Logística reversa – Reaproveitamento de pneus
Por: FCordeiro91 • 29/5/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 897 Palavras (4 Páginas) • 323 Visualizações
UNIVERSIDADE UNIGRANRIO - NOVA IGUAÇU
Logística reversa – Reaproveitamento de pneus
Pneus inservíveis como componente de pavimentação de vias
Em um primeiro momento, toda essa questão que envolve a pavimentação - processada com borracha na massa asfáltica – soa como uma iniciativa recente, na medida em que essa medida ecológica ganha força no nosso país. Contudo, esse procedimento que já é praticado há décadas nos EUA e Europa, tem a finalidade de aumentar a durabilidade do asfalto nas rodovias e, consequentemente, reduzir efeitos como o ruído e o desgaste avançado dos pneus. Sabemos que o Brasil conta com mais de duzentos milhões de pessoas e, naturalmente, esse crescimento traz efeitos como por exemplo, o aumento de resíduos que são descartados diariamente, em diversos lugares do país à fora. Contudo, o problema surge quando o assunto é o destino de todo esse material, o que afeta o cotidiano de milhões de pessoas e um dos materiais mais indestrutíveis quando incorretamente descartados é o pneu, que tem decomposição estimada em 500, 600 anos.
Considerando o aumento massivo desses e tantos outros resíduos, aos poucos acabou sendo adotado por organizações dos mais variados seguimentos o processo chamado de logística reversa, que basicamente é uma logística altamente preparada e voltada para a movimentação e o gerenciamento de produtos descartados pelo consumidor como um todo. Com isso, o famoso asfalto-borracha soa ainda como uma novidade no que tange à pavimentação, embora essa técnica já venha sendo utilizada nos Estados Unidos há mais de quarenta anos e, no Brasil está presente há pouco mais de quinze anos, apenas.
Em caráter nacional, a prática da reciclagem é recente, considerando que se faz presente na legislação a necessidade de realocar corretamente os resíduos em locais apropriados, através da logística reversa, desenvolvida com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, que é voltada em acabar com os lixões clandestinos e na recuperação dessas áreas ambientais que foram degradadas pelo descarte irresponsável.
Com o reaproveitamento dos pneus direto na massa asfáltica, os engenheiros defendem uma maior aderência das rodas com a pista, o que ajuda a evitar derrapagens e reduz o spray causado pelos pneus em dias de chuva, por exemplo, ajudando ainda na qualidade e durabilidade das vias.
Financeiramente, existem vários índices que favorecem o investimento nesse tipo de trabalho. A questão econômica, por exemplo, que permite a possibilidade de recuperação de valores investidos, através da redução de custos com a manutenção de vias durante um longo tempo ou ainda, dos próprios pneus dos veículos, entre outros inúmeros fatores que impulsionam a prática e o mercado.
Trata-se do setor produtivo, onde se tem o reaproveitamento de resíduos como fonte de matéria-prima, no caso dos pneus, levando em conta o menor custo, desta forma tem-se a valorização do produto em si. Logo, a diminuição dos custos e a possibilidade de maior alcance territorial, deverão ser observados no âmbito empresarial.
Juridicamente, a legislação brasileira que trata deste assunto, a mesma prevê a recuperação do produto e igualmente passa a responsabilidade ao consumidor, que deverá retornar o referido produto, uma vez que em vários países já existem mecanismos e dispositivos legais ainda mais rigorosos, relacionados ao direito do consumidor e com o direito ambiental.
É notável que através de programas e procedimentos gerenciais que visem o reaproveitamento/reciclagem de pneus, serão essenciais para a garantia da sustentabilidade em si, já que não há uma legislação tão rigorosa que verse sobre o tema, se levará em conta, o ponto de vista econômica e até mesmo do mercado, visando a redução dos custos e buscando transparecer uma imagem sustentável, passando assim maior credibilidade ao consumidor.
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