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A Negociação e Administração de Conflitos

Por:   •  21/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  133 Visualizações

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Atividade individual

Matriz de análise

Disciplina: Negociação e Administração de Conflitos

Módulo: 4

Aluno:  

Turma:

Tarefa: Atividade Individual

Introdução

   

     Coach Carter: treino para a vida, é um interessante filme lançado em 2005, baseado em fatos reais, que retrata parte da biografia de Ken Carter. Trata-se de uma história de superação que só foi alcançada devido a diversas negociações e acordos. A presente atividade irá retratar as fases do filme, interligando a aspectos e definições estudados na matéria Negociação e administração de conflitos.

Desenvolvimento – análise do processo de negociação representado no filme eleito

     

     Richmond, Califórnia, 1999. Ken Carter, dono de uma loja de artigos esportivos, casado e pai de um filho, volta ao seu antigo colégio (Colégio Richmond) para assistir a um jogo de basquete entre a o time da escola onde seu filho estuda e o time da casa. Ao terminar a partida, Carter vai até o vestuário para falar com o técnico, seu velho conhecido, que demonstra muita insatisfação em liderar aquele time devido a indisciplina dos atletas e das consecutivas derrotas, e o convida para assumir essa desafiante missão. Após consultar a sua esposa e muito pensar, Carter decide aceitar a proposta desde que algumas imposições sejam aceitas. Observa-se claramente que Carter se planejou para iniciar a sua negociação.

     Já na escola, o protagonista expõe as suas condições, como por exemplo o recebimento dos boletins dos alunos integrantes do time, e encontra como aliado o antigo técnico que está disposto a qualquer coisa para passar o seu cargo. Carter encontra como oponente na sua negociação a diretora, que apesar de conhecê-lo e demonstrar confiança, diverge de algumas ideias, mas cede com a esperança de ver o time evoluir.

     Ao chegar ao ginásio onde ocorre os treinos, Carter é apresentado ao time como o novo técnico e já inicia as explanações sobre o novo modelo que deverá ser seguido. O técnico utiliza o poder da coerção, intimidando os atletas, e impondo as regras que deverão ser seguidas a partir daquele momento. Para formalizar o acordado, Carter entrega contrato para que os integrantes do time assinem se comprometendo a segui-lo rigorosamente. Os atletas que não concordaram e se recusaram a assinar o acordo, foram automaticamente expulsos do ginásio e consequentemente do time.

     Em paralelo, seu filho que estudava em outro colégio e fazia parte do time de basquete, o surpreende com uma ousada abordagem, entregando um contrato afirmando um acordo que o faria trocar de colégio e integrar ao time de basquete do colégio Richmond. Nesse momento é possível observar a expressão de renúncia com base nos traços faciais do técnico, e inicia-se então mais uma incrível negociação. Pai e filho se posicionam estrategicamente e utilizam algumas alternativas na negociação, como por exemplo o uso do poder, já que Carter se impõe e tenta frustrar as expectativas do seu filho. Também podemos observar a barganha, na qual as partes se empenham em uma batalha ganhar / perder, mas demonstra um equilíbrio de forças e interdependência quando o filho relata que já solicitou a escola a sua transferência. Essa negociação é finalizada com base na integração, pois os dois conseguem que suas reivindicações sejam atendidas e criam uma relação de longo prazo.

     Em seus treinos o técnico era bastante rigoroso, não permitia atrasos e condutas inadequadas, e caso acontecessem, os atletas eram penalizados em executar desgastantes esforços físicos. Nesses casos era impossível qualquer tipo de negociação, e em caso de tentativas de argumentação, a penalidade aumentava. Carter demostrava ser um homem sério, honesto, com fortes convicções e prezava pela disciplina incondicionalmente. Sua comunicação verbal era bastante clara e de fácil interpretação, não permitindo dúvidas aos atletas. Em sua gestão, Carter cobrava que o time utilizasse uma linguagem respeitosa, e que utilizassem ternos e gravatas nos dias de jogos, prezando também a comunicação não verbal.

