Blaine Kitchenware
Por: miltonrfln • 19/5/2016 • Resenha • 624 Palavras (3 Páginas) • 433 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA
E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Blaine Kitchenware Inc.: estrutura de capital
Milton Rabelo da Fonseca Lima Neto
Tutor: Prof.
2016
Estudo de Caso:
Blaine Kitchenware Inc.: estrutura de capital
REFERÊNCIA: TIMOTHY LUEHRMAN, JOEL HEILPRIN, Blaine Kitchenware Inc.: estrutura de capital. Harvard Business School 2009 Outubro; 413-P02.
O estudo de caso proposto refere-se à Blaine Kitchenware Inc.(BKI), empresa norte-americana de médio porte fundada em 1927, com o nome de The Blaine Eletrical Apparatus Company, produtora de pequenos eletrodomésticos com foco sobretudo em cozinhas residenciais.
Victor Dubinski era bisneto de Marcos Blaine, o fundador da empresa e, resolveu-se juntar nos negócios da família como chefe de operações em 1981. Em 1988 foi eleito para o conselho de administração e em 1992 se tornou CEO. Durante sua gestão, houve algumas realizações importantes como a oferta pública (IPO) em 1994, a transferência da produção para o exterior, beneficiando-se do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e a adoção de uma estratégia focada no aumento e complemento da oferta de produtos, por meio de aquisições de pequenos fabricantes, bem como de linhas de utensílios de cozinha.
A empresa vendia aproximadamente 14 milhões de unidades por ano, correspondendo a mais ou menos 10% do mercado norte-americano, enfrentando um crescimento pouco consistente durante os primeiros anos do milênio, o que aconteceu diante da forte concorrência de importados baratos e os preços agressivos que os hipermercados praticavam. Em 2007, a taxa de crescimento presumia que nenhuma aquisição seria feita naquele ano, e com isso, os maiores usos de caixa da empresa tinha sido para o pagamento de dividendos e compromissos pelas várias aquisições, visto que o retorno da empresa tinha ficado abaixo dos últimos anos. Financeiramente, a BKI apresentava um balanço patrimonial relativamente bom, estando livre de dívidas e possuindo boa liquidez, apesar de o retorno aos acionistas de 11% ter ficado abaixo da média de 16% recebido pelos acionistas de grupos concorrentes.
Diante disso, resolveu incluir em seu portfólio, produtos smart visando um público-alvo de classes mais altas. Suas vendas previsivelmente atingiam picos sazonais em datas específicas como no dia das mães ou no Natal e eram naturalmente influenciadas pelas condições macroeconômicas a que estava submetida a economia americana.
Desde sua fundação, a Blaine era uma empresa de uma gerência financeira conservadora, cujas ações continuaram, em boa parte, concentradas em entes da família proprietária. Apenas duas vezes em sua história, tomou empréstimos além de suas necessidades, os quais foram prontamente pagos, possuindo a empresa, como já pontuado acima, grande liquidez, de maneira que a maior parte de seu caixa era para o pagamento de dividendos aos acionistas e para compromissos de aquisições.
Em 2007, Dubinsky, por sugestão de um banco de investimento, passou a coagitar, com a ajuda de sua equipe, uma redefinição da politica financeira, a qual consistiria na recompra de ações para aumento da alavancagem já que havia considerável liquidez. Isso só seria possível depois de uma minuciosa análise da estrutura de capital, das políticas de dividendos adotadas, da estrutura societária e dos planos de aquisição. Tal política de recompra de ações, por um lado, possibilitaria mais flexibilidade para o conselho definir futuros dividendos, porém eventualmente traria problemas referentes ao endividamento da empresa, incertezas quanto ao plano de aquisições e diminuição das reservas. Vale lembrar que só é interessante contrair empréstimos para a recompra de ações se houver investimentos na atividade operacional, de maneira que a política de financiamentos não deve ser o foco dos conselhos administrativos. A política de recompra de ações por um lado daria mais flexibilidade para o conselho definir futuros dividendos, os membros da família manteriam suas ações como anteriormente e mexeria no payout. Por outro lado, essa recompra trazia uma preocupação com relação a endividamento, descontinuidade de aquisições e diminuição das reservas de caixa da empresa.
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