Conceitos do Direito comercial e empresarial e sua evolução
Por: marciosal1980 • 31/8/2015 • Trabalho acadêmico • 13.134 Palavras (53 Páginas) • 293 Visualizações
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FACULDADE ANHANGUERA DE GUARULHOS
ADMINISTRAÇÃO
DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
GUARULHOS - 2014.[pic 2][pic 3]
Sumário
Introdução 3
1.1. Conceitos do Direito comercial e empresarial e sua evolução..........................................................3
1.2. Principais características....................................................................................................................7
1.3. Direito comercial e empresarial.........................................................................................................8
1.4. A empresa..........................................................................................................................................8
1.5. O Empresário. ......10
1.6. Relatórios dos aspectos legais de uma organização.........................................................................11
1.7. Classificações das empresas e empresários.....................................................................................11
2.1. Função social de uma empresa........................................................................................................11
2.2. A legislação específica da empresa, em relação ao seu tipo de negócio................14
2.8. Conclusão.........................................................................................................................................15
3.1. Conceito do direito cambiário..........................................................................................................15
3.2.O princípio da autonomia se desdobra em dois subprincípios............................................................16
3.3. Conceito de título de crédito............................................................................................................16
3.4. Princípios gerais do direito cambiário............................................................................................19
3.5. Títulos de crédito no código civil....................................................................................................20
3.6. Principais tipos de títulos de créditos..............................................................................................21
4.1. O novo direito empresarial, com ênfase na função social e na capacidade contributiva.................22
4.2. Direito fundamentais e a capacidade contributiva...........................................................................25
4.3. Função social da empresa................................................................................................................27
4.4. Relatório de pesquisa: O novo direito empresarial, com ênfase na função social e na capacidade contributiva, é coerente e adequado à atualidade?..................................................................................31
4.5. Considerações finais........................................................................................................................34
4.6. Referências bibliográficas...............................................................................................................34
Etapa 1. Introdução:
O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a evolução do direito comercial e empresarial, existência do princípio da função social da empresa, fazendo sua conceituação e demonstrando sua importância para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária, de acordo com os preceitos da Constituição Federal de 1988. Nos capítulos posteriores, faremos análise do direito comercial e empresarial demonstrando as principais características das empresas e empresário. Passaremos, então, a um breve estudo do conceito cambiário, relatando os títulos de credito e seus princípios gerais informando o regime jurídico-cambial da circularidade, literalidade e autonomia, passando pelo título de crédito no código civil e as suas circulação e disposições do código. Finalmente falaremos acerca da função social da empresa, abordando seu direito no novo código civil, passando pelo direito fundamental e a capacidade contributiva e finalmente a pesquisas e relatório do novo direito empresarial com ênfase na função social e na capacidade contributiva, é coerente e adequado a atualidade e seu entendimento, ou seja, o que é considerado como função social da empresa.
1.1. Conceitos do Direito comercial e empresarial e sua evolução.
Na antiguidade, roupas e víveres eram produzidos na própria casa, para os seus moradores; apenas os excedentes eventuais eram trocados entre vizinhos ou na praça. Na Roma antiga, a família dos romanos não era só o conjunto de pessoas unidas por laços de sangue (pais e filhos), mas também incluía os escravos, assim como a morada não era apenas o lugar de convívio íntimo e recolhimento, mas também o de produção de vestes, alimentos, vinho e utensílios de uso diário. Alguns povos da antiguidade, como os fenícios, destacaram-se intensificando as trocas e, com isto, estimularam a produção de bens destinados especificamente à venda. Esta atividade de fins econômicos, o comercio, expandiu-se com extraordinária vigor. Graças a ela, estabeleceram-se intercâmbios entre culturas distintas, desenvolveram-se tecnologias e meios de transporte, fortaleceram-se os estados, povoou-se o planeta de homens e mulheres; mas, também, em função do comércio, foram travadas guerras, escravizaram-se povos, recursos naturais se esgotaram. Com o processo econômico de globalização desencadeado após o fim da Segunda Guerra Mundial (na verdade, o último conflito bélico por mercados coloniais), o comercio procura derrubar as fronteiras nacionais que atrapalham sua expansão.
