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Resenha do Livro: O Monge e o Executivo

Por:   •  31/1/2018  •  Resenha  •  2.680 Palavras (11 Páginas)  •  358 Visualizações

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Resenha do Livro o Monge e o Executivo

APRESENTAÇÃO

James C. Hunter nasceu em 1955 em Detroit – Michigan – USA e trabalha com treinamento e desenvolvimento humano há mais de 25 anos. Hunter é solicitado constantemente como instrutor e palestrante, principalmente para áreas de liderança funcional e organização de grupos comunitários. Seus clientes incluem empresas conhecidas mundialmente como Nestlé, American Express, entre outras. É escritor de livros voltados para a área de liderança, dos quais “O Monge e o Executivo”.

O LIVRO

O livro relata uma experiência vivida pelo personagem John Daily. Homem bem-sucedido, um casamento de 18 anos, um casal de filhos, e aparentemente com uma vida confortável e feliz. No entanto, sem se dar conta, sua vida desestrutura-se completamente; surgem problemas no trabalho, na família, e até com o time de beisebol em que é treinador.

A pedido de sua esposa ele conversa com o pastor de sua igreja que sugere que participe de um retiro espiritual de sete dias em um mosteiro. Buscando agradar sua esposa, e pensando em encontrar um ex executivo de sucesso de uma das maiores empresas dos Estados Unidos da América – Leonard Hoffman, conhecido no mosteiro como Frade Simeão – concorda em fazer a experiência. Para John esse nome “Simeão” o intrigava pelas coincidências, pois o acompanhava desde o seu batismo até em seus sonhos.

O retiro possui um roteiro totalmente voltado para liderança, participando dele John e outras cinco pessoas também líderes em suas funções, sendo ministrado aulas diárias por Simeão, com o objetivo de ajudar o grupo a colocar as ideias no lugar e descobrir as causas das dificuldades em desempenhar seus papéis.

O Frade começa explicando que exercer influência sobre os outros é a verdadeira liderança, e que isto está disponível para todos, no entanto requer doação pessoal. O grupo reunido chega a um conceito de liderança como a habilidade (capacidade adquirida) de influenciar pessoas para trabalhar entusiasticamente visando atingir objetivos identificados como sendo para o bem comum, em outras palavras o líder envolve as pessoas do pescoço para cima em vez da antiga ideia de “nós queremos você do pescoço para baixo”.

Seguindo esse contexto, Simeão relata que é necessário entender “poder” e “autoridade” como coisas diferentes, explicando que poder é uma faculdade de forçar as pessoas a fazerem a vontade de outrem mesmo elas preferindo não a fazer, já autoridade é uma habilidade de levar a pessoas a fazerem espontaneamente a vontade do outro por causa de sua influência pessoal.

Nesse sentido, poder pode ser exercido até por uma criança de 2 anos, pode ser vendido, comprado, dado e tomado, e por isso, o poder tende a corroer relacionamentos. Já autoridade é relacionado a quem você é como pessoa, seu caráter e a influência que exerce sobre os outros. Um líder exercerá autoridade, entretanto, haverá vezes em que exercerá poder, e nessas situações, o ele deverá refletir sobre o porquê de tal necessidade com as perguntas: minha autoridade foi quebrada? Ou eu não tinha nenhuma autoridade?

O autor cria uma reflexão extremamente interessante para se chegar as principais características de um líder. Pede ao grupo para analisar uma pessoa que haja exercido autoridade sobre eles, e posteriormente listar as características que essa pessoa possuía. Expõe que a chave para uma liderança eficaz é construir bons relacionamentos, pois não há liderança sem eles, e para que isso ocorra (nesse momento usa as qualidades relatadas pelo grupo no exercício citado) um líder deve ser parceiro, honesto, comprometido, ter respeito, ser cuidadoso, bom ouvinte, pedir ajuda se necessário e acima de tudo transmitir confiança, que é a cola de todos os relacionamentos bem-sucedidos. E deixa claro que nenhuma dessas qualidades nascem conosco, que são comportamentos, e comportamentos são escolhas. E que provavelmente possuímos todas essas qualidades, no entanto, escolhemos quando, onde e com quem usá-las. O desafio do líder é usar essas habilidades cotidianamente em suas relações de trabalho.

No que diz respeito a arte de ouvir é abordado a importância de ser um bom ouvinte, mostrando que interromper as pessoas no meio de frases é enviar mensagens negativas e desrespeitosas, o que deixa claro que a mente está ocupada com a resposta e chamando atenção para o fato de que se não ouve não se valoriza a opinião alheia, ou ainda pior, que se acredita que o que tem a dizer é mais importante do que o da outra pessoa.

No segundo capítulo, Hunter fala sobre o conceito de paradigmas – padrões psicológicos - e demonstra a extrema necessidade de desafiá-los (nunca tomarmos eles como verdades absolutas, sem possibilidades de mudanças). Agarrar-se a paradigmas ultrapassados pode nos deixar paralisados enquanto o mundo passa por nós. Desafiar velhos caminhos requer um esforço sobrenatural. Ao não desafiar suas crenças e velhas maneiras de se fazer as coisas, a concorrência e o mundo passa na frente. Tem-se que enfrentar a árdua tarefa de mudar. A essência desse capítulo pode-se resumir na seguinte frase de George Bernard Shaw: “Um homem sensato se adapta ao mundo; o insensato persiste em tentar adaptar o mundo a si mesmo; portanto todo progresso depende do homem insensato”.

A forma piramidal que descreve a estrutura da administração de organizações hoje (podemos citar as próprias organizações militares) é um paradigma da administração. Quem encontra-se mais próximo do cliente, que estão em baixo da pirâmide, são os empregados da linha de frente - a base da pirâmide - logo, ela encontra-se invertida, pois ao invés de tentar agradar clientes, que deveriam estar no topo, os subordinados buscam agradar os superiores. E supõem-se que deveria ocorrer uma inversão na pirâmide, onde os empregados serviriam aos clientes, o supervisor aos empregados, e assim por diante.

E conclui que, em resumo, o líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legitimas de seus liderados e remove toda as barreiras para que eles possam servir ao cliente. Para liderar é preciso servir – atentando para as diferenças entre satisfazer vontades e satisfazer necessidades. Líderes não são escravos. Diz, o autor, que lideres identificam e satisfazem as necessidades, fazem o que os empregados precisam, e não o que eles querem. Vontade é um anseio que desconsidera consequências físicas ou psicológicas do que deseja; necessidade é uma legitima exigência física e psicológica para o bem-estar do ser humano. Exemplo: empregados que querem receber mais por hora trabalhada. Se a fábrica fizer isso faliriam em poucos

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