acordo com o conceito de tempo as negociações podem ser rápidas ou demoradas. Para um norte-americano, por exemplo, tempo é dinheiro e, portanto, deseja-se chegar a conclusões o mais rápido possível. Para um oriental, porém, uma negociação tende a ser mais lenta, pois busca-se primeiramente estabelecer um contato que leve a um relacionamento mais durável.
- Saudação: pode variar de formal como é o hábito dos Japoneses á totalmente informal como fazem os mexicanos e brasileiros, de um frio cumprimento britânico á um forte aperto de mão norte-americano.
- Uso do primeiro nome: na Itália e Alemanha, costuma-se chamar pelo sobrenome e antepor o título acadêmico como: doutor, engenheiro, contador, etc, já na América Latina com exceção do Uruguai costuma-se frequentemente utilizar o primeiro nome, com tratamento informal como tu ou você. Para o Europeu, ao contrário, ser chamado pelo primeiro nome pode representar uma invasão de privacidade.
- Cores: as cores têm significados diferentes nas diferentes culturas. O branco, por exemplo, significa pureza na cultura ocidental, porém, para os orientais o branco simboliza a morte. O amarelo no oriente é considerado uma cor imperial; o vermelho no Reino Unido é considerado uma cor velha e masculina, já no Japão, combinado com a cor branca, é bastante utilizado para festas. O verde é a cor preferida de muitas culturas islâmicas, porém, é associado a situação de enfermidade na Malásia. O Roxo, para alguns países latinos é associado a idéia de morte ou azar.
- Sexo: Em algumas culturas é impraticável a negociação com mulheres.
- Linguagem Corporal: como diz um velho ditado, o corpo fala, e por isso deve-se conhecer profundamente o que os gestos representam em cada cultura para se obter sucesso nas negociações. Em vários países da América Latina é comum que durante uma negociação se toque o interlocutor, porém os norte-americanos preferem manter uma distância de pelo menos 70 cm. Para os Árabes é ofensivo cruzar as pernas mostrando a sola do sapato, como também o é, para vários povos oferecer algo com a mão esquerda. Um oriental oferece ou recebe um cartão de visitas prefere que o ato seja realizado com as duas mãos, do contrário, o interlocutor pode interpretar o gesto como desprezo. Na Índia, no Vietnã e em vários países do sudeste asiático é considerado de mau agúrio acariciar a cabeça de crianças.
- Idiomas: Existem mais de três mil idiomas e dez mil dialetos espalhados pelo mundo. Muito cuidado com as traduções no uso de alguns termos que em outros idiomas assumem significados diferentes e, às vezes, obsceno.
- Presentes: o prazer de dar ou receber presentes em algumas ocasiões pode se transformar em gafes monumentais. Por exemplo, não é aconselhável presentear um chinês com um relógio, nem um indiano com artefatos de couro, embrulhos para os japoneses jamais devem ser de cor branca, para um árabe, um presente de bom tom seria uma bússola.
- Números: Deve-se tomar muito cuidado com os números apresentados em uma negociação. O número 4 em muitos países orientais representa a morte. Na China, o número do azar é 888, na Itália o 17.
Percebe-se, portanto, a grande importância de se conhecer os hábitos e costumes dos povos com os quais se pretende negociar afim de que se consiga obter vantagem competitiva através de um relacionamento adequado com os interlocutores em outros países.
1 EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL[pic 4]
Baseado em MAIA, Jaime de Mariz. Economia Internacional e Comércio Exterior.
O comércio internacional evoluiu ao longo dos tempos. As primeiras transações comerciais internacionais datam do início da civilização no continente europeu. Na Idade Média, toda a Europa vivia sob o regime feudal onde a Economia era corporativista, isto é, haviam as corporações que representavam as classes dos trabalhadores. Nessa época, ocorreram as cruzadas, que estimularam o comércio com o Oriente, introduzindo na Europa bens novos e exóticos. Os europeus tornaram-se grandes mercadores.
Neste período, surgiram as primeiras grandes feiras internacionais, reunindo comerciantes de diversos países europeus. Isto obrigou o aparecimento dos trocadores de moeda, que, com o tempo, se transformaram nos primeiros banqueiros.
Entre 1500 e 1750, a Europa viveu o período mercantilista, com o fim do feudalismo e da idade média. O regime corporativista perdia a força e o comerciante individual estava em ascensão.
Os governantes tinham no ouro e na prata a forma mais importante de riqueza, sendo, portanto, o principal fundamento do poder nacional. Os mercantilistas achavam que a riqueza das nações consistia no estoque de metais preciosos em poder do governo ao invés do povo ter abundância de bens para o consumo.
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