     Com a intensidade e qualificação dos treinos, o time inicia uma série de vitórias consecutivas, deixando todos felizes e empolgados. Surge a possibilidade de participar o torneio estadual e de tornar os atletas em verdadeiros profissionais do basquete. Nesse mesmo contexto, Carter analisa as notas dos atletas e a frequência nas aulas, e percebe que o contrato firmado não está sendo cumprido.

     O técnico frustrado com o desempenho acadêmico do seu time, decide interromper os treinos e jogos para que os alunos se dedicassem exclusivamente em melhorar o seu desempenho. Inicialmente os atletas demonstraram revolta com a situação. O basquete era a “vida” de todos aqueles adolescentes, e em nenhum outro momento, eles nunca tinham sido cobrados de qualquer outro indicador além dos resultados dos jogos. A partir desse momento, os atletas passaram a ser somente alunos, e com a ajuda de outros professores, iniciaram uma importante jornada de aprendizado.

     Essa mudança radical de comportamento, gera muitas insatisfações e muitas indignações. Pais dos alunos, torcidas, imprensa, professores e funcionários do colégio, entram em contato com o técnico buscando reverter a situação, mas Carter incisivo e mantém a sua decisão.

     Com a perda de alguns jogos importantes devido à ausência do time, o corpo docente do colégio juntamente com os pais dos alunos, convocam uma reunião para tentar solucionar a situação. Já na reunião, as partes interessadas (adversários), demonstram que se planejaram para aquele momento, com convicções e posicionamentos muito bem definidos. Carter argumenta com firmeza, fala da preocupação com o futuro dos jovens atletas, expões dados estatísticos de marginalidade naquela sociedade, relaciona o índice de alunos que se formam, e com isso, consegue um número insignificante de aliados. Mesmo com o técnico condicionando a sua permanência no cargo a sua vitória naquela negociação, a maioria dos votos decidiram reabrir o ginásio e voltar com os jogos.

     Após arrumar seus pertences e se dirigir ao ginásio para a despedida, Carter é surpreendido com a visão dos atletas sentados em cadeiras na quadra, seguindo com os estudos. O time se recusa a continuar sem o técnico, um dos atletas recita um trecho, e Carter decide continuar a sua missão.

     Os atletas conseguem alcançar o desempenho acadêmico esperado, e assim o time é liberado por Carter para voltar aos treinos e jogos. Já em quadra, em um desafiante jogo, a equipe demonstra união, garra e perseverança, mas infelizmente não consegue a vitória.

     Ao encontrar seu time triste e decepcionado no vestuário, Carter inicia um discurso de superação e de agradecimento aos atletas. A mensagem passada pelo técnico foi absorvida, e os atletas passaram a visualizar o lado bom do momento que estavam vivendo. O time então sai do vestuário expressando alegria, e comemora com a torcida intensivamente.

Considerações finais

     Coach Carter: treino para a vida, nos remete a importantes lições de superação e de estratégias de negociação. Destaca-se também a importância da comunicação clara e assertiva, e da interpretação de linguagens verbal e não verbal.

     Considerando a condução da negociação do retorno ou não do time aos treinos e jogos, realizada na reunião entre Carter, pais e corpo docente, é possível sugerir que o técnico se posicionasse com empatia. A negociação já inicia em um clima tenso, no qual não foi tentado “quebrar o gelo”, não foi realizada uma introdução visando integrar os participantes.

     Trazendo para a realidade, é importante salientar a importância do cumprimento dos contratos entre pessoas ou organizações. Uma vez que alguma das partes não cumpre o acordado, a outra parte pode se posicionar de forma prejudicial para ambos. Nesses casos a negociação inclusive pode ser encerrada, gerando retrabalho e possivelmente custos, já que certamente será necessário firmar outro pacto.

     

Referências bibliográficas

COACH CARTER: treino para a vida. Direção: Thomas Carter. Richmond, Califórnia, 1999.

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