Relação internacional

Definicao RI

Para responder esta pergunta, permita-me investir em algumas linhas na resposta:

As ciências se ocupam de objetos bem definidos, nítidos, objetivos e concretos não é mesmo?

Elas também podem se ocupar de processos, fenômenos e fatos da sociedade. A vida contemporânea apresenta um conjunto de novos problemas e realidades que forçam o nascimento de novas ciências para colaborar com a interpretação e desenvolvimento das sociedades.

Nós costumávamos acreditar que um segmento da Economia e outro do Direito davam conta de auxiliar todos os estudos internacionais. Contudo, com o passar do tempo, compreendemos que havia algo que não estava sendo coberto pelos trabalhos formais de Economia Internacional e Direito Internacional.

Cada um ao seu modo, os trabalhos acadêmicos em ambas as áreas não contemplavam aspectos mais dinâmicos e políticos nos quais as empresas, por exemplo, estavam ligados na área internacional.

A ciência de Relações Internacionais se ocupa de estudar objetos socialmente complexos que envolvem variáveis objetivas e subjetivas no comércio entre os países.

Portanto, além de estudar questões comerciais objetivas, como contratos, ela cuida de compreender e explicar relações entre empresas, governos, instituições multilaterais e as relações políticas que as envolvem. Para os nossos interesses mais imediatos, acredito que um dos seus objetivos pode deixar ainda mais claro o propósito desta ciência: as proposições teóricas em Relações Internacionais se ocupam de normatizar e minimizar conflitos. Portanto, estamos diante de uma ciência de negociação internacional, gestora de conflitos entre todas as organizações que operam os seus negócios globalmente

Vantagens absolutas

Com preços maiores, as economias exportariam menos, logo, seriam menos competitivas.

Ao contrário do que previam, para Hume, a entrada (via exportação) e a saída de divisas (via importações), diferente do mercantilismo, sugere que os preços internos e externos se nivelam automaticamente ao venderem para os países vizinhos os seus produtos mais baratos.

Portanto, a teoria de Hume afirma que dois países ganham quando fazem comércio, não apenas um deles, como sugerido pelos mercantilistas, pois o comércio entre os países é capaz de reduzir os preços dos produtos para duas economias

Adam Smith introduz outra abordagem ao tema ao considerar a teoria do valor-trabalho.

Por esta teoria, o preço dos produtos é definido pela quantidade de trabalho incorporado ao bem, em outras palavras, quanto mais horas de trabalho para produzir um bem, mais caro o seu preço e, inversamente, quanto menos horas de trabalho para produzir um bem, menor o seu preço.

Segundo este ponto de vista, os países teriam razões especiais para observarem os preços na produção de outros países e a transação seria espontânea. A riqueza, segundo Smith, não seria dada pela quantidade de metais (ouro e prata), mais sim por quanto era possível comprar com certa quantidade de dinheiro.

Caderno3

O comércio Interssetorial envolve trocas, compra e venda, de mercadorias absolutamente distintas nos quais os mercados não possuem produtos substitutos assemelhados. Portanto, trocam roupas por alimentos.

O comércio Intrassetorial envolve trocas, compra e venda, de mercadorias semelhantes nos quais os mercados possuem produtos substitutos assemelhados. Portanto, trocam, por exemplo, carros por carros. A possibilidade de consumir mais de um tipo de carro, ou mais de um tipo de queijo (cheddar e brie), aumenta a satisfação do consumidor

Globalizacao

A globalização é o principal resultado da intensificação das mudanças no comércio internacional. Ela pode ser abordada de várias maneiras, contudo, para os propósitos em curso, ela será enfatizada através da interdependência produtiva e financeira.

Estes dois tipos de globalização são relacionados aos investimentos internacionais. A primeira delas registra a internacionalização de fluxos de investimentos diretos na produção das empresas e países, a segunda, a globalização financeira, registra a internacionalização acelerada de fluxos financeiros

A globalização financeira consiste então na simultaneidade destes três processos. Na história recente das relações comerciais entre os países todos estes ocorreram em momentos diferentes e o que os caracteriza neste momento é a sua ocorrência simultânea e crescente. Os determinantes destes processos podem ser agrupados em quatro grupos.

Investimento Externo Direto

Este tipo de investimento é popularmente conhecido pela sigla IED e acontece quando uma empresa ou grupo de investidores internacionais atua com empresas residentes num determinado país com filiais ou subsidiárias.

Relações contratuais

As relações contratuais ocorrem quando empresas nacionais produzem bens e serviços com origem no resto do mundo. Os melhores exemplos destas relações contratuais são as patentes, franquias, marcas e alianças estratégicas.

Neste contexto, os países aumentam a competição internacional por recursos produtivos e por relações contratuais que lhes sejam mais favoráveis. Isto pode ser observado por meio da importância crescente que os países vêm demonstrando em suas agendas de política econômica

Internalizacao da economia

A economia brasileira é uma das mais internacionalizadas do ponto de vista histórico. O desenvolvimento do país foi alvo de um conjunto de investimentos internacionais públicos e privados.

produção no país sempre foi internacionalizada e o país contou com investimentos financeiros e investimentos diretos de países europeus. Entretanto, enfatizaremos por esta ocasião os investimentos diretos

A economia brasileira recebeu um conjunto de investimentos de outras nações ao longo de sua história. O país esteve e está na rota de comercialização de todos os fatores produtivos disponíveis nas economias, a saber, terra, capital e trabalho.

Em relação ao fator mão-de-obra (trabalho), entre os Séculos XIX e XX, o país foi o quarto maior receptor de trabalhadores do mundo e recebeu algo como 3,5 milhões de imigrantes, o que significou 8% do movimento internacional de imigração

Empresas transnacionais

As Empresas Transnacionais (ETs) são empresas orientadas por controladores em outros países. A orientação das empresas é realizar lucro e enviá-lo para o exterior. Portanto, as exportações de produtos representam ao mesmo tempo a transferência de lucros para outros países.