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Atividade Individual - Economia empresarial_FGV

Por:   •  17/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  396 Visualizações

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  • Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Aluno/a:

Disciplina: Economia Empresarial

Turma: 1121-1_23

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

A Covid-19 tem gerado inúmeros impactos em diversos setores da economia mundial, No Brasil, um dos setores mais impactado foi a indústria farmacêutica. 

A maior parte dos medicamentos produzidos no Brasil utiliza matéria-prima oriundas de outros países, principalmente China e Índia, e, por conta de medidas de contenção, houveram diversos atrasos na chegada desses materiais no país. A paralisação de suprimentos vindos desses países impactou diretamente a produção de medicamentos essenciais para o SUS (Sistema Único de Saúde) e também para a população em geral.

Além das dificuldades logísticas e do alto preço de insumos farmacêuticos ativos, houve aumento de materiais para embalagem e no preço do frete.

Porém, nenhum desses fatores foi capaz de impactar a venda de medicamentos. O cenário catastrófico em hospitais, a busca por terapias paliativas e alternativas e o clamor da população por vacina fez com que as receitas das indústrias farmacêuticas subissem exponencialmente em 2020 e 2021.  

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Apesar da forte recessão sofrida pela país em 2020, o setor farmacêutico seguiu em franco crescimento. Segundo dados da IQVIA, o setor teve um impacto em 2020 por conta de recebimentos de insumos, porém, continuou em crescimento e obteve altos valores de vendas em 2021.

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Fig 1 – Crescimento do mercado farmacêutico

FONTE: IQVIA

Segundo a pesquisa realizada pelo Sindusfarma, a indústria farmacêutica espera crescer 10,13% no varejo até o fim de 2021 e 10,52% no próximo ano. No mercado institucional, as projeções são de crescimento de 12,77% em 2021 e 10,68% em 2022. As companhias farmacêuticas se mantêm otimistas com o avanço da incorporação de novas tecnologias no mercado privado e pretendem aumentar os investimentos em marketing digital.

Durante a pandemia, houve também uma baixa procura das pessoas por tratamentos de doenças consideradas “comuns”, como diabetes, câncer, inflamações gerais, etc. Diante disso, a expectativa para os próximos anos ainda é de grande crescimento de vendas de medicamentos vistos como “represados” nos últimos dois anos.

Visto o aumento na expectativa de vida, crescimento da adoção por medicamentos genéricos pela população e gradual recuperação econômica da Covid-19, a IQVIA fez uma análise sobre a previsão de gastos da população com medicamentos até o ano de 2025, onde essa previsão informa que os gastos crescrerão em média de 8 – 10% por ano entre 2022-2025.

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Fig 2 – Taxa de crescimento de vendas de medicamentos no Brasil

FONTE: IQVIA

Diante do exposto, é possível observar que o mercado farmacêutico foi impactado diretamente pelo novo coronavírus, porém, a demanda por seus produtos foi ainda maior nesse período e permanecerá em constante crescimento para os próximos anos, mesmo após a estagnação dos casos de covid.

O faturamento das empresas farmacêuticas cresceu 13,6% de janeiro a dezembro de 2020. Segundo dados da IQVIA, que audita o setor, o volume movimentado nesse período foi de R$ 113,02 bilhões. As vendas de suplementos, relaxantes, vitaminas e antidepressivos tiveram destaque e estão diretamente relacionadas a situação vivida pela população por causa da pandemia do novo coronavírus.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Para esta análise, serão detalhados os indicadores de Crescimento Econômico, inflação e desemprego para auxiliar na análise do impacto da Covid-19 na venda de medicamentos.

A economia do país foi imensamente impactada pelo cenário atípico causado pelo novo coronavírus. As taxas de juros subiram a níveis extremamente altos e foi necessária uma rápida intervenção de política monetária, com injeção de dinheiro, para tentar reverter as crises financeiras.

Segundo prévias do IPCA-15, a inflação fecha 2021 com 10,42%, maior taxa para um ano desde 2015.

A alta nos preços, aliadas ao baixo ou ao não crescimento econômico do Brasil nos últimos 2 anos, impactaram diretamente a venda dos chamados medicamentos de prateleira, aqueles medicamentos com venda livre, para doenças mais simples.

O desemprego foi outro fator que impactou diretamente a venda de medicamentos diretos para a população. A taxa de desemprego no Brasil foi de 13,2% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE. Cerca de 13 milhões de pessoas procuram emprego no país. Tal fator fez com que a população tivesse menos poder de aquisição e procurasse apenas por bens extremamentes necessários.

Porém, nenhum desses fatores foi capaz de abalar as receitas das indústrias farmacêuticas. A produção nacional de medicamentos no primeiro semestre de 2020 foi a maior dos últimos cinco anos, o que possibilitou a normalização do abastecimento de medicamentos para pacientes em estado grave nas UTIs públicas, entre sedativos, anestésicos, antibióticos e ansiolíticos.

