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Apropriação do Espaço Publico

Por:   •  19/8/2019  •  Resenha  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  137 Visualizações

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Resumo: O texto apresenta reflexões a respeito dos conceitos rua, praça e parque, que podem auxiliar o desenvolvimento sobre espaços públicos na atualidade, valorizando, além das apropriações formais, as apropriações informais sobre o espaço público, reconhecidas como alternativas formuladas pela população para satisfação de necessidades e desejos. A rua é um dos elementos mais claramente identificáveis tanto na forma de uma cidade como no gesto de a projetar. Assentada num suporte geográfico preexistente, regula a disposição dos edifícios e quarteirões, liga os vários espaços e partes da cidade e confunde-se com o gesto criador. Praças são espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos na malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública, com área equivalente à da quadra, geralmente contendo expressiva cobertura vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos. Parques são espaços livres públicos com função predominante de recreação, ocupando na malha urbana uma área em grau de equivalência superior à da quadra típica urbana, em geral apresentando componentes da paisagem natural – vegetação, topografia, elemento aquático – como também edificações destinadas a atividades recreativas, culturais e/ou administrativas. O estudo traz considerações sobre nuances entre o entendimento do âmbito público e privado com relação ao uso do espaço, refletindo ainda sobre aspectos relacionados ao medo, à violência e à segregação socioespacial, como tendência que vem modificando as relações humanas com e no espaço público. Ao mesmo tempo em que os espaços públicos permanecem ambientes desejados pela população e reivindicados por ela ao poder público, cabe reconhecer que convivem com este desejo, de certo modo reprimindo-o ou neutralizando-o, uma série de situações controversas relacionadas ao binômio medo – segurança e à difusão de “espaços públicos” de outra natureza, como os propiciados pelo uso da internet. No entanto, se faz necessário reconhecer a existência de outros aspectos que também contribuem de maneira desfavorável às reais apropriações dos espaços públicos, tais como a própria qualidade dos espaços públicos, e, portanto, as formas de planejamento e gestão sobre estes incidentes. Na conclusão, o estudo debate o conceito de desenvolvimento socioespacial, inserindo como alternativa propositiva a promoção de interatividade envolvendo os diversos segmentos relacionados à criação, à apropriação e à manutenção do espaço público.

Palavras-chave: Reflexões do espaço público, Segregação socioespacial, Desenvolvimento socioespacial.

Um bom espaço público é aquele que reflete a diversidade e estimula a convivência entre as pessoas sem esforço, que cria as condições necessárias para a permanência, que convida as pessoas a estarem na rua. É a vitalidade dos espaços que atrai as pessoas e vai fazer com que escolham ou não os ocupar, e o que garante essa vitalidade é a possibilidade de usufruir dos espaços urbanos de diversas formas.

De acordo com Eneida Maria Souza Mendonça, é notória a permanência dos espaços públicos como importantes locais de embelezamento urbano e, também, como ambientes de deslocamento físico. Entretanto, mais do que isto, destaca-se a apropriação do espaço público

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