Teoria da Homeostase do Risco
Por: Leonardo Souza • 17/10/2019 • Trabalho acadêmico • 891 Palavras (4 Páginas) • 583 Visualizações
Fabricio Sakai, Gustavo Stabelini e Leonardo Souza
1. Teoria da Homeostase do Risco
A Teoria da Homeostase do Risco foi desenvolvida pelo pesquisador Gerald Wilde em 1982. Em poucas palavras, o termo homeostase se refere à propriedade dos seres vivos em regular seus corpos para manter uma condição estável. De maneira análoga, a teoria de Wilde propõe que o risco é um fator subjetivo que depende da maneira como a pessoa percebe e avalia determinada situação.
A principal aplicação dessa teoria está em como motoristas percebem o risco no trânsito. Diferente do que se espera, uma melhoria na segurança pode resultar no motorista ficar menos atento numa forma inconsciente de regular essa percepção de risco percebida anteriormente -- que seria esse mecanismo da Homeostase do Risco. Porém vale notar que essa percepção não é tão simplista, e depende de diversos fatores como personalidade, condição física, idade e condição social. Além de, obviamente, fatores relacionados ao trânsito em si, como: segurança da via, segurança do veículo, distância entre veículos, e sinalizações.
Embora a teoria tenha uma aplicação direta, vale notar que - na realidade - seu efeito é limitado. Dificilmente, ocorre uma compensação total no sentido de uma melhoria de segurança proporcionar um 'descuido' na mesma altura e que, no fim, não surja efeito. O que ocorre, geralmente, é um pequeno incremento na segurança, fruto de uma melhoria real na segurança junto de uma percepção menor de risco pelo usuário.
Um exemplo concreto é o estudo de iluminação em uma via. Uma via bem iluminada tem potencial de reduzir acidentes em até 80%, porém o que acontece na prática é uma melhoria de apenas 30% (e em alguns casos menor). Porque, apesar de iluminação trazer - de fato - uma melhoria na segurança, essa melhoria traz consigo uma percepção menor de risco pelos motoristas, o que faz eles ficarem mais desatentos.
A lição que a Teoria da Homeostase do Risco traz não é ignorar melhorias, mas sim planejar elas cuidadosamente de modo que o resultado compense o esforço. De pouco adianta, um esforço gigantesco para diminuir acidentes, e que seja acompanhado de uma percepção muito menor de risco, que no final acabe não valendo tanto a pena assim.
2. Árvore de Falhas
Consiste em um processo que busca, a partir de um evento indesejado e pré-definido (evento topo), as possíveis causas desse evento.
Visa melhorar a confiabilidade dos processos através de análises qualitativas (determinação das falhas) e quantitativas (cálculo da probabilidade de ocorrência). É aplicável tanto para análise de projetos quanto para sistemas em operação, orientando adoção de medidas corretivas e preventivas.
É uma ferramenta de fácil interpretação pois utiliza símbolos para caracterizar eventos, que interagem com outros eventos através de operadores lógicos como “e” e “ou”.
Esta ferramenta é utilizada da seguinte maneira:
1) Definir e caracterizar o sistema analisado.
2) Definir o Evento Topo
3) Determinar as causas das falhas e suas probabilidades
Assim, com esses elementos é possível realizar uma avaliação do sistema em análise.
3. Gerenciamento de Riscos
Gerenciamento e de Riscos consiste na elaboração e na implantação de medidas e procedimentos, técnicos e administrativos, que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos bem como manter uma instalação operando dentro de padrões de segurança considerados toleráveis ao longo de sua vida útil.
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