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A LIDERANÇA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

Por:   •  4/11/2018  •  Monografia  •  3.587 Palavras (15 Páginas)  •  289 Visualizações

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LIDERANÇA COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

Fábio Luiz Fraga da Silva[1]

1 Introdução

        As organizações enfrentam um panorama de profundas transformações, onde a competitividade é fator latente em todos os sentidos, em um mercado altamente agressivo. Assim, é essencial para as empresas que desejem se manter dinâmica, com crescimento e lucratividade, adaptarem-se em passo acelerado a estas mudanças.

        Neste sentido, a ação de liderança pode fazer toda a diferença, uma vez que a liderança é capaz de influenciar e motivar as pessoas a realizarem suas atividades em prol do resultado almejado: o da lucratividade organizacional.

        Assim sendo, levando-se em consideração sua grande acuidade, julga-se oportuno estudar o assunto, questionando-se: Qual a percepção que os lideres, da organização Siemens tem sobre ações de liderança como diferencial competitivo? Para responder a esse questionamento, se estabelece como objetivo geral, analisar de que forma a liderança compreende a sua importância na construção de vantagens competitivas na Siemens. Tendo em vista o objetivo geral, definem-se os objetivos específicos: a) examinar a compreensão dos líderes quanto à competitividade, b) analisar os incentivos que a empresa oferece para a formação de novos líderes; c) avaliar de que forma os líderes avaliam o impacto de suas decisões nos resultados da empresa.

        Estando as expectativas quanto à liderança diretamente atreladas à forma de como ela pode impactar nos resultados organizacionais, a pesquisa se justifica, uma vez que, mesmo com as múltiplas alterações nos procedimento decisórios das organizações, a necessidade de uma liderança eficaz, continua a ser fator imprescindível para alcançar o atingimento das metas operacionais traçadas, uma vez que a conexão entre o líder e liderados continua sendo um expressivo fator de desenvolvimento na atuação empresarial.

2 A Liderança

        Da mesma forma que tudo se modifica, as ações de liderança não são mais as mesmas, com seu modelo pré-determinado onde acontecia, unicamente, o repassar de ordens. Neste cenário de competitividade, as empresas desejam que seus colaboradores atuem como líderes, tendo iniciativa e postura pró-ativa, independentemente do cargo ou posição que ocupam na hierarquia da corporação.

        Segundo Robbins (2004, p. 168) “a liderança não sancionada é aquela capacidade de influenciar os outros que emerge fora da estrutura formal da organização é geralmente tão importante quanto à influência formal, ou até mais”. Assim sendo, pode-se considerar a liderança como a aptidão no estabelecimento de alvos através da influencia exercida nos colaboradores, englobando diversos atributos, tais como: educar, orientar, incentivar, inspirar, motivar e estimular os mesmos na busca da conquista resultados.

        Uma vez que, quanto mais bem- sucedido o desempenho da liderança, mais se produzirão ambientes motivados, produtivos e de alta qualidade, pois é através dos estímulos derivados do líder que, efetivamente, se chega a excelência. Então, pode-se definir liderança como a realização de uma meta por meio da direção de colaboradores.

        O líder deve ser a mola mestre entre seus liderados, sendo de fundamental importância criar desafios e dar autonomia aos subordinados, para que em conjunto, as decisões sejam implementadas. A liderança, nestes tempos de globalização, se tornou um dos principais fatores que se constituem em diferenciais competitivos para a sobrevivência empresarial. O papel do líder é criar condições para que a aprendizagem ocorra, a partir dos próprios indivíduos, motivados a aprender, segundo Oliveira (2007).  

        Na administração moderna, o que se exige de um líder é que o mesmo tenha pensamento estratégico, visão ampla, capacidade de compreender e dirigir as necessidades de transformação, bem como, estabelecer um ambiente de trabalho seguro que favoreça a flexibilidade e a inovação.          

        Nesse sentido diz Maximiano (2002, p. 289), que “a liderança, não é apenas um atributo da pessoa, mas também um processo social complexo. Nesse processo interagem quatro variáveis componentes: as motivações dos liderados; a tarefa ou missão; o líder, e a conjuntura ou contexto dentro do qual ocorre a relação entre o líder e os liderados.

        Sendo a liderança um processo complexo, segundo Veras (2013) um dos processos que poderia ser empregado nas ações de liderança é a avaliação 360 graus, que é um método de avaliação de desempenho, que tem por objetivo principal contribuir para o desenvolvimento de competências essenciais dos colaboradores, sendo considerada como uma importante ferramenta da gestão estratégica de pessoas.

        De acordo com Paiva (2013) ao realizar uma avaliação envolvendo também colegas e subordinados da pessoa, se obtém uma visão completa dos resultados que estão sendo obtidos na empresa. Ficam também evidentes os pontos de melhoria e a criação de um plano de desenvolvimento para o funcionário é facilitada. Apesar dos benefícios serem claros e diretos, muitas empresas ainda não adotaram este tipo de avaliação, e algumas que o adotaram não conseguem executar o programa adequadamente.

        Salienta-se que na avaliação 360º, o colaborador recebe feedbacks simultâneos de diversas fontes ao seu redor. Desta forma, o avaliado utiliza os feedbacks recebidos na avaliação para guiar o seu desenvolvimento profissional, principalmente no que se refere a competências e comportamentos de liderança percebidos como essenciais pela empresa em que trabalha (VERAS, 2013).

        De acordo com Veras (2013) O resultado da avaliação 360º consolida as diversas percepções, em que se pode comparar a visão de cada um dos grupos com a visão que se tem de si próprio, gerando insights para o participante. É importante ressaltar que a avaliação 360º mensura percepções, mas não pode ser tomada como verdade absoluta.

        Portanto, o líder precisa ter a capacidade de comunicar-se com clareza. Existe ainda pouca reflexão a respeito do processo comunicativo e de como um líder precisa ouvir ou emitir feedback. Mas, com certeza, o cuidado com sua habilidade comunicativa precisa ser uma constante em sua atuação.

        O verdadeiro líder facilita os processos de mudanças tão necessários à sobrevivência organizacional, tirando as pessoas do estado de comodismo e da estabilidade. No entanto esta mudança precisa assegurar critérios, certa segurança, no sentido de compreensão das necessidades a serem modificadas, para que a crise, que vem com toda mudança, possa ser superada para levar ao crescimento e à melhoria contínua.

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