TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Politicas Públicas e Sociedade

Por:   •  27/9/2015  •  Resenha  •  2.864 Palavras (12 Páginas)  •  579 Visualizações

Página 1 de 12

Resumo Capitulo 1 - Sociedade e suas Instituições

A sociedade pode ser definida como uma “contextura” – no dizer dos pensadores Horkheimer e Adorno (1973, p. 263) – na qual se processam relações entre indivíduos ou grupos, regidas por regras e instituições. Estas, por sua vez, estabelecem os papéis sociais, ou seja, um “manual de conduta” a ser seguido por cada indivíduo, em cada contexto social específico. A família, por exemplo, é uma instituição social,

As regras e instituições podem ser formais ou informais. Isto é, podem ser estabelecidas e fiscalizadas de forma deliberada e explícita, por uma autoridade pública – como são as leis, no Estado contemporâneo; ou instituídas e cobradas informalmente, pela tradição e pelos costumes.

Podemos compreender o termo Sociedade como o referente de uma ordem, a qual pode ser comparada a uma “teia”, onde se dão interações entre indivíduos e/ou grupos. Estas interações são pautadas necessariamente pelas regras e instituições, e pelos papéis, que mencionamos anteriormente. Estes modelam os comportamentos individuais e coletivos, indicando o que se pode e o que não se pode fazer, num dado contexto social.

A origem das instituições sociais remete a disputas pelo controle de recursos sociais, Ou seja, na base de qualquer instituição estão conflitos em torno de recursos relevantes. Estes recursos podem ser materiais – como a terra e o alimento; ou imateriais, como o poder e o prestígio. Sua importância para a sociedade e o grau em que os indivíduos desejam controlá-los depende dos valores de cada sociedade.

Assim, as religiões, as formas de divisão do trabalho e de distribuição da propriedade, e mesmo as línguas, são instituições sociais – como também o são as leis e o Estado contemporâneos –

Os grupos, ou agregados sociais – entendidos como as unidades básicas da sociedade – se definem pela adesão, voluntária ou involuntária, de um conjunto de indivíduos a certas regras e instituições. E se distinguem, uns dos outros, pela particularidade das regras que comandam cada um deles.

Os grupos admitem indivíduos com múltiplos pertencimentos. Ou seja: um mesmo indivíduo pode  estar referido a diversos grupos,

As chamadas sociedades complexas uma enorme variedade de grupos coexiste e interage, numa mesma “teia”, segundo regras às vezes muito distintas e até contraditórias.

Já as sociedades ditas tradicionais baseadas tão somente em regras e costumes não escritos – admitem menor variabilidade de grupos internos, e menor quantidade de pertencimentos diversificados, de seus indivíduos.

Complexidade de uma sociedade é dada pelo grau de variedade dos seus grupos sociais, somado à multiplicidade de vínculos que um mesmo indivíduo pode manter com eles.

As interações sociais – que se dão tanto entre indivíduos quanto entre grupos – podem ocorrer de forma cooperativa, competitiva ou conflitiva.

O que determina qual destas formas prevalecerá numa determinada interação, são os interesses e valores dos indivíduos ou grupos envolvidos, diante de situações específicas.

A competição pelo controle de recursos, portanto, gera conflitos sociais, ações ameaçadores à coesão interna  do grupo e à sua reprodução social. São estas ameaças que geram a necessidade de ordenamentos sociais – instituições e regras –

É precisamente o receio da competição predatória entre os homens que dá origem ao Estado.

O Estado derivaria de um pacto, ou contrato, ao qual os indivíduos aderem voluntariamente, para evitar a guerra permanente e o despotismo.

O contrato social é, para os contratualistas, a origem e o fundamento da própria sociedade e do poder  político.

Para Bobbio, Matteucci e Pasquino (1983), o contratualismo compreende todas aquelas teorias políticas que veem a origem da sociedade e o fundamento do poder político .


A política consiste em uma ordem específica de relações e interações sociais: uma “subteia” da Sociedade, na qual se processam os conflitos relativos à apropriação e ao controle dos recursos sociais relevantes, especialmente o poder.

Política, portanto, é antes de tudo um conceito, que se refere especificamente a um conjunto particular de interações, diretamente relacionadas à distribuição do poder, nas relações sociais, atravessando diversas instituições.

O poder social é descrito por Stoppino (1983) como uma “relação entre pessoas”, derivada da capacidade de um homem, ou grupo, de determinar intencional ou interessadamente o comportamento de outros homens . Mas não se trata, diz este autor, de uma relação entre apenas duas partes: a que manda e a que obedece. Para ele, o poder implica numa relação “triádica”. Isto é, há um terceiro elemento necessário ao exercício do poder, que é “[...] a esfera de atividade a que o poder se refere [...]” (STOPPINO, 1983, p. 934). Isto significa que uma pessoa pode ter poder em certas áreas (na política, por exemplo), mas não em outras (como a sua própria casa). Conheçamos

A obediência ao poder, por sua vez, pode ser voluntária – quando os comandados atendem às determinações de outrem, por estarem convencidos de que isto é o melhor para si; ou decorrente de coerção – quando a obediência se dá mediante a ameaça do uso da força física e/ou das armas.

Segundo o mesmo Stoppino, quando o poder político se estabiliza e institucionaliza, ele constitui-se na autoridade. Esta, por sua vez se fundamenta na legitimidade. Isto é, no consentimento, voluntário ou forçado, dos dominados.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (19.4 Kb)   pdf (190.7 Kb)   docx (22.4 Kb)  
Continuar por mais 11 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com