LIMITES E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA DOCENTE INCLUSIVA
Por: Pri013 • 11/9/2019 • Dissertação • 1.555 Palavras (7 Páginas) • 204 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO.
LIMITES E POSSIBILIDADES NA PRÁTICA DOCENTE INCLUSIVA:
Uma análise das Escolas Estaduais do Município de Mariana.
Linha 2: Desigualdades, diversidades, diferenças e Práticas Educativas Inclusivas (DsPEI).
Orientador: Prof. Dr. Marco Antônio Torres.
Mariana
2018
Título: Limites e possibilidades na prática docente inclusiva: Uma análise das Escolas Estaduais no Município de Mariana.
Introdução:
Vivemos uma realidade social em que os indivíduos passam por grandes transformações comportamentais imprescindíveis para a convivência grupal e coletiva, tal como a educação especial. Ao refletirmos sobre os fatores sociais, podemos destacar a educação como ponto de partida no processo de socialização dos indivíduos. Segundo Coll et al. (2004) a educação especial viveu profunda transformação durante o século XX. Impulsionada pelos movimentos sociais que reivindicavam mais igualdade entre todos os cidadãos e a superação de qualquer tipo de discriminação, incorporou-se aos poucos ao sistema educacional regular.
A história da educação passa por mudanças inclusivas inserindo no contexto escolar o tema diversidade, procurando adaptar os direitos humanos à realidade do dia a dia, reproduzindo o respeito e igualdade para todos. Em 1961, a Lei N° 4.024, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aborda os direitos educacionais das crianças ditas por ela “Expecionais”, destacando, em um dos seus trechos, que “A Educação de excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de Educação, a fim de integrá-los na comunidade” (BRASIL, 1961).
A educação inclusiva sempre foi uma necessidade, entretanto sua implementação é recente ainda. Seu objetivo é inserir a participação da totalidade de estudantes nas instituições de ensino regular, tornando as escolas um ambiente propício á mudanças e adaptações necessárias para atender as especificidades de cada aluno. “Os sistemas educacionais devem abrir oportunidades de aprendizado a cada criança, cada jovem e cada adulto, cultivando diversidade de capacitações, vocações e estilos, e dando ênfase especial as necessidades especiais”. (LOURENÇO, 2010)
Todavia, ao sujeitar as escolas a atender as mais variadas necessidades dos estudantes, enxerga-se uma série de limitações que englobam toda parte estrutural e pedagógica das mesmas. O corpo docente é a base essencial para dar o suporte necessário ao desenvolvimento dos alunos portadores de necessidades especiais, por isso a capacitação desses educadores se torna de extrema importância para formação intelectual e comportamental do aluno. Entretanto, a realidade atual de muitas escolas é a deficiência dos professores em relação à educação inclusiva. Quando se deparam com esse tipo de situação a maioria não sabe como lidar e acaba trabalhando em um mundo desconhecido, dificultando a qualificação e socialização dos discentes.
O Município de Mariana possui atualmente treze Escolas Estaduais de Ensino Regular, somando com os distritos pertencentes. Instituições de ensino que não fogem da realidade discutida acima. Assim, uma grande necessidade de aprimoramento no que se refere à educação inclusiva. Os frequentes problemas se dividem em dois fatores: a deficiência na infraestrutura das escolas e precariedade na formação e capacitação dos educadores. Ao levantar esses aspectos observa-se que tais problemas estão mais perto de nossa realidade do que imaginamos. Há um grande número de crianças e jovens vivenciando uma inclusão forçada e improvisada dentro das escolas. Isso vem ocorrendo, principalmente, por falta de apoio e talvez de interesse do sistema educacional e, obviamente, dos poderes públicos.
Justificativa
A educação inclusiva é considerada um processo transformacional educativo, disciplinar e pedagógico, que produz grandes feitos tanto para o discente, quanto para o docente, introduzindo os alunos especiais a uma socialização diária, promovendo condições hipoteticamente isonômicas para o desenvolvimento físico e intelectual dos estudantes.
Sendo assim, analisar o processo de inclusão nas Escolas Estaduais do Município de Mariana proporcionaria observar as condições estruturais e pedagógicas que os alunos com necessidades especiais da rede estadual Marianense vêm vivenciando cotidianamente para conseguir se inserir no sistema educacional de maneira igualitária.
Diante do exposto, considerando as dificuldades das práticas e limitações dos docentes, propõe-se, com a presente pesquisa, analisar as possibilidades e os limites no ensino inclusivo dessas escolas, a fim de promover ideias de restruturação na formação e capacitação dos educadores, adequando a escola a um ambiente diversificado e inclusivo.
Objetivos
Analisar a educação inclusiva dentro das Escolas Estaduais do Município de Mariana, com foco em evidenciar as falhas pedagógicas que limitam as práticas docentes, dificultando o desenvolvimento físico e intelectual dos alunos que são portadores de necessidades especiais. Além disso, discutir possibilidades metodológicas eficazes para a garantia e atendimento de qualidade ao aluno especial nas escolas de ensino regular, atendendo as suas necessidades, incorporando-o a um ambiente solidário e inclusivo.
Referencial Teórico
A inclusão é um processo educacional que permite a todos os estudantes ter o direito á instrução de forma igualitária. Segundo Coll et al. (2004) o conceito de escolas inclusivas supõe uma maneira mais radical de entender a resposta educativa à diversidade dos alunos e baseia-se fundamentalmente na defesa de seus direitos de integração e na necessidade de promover uma profunda reforma das escolas.
Assim, as mudanças nas escolas são imprescindíveis para garantir aspectos positivos na formação do ambiente inclusivo. Com o aumento do ingresso de alunos com alguma necessidade especial em escolas de ensino regular, torna-se essencial o preparo na capacitação e conscientização dos educadores para formação do processo de aprendizagem.
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