GESTÃO PUBLICA: CORRUPÇÃO E PRIVILÉGIOS
Por: Dagow • 1/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.773 Palavras (8 Páginas) • 191 Visualizações
GESTÃO PUBLICA: CORRUPÇÃO E PRIVILÉGIOS
TEMA l – GESTÃO PUBLICA: CAUSAS E FEITOS DA CORRUPÇÃO E COMO
COMBÂTE-LA
PARTE II
3) Análise:
A corrupção foi associada pela Antiguidade Clássica (Grega e Romana) como algo que ocorre putrefação (apodrecimento), que destrói, se corrompe e degenera. No Brasil, ela tem sido um fator cultural, desde a época da colonização, eram oferecidos privilégios e cargos para aqueles que abandonaram o Corte de Portugal para estarem em nosso país, como pagamento de propina e ganho de postos.
Atualmente, o que automaticamente é associado à corrupção é a política, os motivos são as frequentes práticas que favorecem aqueles que estão dentro desse meio, e que mesmo que notáveis essas práticas, não há nenhum manifesto que pune ou impede as atitudes ilícitas. Mas, de certo modo, o corrupto é tolerado, onde indiretamente ocorre uma aceitação da sociedade, que associa e afirma fazer parte o ato de corrupção para todos aqueles que se envolvem com a política, o que também é um fator cultural, pois desde a colonização Portuguesa, o povo brasileiro lida com líderes políticos corrompidos.
Em meio a diversos países, a posição do Brasil vem piorando de acordo com o ranking da Transparência Internacional, que avalia a corrupção de 180 países. O país vem ocupando a posição 105º com 35 pontos no IPC (Índice de Percepção da Corrupção), um recuo e o pior resultado desde 2012.
Para uma melhor visualização, na tabela abaixo encontramos as dez melhores e as dez piores posições no ranking e suas pontuações, onde encontramos uma diferença de 53 pontos entre o Brasil e a Dinamarca, que ocupa o primeiro lugar de menos corrupto, e uma diferença de 78 pontos entre a Dinamarca e a Somália que atualmente com 10 pontos, está na posição de país mais corrupto:
MELHORES: PIORES:
DINAMARCA | 1º | 88 pontos | SOMÁLIA | 180º | 10 pontos |
NOVA ZELÂNDIA | 2º | 87 pontos | SÍRIA | 178º | 13 pontos |
FILÂNDIA | 3º | 85 pontos | SUDÃO DO SUL | 178º | 13 pontos |
SINGAPURA | 4º | 85 pontos | IÉMEN | 176º | 14 pontos |
SUÉCIA | 5º | 85 pontos | COREIA DO NORTE | 176º | 14 pontos |
SUÍÇA | 6º | 85 pontos | SUDÃO | 172º | 16 pontos |
NORUEGA | 7º | 84 pontos | GUINÉ-BISSAU | 172º | 16 pontos |
HOLANDA | 8º | 82 pontos | GUINÉ-EQUATORIAL | 172º | 16 pontos |
CANADA | 9º | 81 pontos | AFEGANISTÃO | 172º | 16 pontos |
LUXEMBURGO | 10º | 81 pontos | LÍBIA | 170º | 17 pontos |
4) Causas Da Corrupção:
[pic 1]
5) Efeitos Da Corrupção:
A corrupção é um gerador de diversos efeitos e consequências, todos danosos, como exemplo o prejuízo, a corrupção abre um buraco na economia de um país, gerando um acumulo de dívidas aparentemente não solucionáveis, o que gera a perda de outros países como aliados e investidores, também temos como dano a desonestidade no meio político, onde aqueles que entram com honestidade nele são corrompidos, muitas vezes sobre ameaças que os levam a cometer o ato da corrupção, e outro dado é a desigualdade social, onde o desemprego cresce, impostos aumentam e instituições como as de saúde e a educação perdem investimentos. A Líbia, atualmente ocupando um dos primeiros lugares no ranking de países mais corruptos do IBC, teve como reflexo de anos de abusos dos privilégios públicos, entrar em guerra.
É impossível a corrupção ser inexistente em um país, mas naqueles que ela se sobressai, como no Brasil, suas consequências acabam impedindo que o país, mesmo com grande potencial, avance e evolua, sua visibilidade internacional é prejudicada e sua sociedade é descontente, onde muitos vivem em situações de pobreza e precariedade e outros com privilégios extremos e desnecessários.
6) Monitoramento Dos Combates Da Corrupção:
A Dinamarca, hoje o país menos corrupto no ranking do IBC, se empenha há 350 anos para combater a corrupção, tudo começou quando o país estava para perder o reinado para Suécia no século 17 e perceberam que era necessário administrar melhor seus privilégios e impostos. Assim como na Nova Zelândia e na Finlândia, que estão em segundo e terceiro lugar de países menos corruptos, a administração é monitorada das seguintes formas: diminuição de regalias políticas, diminuição nos beneficiamentos dos setores públicos, transparência, policiamento preparado, código criminal que proíbe o abuso do poder públicos, eficiência na Ouvidoria Parlamentar e a perseverança para combater a corrupção.
Se formos fazer uma análise comparativa com o Brasil, podemos encontrar um país que contraria todas as formas de combate a corrupção, temos enormes regalias políticas, onde o dinheiro público é utilizado abusadamente e particularmente, da mesma forma os beneficiamentos dos setores públicos são abusivos e particulares, com indicações de cargos irresponsáveis, onde na Dinamarca a abertura para indicações é pequena e a antiga gestão quase sempre mantida, a questão da transparência vem melhorado no Brasil, apesar de estar longe de ser completa, mas algumas coisas estão deixando de ser encobertas. Temos um policiamento também corrompido pela corrupção e uma sociedade que não confia no mesmo, apesar de termos leis com a intenção de proibir o abuso dos poderes públicos, há diversas brechas que são aberturas para não haver consequências, para começar o combate à corrupção no Brasil, é preciso ter o interesse para que isso ocorra de forma eficaz.
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