Visto que neste cenário atípico a venda dos medicamentos foi diretamente feita em sua maior parte por órgãos públicos e hospitais, o impacto macroeconômico gerado no país não afetou a comercialização desses produtos.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

A microeconomia se preocupa em estudar as unidades econômicas de forma individual, focando no comportamento das famílias e dos consumidores.

Como foi falado ao decorrer do trabalho, estamos vivendo em um período ímpar, onde quaisquer premissas podem ter seus conceitos invalidados. Não é diferente com as análises de mercado.

O mercado farmacêutico foi um setor que cresceu pela necessidade da situação. A população se viu em desespero durante a pandemia e procuraram por soluções medicamentosas pelos mais variados motivos.

Tiveram àqueles que fizeram com que se aumentassem expressivamente as vendas de medicamentos como Cloroquina e Ivermectina, levados pelas informações de pessoas ou instituições que, na maioria das vezes, pareciam desconhecer o real funcionamento dos medicamentos.

Houveram as pessoas que não tiveram escolhas ao usar medicamentos, como pacientes tratados em UTI, bombardeados por anestésicos, antibióticos, antifúngicos, anticoagulantes, antiácidos, antieméticos, broncodilatadores, entre outros.

Com a demanda de venda crescendo a cada mês, a pouca oferta de produtos pelas empresas, visto a dificuldade em importar insumos, além da alta inflação e valorização do dólar, os preços de todos esses medicamentos explodiram, fazendo com que em 2020 os preços subissem em média 10,08%, segundo dados do Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), valor maior que a própria inflação do ano.

Além do cenário de medicamentos de varejo ou de usos exclusivos de hospitais, a vacina movimentará bilhões de reais entre 2021 e 2022. Trazida como a grande solução da pandemia, a vacinação obteve resultados recordes no Brasil, fazendo com que grandes empresas, principalmente multinacionais, aumentassem ainda mais suas receitas.

Importante salientar, que o momento é realmente incomum, a busca por produtos farmacêuticos foi conduzida através de uma necessidade quase que obrigatória pela pandemia. As altas nos preços dos medicamentos não afetaram a procura por esses produtos, uma vez que a situação gera um enorme impacto na vida das pessoas.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

O mundo está passando por um dos piores momentos na saúde em função do novo Coronavirus. Na contramão da grande parte dos mercados, a indústria farmacêutica entrou em uma verdadeira corrida na busca pelo tratamento e cura da Covid-19.

A alta do dólar, a inflação, o desemprego, a dificuldade em importar matérias-primas, nada disso foi capaz de atrapalhar o mercado farmacêutico durante a pandemia.

As maiores indústrias brasileiras do setor tiveram crescimento acima dos dois dígitos em 2020/2021, como a Eurofarma (12,3%) e EMS (13,6%). Este resultado ocorre em decorrência da alta procura por pacientes, órgãos públicos e hospitais privados por medicamentos utilizados no manejo clínico da Covid-19.

Medicamentos que foram utilizados para incubação e extubação de pacientes em situação grave de Covid-19 foram os grandes responsáveis pela alta do setor.

A demanda por medicamentos superou as expectativas e até as capacidades produtivas das indústrias farmacêuticas nacionais. O momento ímpar vivido trouxe diversas oportunidades para o setor de saúde.

A expectativa para os próximos anos é ainda de grande crescimento do setor, que surfou na contra-mão da baixa da maioria dos mercados mundiais durante a pandemia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT.

 

  • BRASIL tem a quarta maior taxa de desemprego ente as principais economias. CNN Brasil. 22/11/2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/business/brasil-tem-4a-maior-taxa-de-desemprego-entre-principais-economias-veja-ranking. Acesso em 20/12/2021.[pic 5]

  • INDÚSTRIA farmacêutica enxerga pandemia como oportunidade. Diário do Comércio. Disponível em: https://diariodocomercio.com.br/negocios/industria-farmaceutica-enxerga-pandemia-como-oportunidade. Acesso em: 21/12/2021.

  • PERFIL das Indústrias Farmacêuticas e aspectos relevantes do setor. SINDUSFARMA. Disponível em: https://sindusfarma.org.br/uploads/files/229d-gerson-almeida/Publicacoes_PPTs/Perfil_da_IF_2021_SINDUSFARMA_po.pdf. Acesso em: 21/12/2021.
  • PREÇO dos medicamentos recua em julho após alta no 1º semestre. MEDICINA SA. Disponível em:  https://medicinasa.com.br/preco-medicamentos-julho. Acesso em: 20/12/2021.

  • STOCKER, Fabrício. Apostila de Economia Empresarial, curso de Gestão com ênfase em Inovação e Liderança da Fundação Getúlio Vargas.

        

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