O comercio gerou e continua gerando novas atividades econômicas. Foi à intensificação das trocas pelos comerciantes que despertou em algumas pessoas o interesse de produzirem bens de que não necessitavam diretamente; bens feitos para serem vendidos e não para serem usados por quem os fazia. É o início da atividade que, muito tempo depois, será chamado de fabril ou industrial. Os bancos e os seguros, em sua origem, destinavam-se a atender necessidades dos comerciantes. Na Idade Média, o comércio já havia deixado de ser atividade característica só de algumas culturas ou povos. Difundiu-se por todo o mundo civilizado. Durante o Renascimento Comercial, na Europa, artesãos e comerciantes europeus reuniam-se em corporações de ofício, poderosas entidades burguesas (isto é, sediadas em burgos) que gozavam de significativa autonomia em face do poder real e dos senhores feudais. Nas corporações de ofício, como expressão dessa autonomia, foram paulatinamente surgindo normas destinadas a disciplinar as relações entre os seus filiados. Na Era Moderna estas normas sistematizadas serão chamadas de Direito Comercial. Nesta sua primeira fase de evolução, ele é direito aplicável aos membros de determinada corporação dos comerciantes. Os usos e costumes de cada praça ou corporação tenham especial importância na sua aplicação.
No início de século XIX, em França, Napoleão, com a ambição de regular a totalidade das relações sociais, patrocina a edição de dois monumentais diplomas jurídicos: o Código Civil (1804) e o Comercial (1808). Inaugura-se, então, um sistema para disciplinar as atividades dos cidadãos, que repercutirá em todos os países de tradição romana, inclusive o Brasil. De acordo com sistema, classificavam-se as relações que hoje em dia são chamadas de direito privado em civis e comerciais. Para cada regime, estabeleceram-se regras diferentes sobre contratos, obrigações, prescrição, prerrogativas, prova judiciária e foros. A delimitação do campo de incidência do Código Comercial era feita, no sistema francês, pela teoria dos atos comércio. Sempre que alguém explorava atividade econômica que o direito considera ato de comércio (mercadoria), submetia-se às obrigações do Código Comercial (escritura de livros, por exemplo) e passava a usufruir da proteção por ele liberada (direito à prorrogação dos prazos de vencimento das obrigações em caso de necessidade, instituto denominado concordata).
Na lista dos atos de comércio não se encontravam algumas atividades econômicas que, com o tempo, passaram a ganhar importância equivalente às de comércio, banco, seguro e indústria. É o caso da prestação de serviços, cuja relevância é diretamente proporcional ao processo de urbanização. Também da lista não constavam atividades econômicas ligadas à terra, como a negociação de imóveis, agricultura ou extrativismo. Na Europa Continental, principalmente em França, a burguesia foi levada a travar uma acirrada luta de classes contra o feudalismo, e um dos reflexos disso na ideologia jurídica é a desconsideração das atividades econômicas típicas dos senhores feudais no conceito aglutinador do Direito Comercial do período (o segundo, na evolução histórica da disciplina). De qualquer modo, ultrapassados por completo os condicionantes econômicos, políticos e históricos que ambientaram sua formulação, a teoria dos atos de comércio acabou revelando suas insuficiências para delimitar o objeto do Direito Comercial. Na maioria dos países em que foi adotada, a teoria experimentou ajustes que, em certo sentido, a desnaturaram. Na Alemanha, em 1897, o código Comercial definiu os atos de comércio como todos os que o comerciante, em sua atividade, pratica, alargando enormemente o conceito. Mesmo onde havia sido concebida, não se distinguem mais os atos de comércio dos civis segundo os parâmetros desta teoria. De fato, no direito francês, hoje, qualquer atividade econômica, independentemente de sua classificação, é regida pelo Direito Comercial se explorada por qualquer tipo de sociedade.
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